Ao estacionar seu carro na frente da casa onde o GPS a trouxe, Bulma analisou o local antes de sair do veículo. Se realmente o endereço estivesse certo, coisa que ela não tinha certeza, pois o ambiente não condizia com o que ela imaginou precipitadamente, a situação seria um tanto surpreendente. Jamais associaria um lar como aquele à um policial sádico. Por conta disso, verificou o endereço digitado no GPS juntamente com a mensagem de Vegeta, e ao constatar que era realmente aquele local, Bulma admirou, de certa forma, a entrada daquela casa.
O jardim foi sua primeira surpresa, nunca vincularia Vegeta a ter um jardim bonito como aquele. A casa encontrava-se em um local afastada da cidade, poderia até mesmo definir como escondido, isso Bulma até esperava de alguém com o estilo de vida como a do morador da casa.
A segunda coisa que a abismou, foi a horta de verduras e legumes na lateral do quintal, Vegeta não parecia exatamente um homem que sabia cuidar de uma horta, vendo que tratava-se de algo que precisava ter uma certa paciência e cuidado, e nenhuma das palavras poderia definir o detetive com um chicote na mão, que era a mais pura visão que ela tinha dele.
A terceira e última coisa que a surpreendeu foi a casa em si, não que fosse uma casa cor-de-rosa com unicórnios desenhados, coisa que realmente fosse extremamente surpreendente, mas pelo simples fato da casa parecer um local agradável e caloroso, acabou surpreendendo-a. Jamais imaginou que sentiria tão confortável na frente de uma casa onde mulheres eram espancadas enquanto o dono dela as comia.
- O que você esperava? Uma masmorra? – Reflexo-Bulma reprimiu seu eu verdadeiro assim que Bulma olhou no retrovisor.
Bulma apenas balançou a cabeça negativamente e abriu a porta do carro, não ia dar atenção a personificação de seu eu interior que surgia diretamente em seu reflexo quando ela se olhava no espelho. Sinceramente falando, Bulma sempre teve essa espécie de esquizofrenia da shopee em relação a sua própria imagem, desde criança tinha discussões interiores quando estava com dúvida em relação a qualquer coisa que fosse, e com o tempo, essas discussões acabaram transbordando de sua mente para seu reflexo, mas a verdade era que nos últimos dias aquela situação de ficar discutindo consigo mesma estava com uma frequência exagerada, fazendo-a acreditar que deveria parar com aquilo e começar a tomar decisões rápidas, para assim seu “reflexo” não vir a tona.
Ao pisar no chão, Bulma olhou para a grama nas laterais do corredor da entrada da casa de Vegeta, era realmente uma grama bem cuidada, verde, aparada, dava até vontade de tirar sua rasteirinha e pisar com os pés descalços naquela área, mas ela controlou aquela vontade repentina e caminhou até a porta de entrada. Ao analisar a casa mais de perto, Bulma percebeu que não tratava-se de um móvel exatamente econômico, na verdade, parecia consideravelmente cara para um policial. Ela tinha dois andares, as janelas eram grandes e seus vidros fumê – não permitindo assim Bulma ter um pequeno deslumbre do seu interior –, a porta tinha alguns detalhes de curvas e a madeira parecia maciça, a cor da casa era de um creme, quase puxando para o marrom-claro e na porta de entrada havia três degraus.
Subindo aqueles pequenos degraus lentamente, Bulma começou a sentir seus joelhos fraquejarem por um instante. O que ela estava fazendo ali? Sua mente gritava a cada pequeno passo que subia. Não era exatamente longe, mas Bulma levou uma eternidade para chegar até aquela porta, e quando finalmente chegou, achou que seu coração sairia pela boca quando colocou a chave prateada no buraco da fechadura, ela queria correr, se esconder, fazer qualquer coisa para acabar com aquela adrenalina que estava sentido, mas tudo que seu corpo permitiu fazer, foi girar aquela chave, e, após três voltas e o barulho do destrave soar, Bulma pôde finalmente abri-la. Era como se tudo que ela estivesse fazendo fosse programado, como se sua própria vontade não estivesse exatamente ali – mesmo que em seu interior ela soubesse que tudo era sim algo relacionado a sua vontade – e ela continuava agindo de maneira automática, por mais que seu corpo aparentemente estivesse ao ponto de desmaiar.
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Dominador
ChickLitBulma Briefs é formada em Psicologia e depois de passar dois anos atendendo pacientes em um hospital, decidiu mudar o rumo de sua carreira, se mudando para Nova Iorque, abrindo uma clínica particular e atendendo seus pacientes de forma discreta. Tud...