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Eu escrevi escutando Love You Goodbye, inclusive essa música é citada pela própria Carina no decorrer do capítulo. Então coloca pra repetir e entra no clima! E ah, me contem tudo que estão pensando em forma de comentários tá bom? Vejo vcs nas notas finais 💗

𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 / 𝐋𝐎𝐈𝐑𝐀
|| SÃO PAULO ||
~ mesma noite
“love you goodbye”

Primeiro a criança continua rindo quando a pego no colo, depois ela simplesmente me agarra. Quase não consigo levantar e esse processo de colocá-la no colo e me erguer… É quebrado no meio quando o Diego aparece.

Parece que tudo adormece em mim. Pernas, braços, coração. Os olhos dele ficam presos no meu e por um breve instante a criança nem existe. Nem parece que tá tentando arrancar o desenho no moletom que era dele e agora tá comigo, nem parece que tá tentando falar algo.

Somos só eu, ele e esse monte de coisas não conversadas, angústia e muita… Saudade.

Eu sinto falta de muita coisa. Dos dias com meu pai na casa de férias, do Rio de Janeiro quando conseguia acordar e ir direto pra praia, da mamãe… Mas nunca senti tanta saudade assim de alguém. Nunca. E é pior saber que não posso só chegar perto e sei lá… Dar um abraço. Porque ele não quer.

Os olhos dele desviam dos meus e vão parar no Gómez, que tá saindo de fininho agora. Então o maxilar trinca e os pulsos ficam apertados. Parece entender tudo errado.

É quando desvio também, olho pro indicador da menininha tocando o desenho do moletom.

—Titio — Ela diz arranhando a região. Uma risada arranhada escapa pela minha boca, porque parece que ela reconheceu o casaco ou achou muito parecido com algo que o tio já usou — Titio.

—É do Titio? — Consegui perguntar com uma lágrima fujona molhando o moletom. Ela percebe e o dedinho passa do desenho para onde molhou.

—Titio.

—Oi, princesa — O tio dela fala pela primeira vez. Nós duas levantamos a cabeça numa sincronia impressionante. A diferença é que não consigo tirar os olhos do tio enquanto ela agarra meu pescoço e esconde o rosto ali — Vamos voltar pra mamãe?

—Não, não, não, não — Repete enquanto se balança, ainda agarrada à mim.

—Vem com o tio, princesa. Olha… — Ele hesita antes de dar um passo pra perto de mim, chegar mais perto e tocar o vestido da garota.

O vestido que nós dois escolhemos. Nós dois.

—Nós podemos brincar no parquinho, o que você acha? — A menina olha pra ele. Ou eu só acho que olha porque agora eu tô lacrimejando horrores e só consigo pensar que a bebê tá com o cheiro dele e que tá usando o vestidinho que eu comentei que era lindo e que ele deveria comprar.

𝐃𝐎𝐈𝐒 𝐀 𝐔𝐌 • 𝐃𝐈𝐄𝐆𝐎 𝐂𝐎𝐒𝐓𝐀/𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐆𝐎𝐌𝐄𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora