7 - cinema

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                             ( Pov: Tae ) 

Fiquei à espera de S/n e assim que ela desceu não pude segurar um sorriso. Saí do carro só para abrir a porta para ela.

— ficou mais lindo em seu corpo. — eu disse com toda certeza.

— não. — ela disse com um tom frio.

— não? — eu a questionei.

— não, não mude de assunto, ok? — ouvi ela dizer sentando no banco do carona e logo assenti. — o que exatamente estava acontecendo na sua casa? — vi ela me olhar enquanto eu dava a volta no carro para entrar.

— ah, a mulher anjo me viu em uma de minhas memórias, colocou os dedos em meus olhos e me fez acordar na minha casa, e eu percebi que não estava sozinho. No final ela tentou me matar e eu me salvei.. — disse com um tom com certeza mais leve.

— é o que? — ela virou pra mim e eu dei partida com o carro. — como ela tentou te matar? — retrucou.

— ela tentou enfiar uma faca nas minhas costas. — eu continuei a dirigir. — sabe S/n, anjos não morrem, mas se atirar uma faca no meio de suas costas.. é uma forma de transformá-lo em humano de imediato. É como se a pele de nossas costas fosse vulnerável a facas, e por ser a área de onde o maior tem a cicatriz das asas, todos sentimos dor ao encostar em nossas costas, como dois copos de vidros, eles vão se chocar, e um deles quebra. — eu disse tranquilo.

— e ao menos sabe quem é ela? — S/n perguntou.

— vou descobrir nas memórias de amanhã. Ela é esquisita. — eu disse entrando na rua do shopping.

— imagina se não fosse. — ela disse rindo baixo.

— bom, medo.. medo eu não tenho. —

— que bom, super corajoso. — ela disse em um tom sarcástico voltando a rir.

— você sabia que está linda? — disse quando entramos no estacionamento do shopping.

— ah cara, o clima tava tão bom, agora você me deixou envergonhada. — ela disse virando para a porta.

— mas eu menti? — eu disse estacionando o carro e olhando para a mesma. — você realmente está linda. Acho que não vou deixar você sair dessa forma, muitos vão te olhar. — eu disse virando o rosto dela para mim. — vamos pequena? Quero passar em um lugar antes. — eu disse destrancado o carro.

S/n assentiu e saiu do carro, ela estava linda, seu cabelo estava cacheado, e o capuz cobria o topo de sua cabeça o que deixava o seu cabelo para fora do capuz. Seu short combinava perfeitamente com a tonalidade do allstars que ela também usava. Uma meia vermelha com detalhes pretos cobria seu tornozelo. Seu cheiro estava muito bom, um perfume doce que havia invadido o carro assim que ela entrou, e agora estava dominando o estacionamento.

— vem, me dá sua mão. — eu peguei a mão dela e a puxei para que viesse no meu lado.

— onde vamos? — ela perguntou sem esconder sua curiosidade.

— você já vai ver. — ela cruzou o braço no meu e entrelaçou nossos dedos.

Deixei um sorriso escapar assim que me dei conta, e fomos em direção ao elevador. Paramos no segundo andar e fomos até uma loja de doces, lá peguei balas que eu sabia que ela gostava, comprei dois Guaravita para bebermos, e fomos em direção ao cinema.

No caminho avistei uma máquina de ursinho, vi os olhinhos de S/n brilharem ao ver o mesmo.

— quais destes está solto? — ela observava cada pelúcia.

Não esqueci de nós, amor. Onde histórias criam vida. Descubra agora