36| rosa preta

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EMILLY D'ANGELO

Assim que chegamos na casa antiga do Matteo aqui na Itália, olhei diretamente para Thomas, que ainda estava tampando seu ferimento no peito com um pedaço de pano de sua própria roupa. Porém ela já estava encharcada de sangue.

— Ei, Thomi. - Disse o olhando.

— Ah, oi Emy? - Ele disse.

— Não acha melhor ir no hospital ver isso aí? Parece que a faca perfurou você um pouco fundo, não é? - Disse.

— Ah que nada! Não foi tão funda assim. Já levei uma facada bem pior que essa. Só preciso mesmo de um curativo. - Ele diz.

— Ah, acho que eu tenho algum kit médico por aqui... - Matteo diz enquanto procurava em uma das gavetas.

Logo, Cameron se aproximou de mim.

— Ei, você está bem, né? - Ele perguntou.

Dei um sorriso.

— Eu estou é ótima! Foi tão bom torturar o Lionel. - Digo mas logo meu sorriso se foi aos poucos.

— O que foi? - Ele perguntou.

— É que... É terrível pensar que o Lionel que eu conheci, se tornou daquele jeito...

EMILLY D'ANGELO
sete anos de idade.

Eu estava em uma pequena praça, bem ao lado da minha casa, e havia um banquinho e logo atrás dele, uma enorme árvore de cerejeira. Ela estava florida, e suas pétalas caíam no chão de uma forma tranquila e agradável, deixando o chão rosa por conta da flor. Eu fiquei encantada com aquela árvore, e ela me fazia me sentir bem, e calma.

Até que... Ouço alguém me chamar.

— Ei! Emy!! - Escuto a voz de Lionel.

Olhei para trás rapidamente, e assim vi ele. Sorrindo para mim com uma pequena flor rosa em suas mãos. Mas não era uma flor de cerejeira. Parecia ter sido arrancado em algum mato por perto. Era tão linda, era uma flor que realmente me chamou muito a minha atenção.

— Oi Lionel!! - Corri até ele e então olhei para a flor. — Uau! Que linda! Onde conseguiu? - Perguntei com o maior brilho nos olhos.

— Eu consegui em um mato aqui perto. Eu peguei especialmente para você Emy. - Ele diz sorrindo e então me entregou.

Peguei ela com delicadeza, e meus olhos brilharam ainda mais.

— É sério mesmo?! Obrigada Lionel!! - Digo sorrindo empolgada e o abracei.

— Não precisa agradecer. Eu posso pegar quantas você quiser. - Ele diz sorrindo.

— Você é mesmo muito gentil! - Digo sorrindo.

— Ela é linda, não é? - Ele perguntou.

— Sim, é muito linda. - Digo sorrindo.

HERANÇA SOMBRIA: O LEGADO DO SERIAL KILLER Onde histórias criam vida. Descubra agora