Entrei no ministério de cabeça erguida, ainda nãoa me acostumado em ser eu mesmo entrando no ministério sem correr o risco de ser morto por um monstro sem nariz.Passei por todas as recepções necessarias até parar em frente a porta do Ministro, claro que eu estava nervoso,mas não acho que tenha que deixar que os outros saibam disso, principalmente aquele homem que sei que está lá dentro vestido de preto dos pés à cabeça.
Bato na porta e rapidamente ela é aberta.
- Harry, a quanto tempo! - disse Kingsley com sua animação natural vindo em minha direção, provavelmente me cumprimentar.
- Hora Ministro, faz menos de um mês que não o vê, desde a entrega da Ordem de Merlim. - disse Snape pronunciando o "ministro"de forma debochada (como sempre).
Não pude deixar de pensar que, antes de nos encontrarmos na escola, esse foi exatamente o tempo em que não via Snape, será que ele está contando?
Balanço a cabeça em negação com esse pensamento estúpido.
- Harry? Está tudo bem? - pergunta Kingsley - Parece um pouco desorientado.
- E desde quando Potter sabe o rumo de alguma coisa em sua própria vida? - Disse Snape azedo.
- Tens razão professor, e isso me lembra que também não sei o porquê de ter que tomar o rumo de minha casa em direção à está sala no dia de hoje. - eu disse em deboche forçado, não sou muito bom nisso, mas a carranca de Snape me mostrou que eu não fui tão ruim.
- Oh Harry, quanto a isso, temo que tenha sido culpa minha, pedi para Snape lhe avisar sobre esse encontro, mas nem ele mesmo sabe do que se trata, preferi deixar em sigilo até o presente momento. - Disse Kingsley com tom envergonhado.
- Ah - Olhei para Snape envergonhado.
- Como sempre senhor potter, chegou à conclusão errada. - Disse ele num tom que não estava acostumado à ouvir em sua voz, um tom até... humorado?
Então me lembrei dessa mesma frase sendo proferida pelo mesmo no meu primeiro ano, ele se lembra mesmo disso ou foi só uma coisa da minha cabeça?
- Bom, mas vamos ao assunto, sentem-se por favor, aceitam uma xícara de chá? - disse Kingsley, logo depois suspirando em tristeza.
Harry prendeu a respiração por um segundo, será possível que tudo que lhe acontecesse lhe lembraria do passado e das pessoas que lá ficaram?
- Enfim, não chegou ao conhecimento da população ainda, mas estou criando um projeto de pesquisa pata revitalização e cura de ações cerebrais, como é necessário no caso dos Longbotton, e sinceramente não pensei em ninguém mais além de vocês, Snape é o melhor mestre em poções existentes, e Harry é o melhor em feitiços e conhecimentos de sobrevivência atualmente, acho que seriam uma grande dupla para essas pesquisas.
- Mas Kingsley, acho que dois bruxos como nós em uma pesquisa tão importante não passaria desapercebido pela comunidade bruxa. - disse estarrecido.
- Oh claro, seu ego não me surpreende Potter, aquele-que-não-pode-sair-na-rua-sem-parar-na-primeira-página-do-profeta-diário - disse com repulsa estampada na voz.
- Velhos hábitos nunca mudam! - murmurei para mim mesmo.
- O que disse? - perguntou Snape, por impulso talvez.
- Sobre isso - cortou Kingsley - Já preparei um local para ficarem na floresta de Dean, espero que consigam conviver juntos por algum tempo. - disse sem confiança na voz.
- Sobreviver você que dizer né? - completou Snape.
- Onde fica essa floresta de Dean e porque nela? - perguntei inocentemente.
- Era de se esperar que você não conhecesse a floresta mais mortal na Grã-Bretanha, onde as plantas variam entre venenos e remédios extremamente eficazes, além de ser um lugar inabitável. - disse Snape com tom professoral.
- Dizem que ainda existe algo mal pairando sobre aquele local. - disse Kingsley aparentemente sério.
- E é aí que você e sua capacidade de sobreviver entram Potter. - disse Snape cruel.
- Mas você também é poderoso e parece conhecer bem o local, pode sobreviver. - eu disse não entendendo minha utilidade nessa história.
- Acredite você é um mal necessário Potter. - disse ele ainda cruel.
- Então você irá?- perguntou Kingsley animado.
- Como dizia Dumbledore: "Para um bem maior" - ele disse jocoso.
- E você Harry? - Kingsley faltava pular em cima de mim.
- Sim, pelos Longbotton, por Neville. - Eu disse, mas nem eu acreditava que era apenas por isso, algo me chamava nessa aventura, e eu estava afim de descobrir o quê.
- Ótimo, amanhã às 17:00 na... - Kingsley foi cortado.
- Minha casa, é mais seguro. - Completou Snape.
- Okay, na sua casa então, arrumem suas malas. - Dizia Kingsley animado.
E eu só conseguia olhar para a carranca de Snape e imaginar se eu iria matá -lo ou beija-lo nessa missão, é claro que essa foi apenas uma analogia trouxa, a segunda opção é impossível.
(Autora: vai pensando assim por enquanto 😏)
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Um Futuro Inesperado
RomanceTrês meses após a batalha da decisão, Harry volta à Hogwarts para ajudar a reconstrui-la, acabando por ter um encontro inesperado com seu antigo mestre de poções determinado à saber mais sobre a atual situação de seu ex-professor, Harry o segue até...