Um Futuro Inesperado

Brasil

Já se passavam alguns dias que tudo naquela cabana parecia impressionantenente monótono, parecia à Harry que Snape realmente focou em encontrar as ervas para reabilitar as mentes, Harry ainda pensava em uma maneira que se vingar de Snape, estava tão próximo dele, mas ao mesmo tempo tão longe, apesar de perceber seu poder sobre o mesmo no dia quente do laboratório - esquentava só em se lembrar - ainda sim, parecia à Harry que para Snape nada havia acontecido, Harry esperava que à qualquer momento ele voltasse a lhe provocar, mas perecia que isso não aconteceria tão cedo.

Harry estava sentado no sofá da sala olhando para o fogo da lareira, tomava um suco de abóbora para refrescar um pouco, aquele dia estava surpreendentemente fresco, então se permitiu tomar tal bebida fria, sabia que Snape estava no laboratório empenhado em suas pesquisas, talvez Kingsley aparece naquela noite para saber um pouco mais sobre o andamento da tal pesquisa.

Harry se sentia perturbado e inquieto em relação à sua rotina por esses dias, para quem se acostumou à aventuras insanas na adolescência e a uma vida agitada de auror, tal realidade era a mesma coisa que estar morto, pensou talvez em como seria melhor ter Rony conversando sobre quadribol, Hermione dando-lhe broncas sobre sua suposta falta de alimentação, ou até mesmo Monstro que se pedisse ficaria ao menos no mesmo cômodo que ele.

É, Harry realmente chegara num estado de tédio insuportável, aliás, realmente queria desistir da tão famigerada missão.

Quando estava perdido em seus pensamentos sobre sua missão auto-mutiladora, as chamas da lareira crepitaram e ganharam a forma de Kingsley, como Harry previra anteriormente, para Harry aquilo fora um alivio, "até que enfim alguém".

- Harry, meu rapaz! - Kingsley o comprimentou, notando a cara de felicidade contida de Harry.
- Kyngsley, que bom ter de novo sua ilustre presença, devo dizer que você é um colírio para os meus olhos, aceita um chá? - Dizia Harry enquanto se curvava de maneira exagerada.

- Ora Harry, vejo que seus dias não estão sendo fáceis. - dizia rindo debochado, mas logo suavizando a expressão - Mas aliás, o que raios é colírio?

Então nesse mesmo momento Snape apareceu na sala, se sentando em uma poltrona e tratou de explicar:

- Colírio é um líquido trouxa utilizado para auxiliar em problemas de visão. - dizia tediosamente - Mas diga Kingsley, veio para saber sobre o andamento da pesquisa ou para auxiliar aos problemas de visão do senhor Potter? - disse acidamente.

- Ora Snape, eu não me importaria em auxiliar a Harry com seus olhos, e que olhos devo lhe dizer - disse Kingsley como uma alfinetada a Snape, mas que deixou a Harry, que não percebera a verdadeira intenção do Ministro, corado.

- Acredito que aceitará o chá que Potter lhe ofereceu, certo? - disse Snape mudando de assunto azedamente.

- Claro, Harry se não se importa, gostaria de um chá sim. - disse alegremente por perceber que sua alfinetada dera certo.

- O-okay, vou prepará-lo já. - disse Harry se retirando da sala e partindo para a cozinha.

- Então Snape, como andam as pesquisas?

(...)

Harry preparou três xícaras de chá e alguns biscoitos, os colocou em uma bandeja e os levou para a sala a depositando na mesinha de centro.
- ...Então eu acredito que a beladona ajude nesse processo, milagrosamente Potter encontrou algumas outras raízes que podem auxiliar numa futura poção, não sei como, mas encontrou. - dizia de maneira que para Harry soou ofensiva demais para o que deveria ser um elogio.

- Certo, fico feliz com esses resultados por enquanto, mas devo dizer que necessitamos dessa poção o quanto antes. - dizia Kingsley demonstrando cansaço.

- Como andam as coisas por lá Kingsley? - se intrometeu Harry, percebendo que Snape não ficara nada satisfeito com isso.

- Está tudo em ordem Harry, o único problema mesmo é esses aparecimentos de doenças até antes desconhecidos, mas pelo que foi estudado todas vêm de uma mesma substância, portanto existe uma grande chance de todas terem a mesma cura.

Mas vocês fazem alguma idéia de onde isso tenha vindo? - dizia Harry servindo a Kingsley com chá.

- Acreditamos Harry que essa doença tenha vindo... - mas não teve tempo de responder quando Snape se pronunciou cortando sua fala:

- De uma estranha substância da América do Sul, mas especificamente no Brasil, pelo que ouvimos falar, os bruxos de lá têm acesso à uma grande variedade de vegetação, e talvez alguém tenha utilizado desses conhecimentos para criar algo venenoso e mortal.  - disse parecendo analisar suas próprias palavras.

- E vocês sabem qual é a substância? - disse Harry inquieto

- Temos uma amostra Harry - disse Kingsley.

- Então porque não vão atrás de conhecer mais sobre essa substância na América do Sul? A cura deve estar lá! - dizia até mesmo animado.

- Você pode ter razão garoto! - dizia Kingsley agitado - Uma solução talvez tão óbvia e não pensamos nisso antes! - dizia indignado - O que acha Snape?

- Acredito que incrivelmente Potter possa ter razão, poderiamos tentar ter acesso a isso.

-Então estou pensando em realocá-los, acham que podem fazer isso?

- Claro, posso levar as ervas que estou estudando comigo. - disse Snape.

- Yes, sempre quis conhecer o Brasil! - disse Harry animado - Quero dizer, é claro estou disposto Ministro! - disse supostamente sério, arrancando um sorrisinho disfarçado de Kingsley e uma carranca negativa de Snape.

- Ótimo, vou providenciar tudo, aliás, falando em providenciar algo, acho que essas marcas no pescoço do Harry então sumindo, vocês deveriam providenciar novas logo - disse rindo - Até logo, mando notícias! - e sumiu na lareira.

Harry olhara para Snape sem graça ao perceber que o mesmo olhara para o seu pescoço à monstra graças à sua blusa de gola baixa.

Snape percebera sua falha e logo se levantou e se retirou da sala apressadamente.

Harry ficou lá, imaginando se Snape também sentiu vontade de refazer aquelas marcas como Harry sentiu vontade de carrega-las novamente.