O preço

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Vegeta estava furioso, ele não podia acreditar que Bulma estava fazendo aquilo. Depois de todo o trabalho que foi para se aproximar daquela mulher, depois de ter que se aliviar com as próprias mãos para não enlouquecer, depois dos quinze malditos dias de espera serem o inferno, para quando finalmente chegar o dia da consulta, ela simplesmente vir com aquela história e despeça-lo como paciente.

Bulma vendo que Vegeta aguardava uma resposta e sua expressão mostrava a insatisfação com a notícia, decidiu tentar melhorar a situação.

- Entenda, senhor Saiyajin, não sou a melhor profissional para ajuda-lo, mas tenho contato com conhecidos que posso indicar e...

- Então... - Vegeta a cortou de maneira brusca. - Você está desistindo de me ajudar porque não é capacitada para isso?

Não era o melhor para sentir naquele momento, mas Bulma ficou ofendida com a indagação dele.

- Não é isso! - Bulma franziu o cenho se afastando um pouco da mesa a qual estava encostada a pouco. - Só acho que...

- Acha? - Vegeta a cortou pela segunda vez. - Não imaginei que psicólogos se formavam com achismo.

Bulma estava perplexa diante da fala rude dele. Quando decidiu, alguns dias atrás, que deixaria de ser psicóloga dele, estava mais concentrada em sua carreira, no quanto ele mexia com ela e até quanto tempo resistiria e agiria como profissional diante de um homem que mexia tanto com seus hormônios, entretanto, agora ela via sua decisão com outros olhos, nem por um segundo, anteriormente, pensou como ele se sentiria ao ser, de certa forma, dispensado por ela.

Profissionalmente e pessoalmente falando, Bulma não tinha experiência nenhuma com homens dominadores e sádicos - ao menos não na particularidade que definia Vegeta - mas, entendia de maneira básica que um homem como ele detestaria a ideia de ser descartado daquela forma. O pouco que ele havia falado da vida dele, mostrava que não era um homem acostumado a ouvir a palavra não ou não quero.

Ela deveria ter pensado nisso, deveria ao menos ter preparado o terreno antes de dar a notícia ao Vegeta, mas não adiantava chorar pelo leite derramado, o que estava feito, estava feito, e o que foi dito não podia ser desdito.

- Perdão, senhor Saiyajin, mas não é questão de achismo, não serei mais sua psicóloga, isso é um fato - declarou ela com coragem. - E os motivos para isso não é minha incapacidade profissional, mas sim, questões particulares.

- Questões particulares? - Desdenhou Vegeta aproximando-se de Bulma.

Bulma voltou a encostar na mesa quando percebeu que Vegeta se aproximava dela, por um milésimo de segundo lembrou-se do episódio de Animal Planet onde a pobre zebra era capturada e abatida pelo leão, de certa forma ela se identificou com a zebra naquele momento.

- Não gosto de desculpas esfarrapadas, Doutora, se vai me dispensar, que seja com a verdade.

- Mas esta é a verdade! - Bulma ergueu os ombros um tanto sem jeito.

O homem a intimidava e o fato dele estar se aproximando a deixava mais inquieta e nervosa.

Quando Vegeta parou de caminhar, estava diante de Bulma, poucos centímetros separavam os corpos. Ela se encolheu mais naquela mesa e suas mãos apertavam com tanta força a madeira maciça que seus dedos ficaram roxos nas pontas. Infelizmente o sangue estava indo para um lugar que ela não desejava que fosse naquele momento.

- Questões particulares, não é? - Vegeta colocou as duas mãos na mesa, entre o corpo de Bulma, ela chegou a prender a respiração diante daquela situação. - Posso saber que questões particulares são essas?

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