5 - anjo desobediente

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                                         ( Pov: Tae )

Já à tarde, fiquei à espera de uma chamada de S/n, e ela nem me ligou, posso dizer que a espera estava me deixando louco, com uma sensação bem esquisita, senti borboletas voando por meu estômago, o que me deixou mais nervoso, por estar à espera da ligação, e para saber o por que desses sentimentos. Já perto do anoitecer percebi que S/n não me ligaria, então desisti de esperar.

Na minha cabeça não parava de passar milhares de coisas, eu estava com muito receio do que eu havia dito para o maior, e as formas que ele usou para se referir há mim. Eu não quero ser humano, mas também quero me sentir um, mas o que vinha em minha cabeça era, se eu sou um anjo, por que eu estou sentindo e tendo coisas de humanos? e em dúvida se eu era um anjo ou um humano eu fiz o pior, fui até a lavanderia, e peguei a garrafa de cloro, peguei um copinho e despejei o líquido lá dentro, fui até a direção da pia da cozinha e coloquei o copo em minha boca, quando fui beber ouvi a campainha tocar, e minha reação foi dar um soco forte na pia, que fez um estalo, como se tivesse quebrado.

Fui abrir a porta e ver que estava, quando tropecei, adivinha como, CHUTEI O CANTO DO SOFÁ COM O DEDINHO.

— Ai porra! — gritei sem conseguir me segurar.

No momento em que eu gritei ouvi um barulho muito alto vindo da cozinha, olhei de relance o olho mágico e vi S/n, destranquei a porta e mandei a mesma entrar. Os barulhos da cozinha começaram a aumentar, então eu nem olhei pra trás só fui até a grande entrada para a cozinha, e quando me liguei no que estava acontecendo era simplesmente um alagamento, o cano tinha estourado, estava espirrando água para todos os lugares possíveis de olhar, arregalei os olhos quando vi que não era só uma miragem, e comecei a andar de um lado para o outro.

— o que eu faço? — batia em meu rosto  repetidas vezes. — o que eu faço? —

— o que foi... Meu deus! — a expressão de S/n muda ao ver a cozinha. — o que diabos  você fez aqui? — ela diz jogando a própria bolsa no chão.

— ei, não o mencione aqui, se ele existir eu quero ele bem longe. — eu paro e vejo novamente a cozinha. — eu quebrei a pia, foi sem querer eu juro! — juntei minhas mãos, fechei meus olhos e virei para ela.

— o registro de água fica aonde? — ela pergunta tirando a própria blusa ficando só com um cropped.

— o registro? Acho que debaixo da pia, todos os acessos que tem para coisas relacionadas à água ficam lá. — eu disse apontando.

S/n nem terminou de me ouvir e se atirou para baixo d'água, começou a abrir as portas procurando o registro, e achou na terceira tentativa, ela tentou fechar, mas eu pude ouvir ela dizendo.

— tá emperrado! — ela disse ainda no meio d'água. — Já mexeu nisso antes
taehyung? — ela pergunta ainda fazendo força para conseguir.

— e por que eu mexeria? — respondi.

Ao ver que não estava dando tão certo a força que S/n estava fazendo eu tirei o terno, ficando de blusa social, e fui ajudá-la,  me enfiei de baixo d'água para pegar o alicate de obra no armário, e assim que peguei entreguei a ela.

— obrigada. — ela respondeu pegando da minha mão e voltando a tentar fechar o registro.

— perai, não invertemos as funções? — eu disse e ela fechou finalmente o registro.

— tarde demais colega. — ela estava ofegante, acho que de tanta força que ela fez. — Puts, quebrou feio. — ela disse ao levantar e ver a pia quebrada.

— vou pegar uma toalha para você. — me virei e subi.

Ao chegar em meu quarto, peguei a primeira toalha que eu avistei, e desci como se ela estivesse morrendo, quando pisei em sua frente entreguei a ela.

Não esqueci de nós, amor. Onde histórias criam vida. Descubra agora