Capítulo 6

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Pessoal, tô adorando os comentários, por favor, continuem interagindo. Me contem oque estão achando, please!

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Peguei o celular de suas mãos e digitei os números que eu sabia de cor e salteado, no segundo toque, minha outra mãe, atendeu e já comecei falando:

"Oi, mãe, sou eu" - Senti sua respiração, como um sinal de alívio.

" Filha! Finalmente você ligou. Estava tão preocupada. Onde você está? Está tudo bem? Porque fugiu de casa e de mim, Júlia? " - Respirei também aliviada porque o tom da sua voz, estava realmente de preocupada e não de quem queria me matar:

"Mãe, calma. Eu estou bem. Eu tenho uma notícia... Eu encontrei a minha mãe biológica. O nome dela é Caroline" - Nesse momento após seu silêncio me dei conta o quanto eu tinha sido egoísta, minha mãe sempre foi aberta com esse assunto. E eu fugi, a deixei preocupada. Podia ter compartilhado isso com ela. Ela por fim falou com a sinceridade, demonstração afeto de sempre, porém com uma chateação evidente:

" Caroline? Você  a encontrou? Você está com ela agora? Como você está com isso? Onde ela estava esse tempo todo?

"Sim, estou com ela agora. Tô bem. Ela estava vivendo em outra cidade. Nós conversamos bastante. Ela... Ela me contou muita coisa"

"Meu Deus, Julia. Eu nem sei o que dizer. Estou tão aliviada em saber que você está bem. Mas eu tenho tantas perguntas. Como você está realmente? Ela te tratou bem? Você está se sentindo bem com tudo isso? Ela é confiável? Ela tá cuidando de você? - Nesse exato momento olhei para Carol, que fingia estar fazendo outras coisas e não prestando atenção em minha conversa:

"Sim, mãe, ela me tratou muito bem. Foi um choque, claro, mas... Eu precisava saber. E estou feliz de ter conhecido ela".

"E sobre o seu pai? Ela falou algo sobre ele?"

"O meu pai... Mãe, eu... eu nem perguntei sobre ele. Eu estava tão focada em conhecer a Carol que esqueci de perguntar sobre ele"

"Júlia, é importante saber sobre ele também. Mas eu entendo, foi muita coisa de uma vez só. Nós precisamos conversar mais sobre isso. Eu quero ir até você, filha. Eu quero conhecer a Carol. Eu preciso ter certeza de que tudo está realmente bem"

"Mãe, eu entendo. Eu também quero que você a conheça. Acho que isso será bom para todas nós"

"Vou pegar o primeiro voo que encontrar. Você pode me passar o endereço? Eu não vou descansar até estar com você".

" Vou conversar com ela aqui e te mando as informações e vamos resolver isso juntas"

"Eu te amo, filha. Vai ficar tudo bem. Eu não sairei do lado do celular até não ter as informações para poder ir até você ok?"

"Eu também te amo, mãe. Te vejo em breve".

Depois da ligação, olhei para Carol e queria saber mais sobre meu pai biológico.

"Carol, eu preciso te perguntar uma coisa. Sobre o meu pai biológico... Eu esqueci de perguntar antes." - Ela (hesitante) respondeu:

"Julia, eu... Eu estava esperando o momento certo para te contar. Seu pai... Ele foi assassinado anos depois de eu me separei dele. Descobri quando já tinha recursos e instabilidade aqui".

"O quê? Assassinato? Como isso aconteceu?" - respondi já com lágrimas nos olhos.

"Foi um crime que nunca foi totalmente esclarecido. Eu... Sinto muito por não ter te contado antes. Eu sabia que isso seria difícil"

"Eu nem sei o que dizer... Mas obrigada por me contar agora. Minha outra mãe, Rosamaria, está querendo vir para cá. Ela quer te conhecer e ver se realmente está tudo bem. Ela pode vir? sei que a base é secreta e tal, mas gostaria de tê-la por perto". - Falei já querendo enterrar o assunto anterior.

"Claro, Julia. Eu entendo. Eu também quero conhecer a Rosamaria. Acredito que vai ser bom para todas nós. Fale para ela que amanhã, Priscila e Léia irão buscá-la. Elas são minhas amigas e moram aqui na base. Pelo que percebi você não mencionou exatamente que está numa base militar, espero que isso não seja um problema pra sua mãe" - Eu realmente tinha ocultado essa informação. E também esperava que não criasse nenhum problema, com mais uma presença na base que ao meu ver, com duas civis já não era tão secreta assim.

"Obrigada, Carol" - Respondi já pegando o celular para mandar mensagens e as informações finais para minha mãe e já estava ansiosa para vê-la novamente e estar nos braços da minha mãezinha Rosamaria.


As linhas do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora