Capitulo 7

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   𝐏𝐨𝐯 𝐭𝐞𝐫𝐜𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚

Willow estava demorando para voltar do banheiro, e seus irmãos já estavam começando a ficar preocupados com ela, inclusive Mason e Julian.

-Ela está demorando demais, será que aconteceu alguma coisa? - questionou um dos irmãos.

-Eu acho melhor um de nós ir procurá-la. Se voltarmos para casa sem ela, papai vai nos matar - sugeriu outro, preocupado com as possíveis consequências.

-não se precipitem vamos esperar mais um pouco- dessa vez quem disse foi Julian, que estava olhando para os lados procurando ela.

Algum tempo depois, eles viram Willow se aproximando deles. Ela estava com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas, enquanto coçava os braços constantemente.

-Precisamos ir embora. Podemos voltar para casa? -Sua voz carregava uma urgência incomum, os olhos fixos no vazio como se estivesse revivendo um pesadelo, não só um como vários, Encontrar uma pessoa do passado fez com que ela desbloqueasse memórias horríveis.

A tensão no ar era palpável, enquanto Willow, com os olhos vermelhos e trêmulos, parecia estar lutando contra algo invisível que a consumia por dentro. Mesmo Mason, geralmente expressivo em suas emoções, se viu contido diante da angústia que emanava dela.

-Vamos embora, por favor - repetiu ela, suas palavras mais uma súplica do que um pedido. A urgência em sua voz não deixava espaço para argumentos, apenas uma necessidade desesperada de escapar daquilo que a assombrava.

Os irmãos se entreolharam, reconhecendo a seriedade da situação. Bernardo avançou para acalmá-la, mas Willow recuou, seus gestos revelando um medo profundo nela.

No entanto, a tensão no ar foi quebrada quando Mason, incapaz de conter sua própria angústia, deixou escapar palavras carregadas de frustração.

-Ir para casa? Sério? Onde você estava? Estava se divertindo com alguém? Não é possível, você sumiu por trinta minutos inteiros - acusou ele, sua voz ecoando com uma mistura de raiva e preocupação mal disfarçada.

-Mason se acalme, você não tá vendo que aconteceu alguma coisa idiota- Maicon fala ficando irritado com seu gêmeo.

-Sorelina, oque aconteceu enquanto você foi no banheiro?

Maicon tenta se aproximar mais ela desvia do toque dele, oque pareceu preocupante na visão deles.

Se vocês não querem me levar para casa, é só falar", disse Willow com uma voz carregada de desânimo e frustração, seus olhos refletindo uma mistura de mágoa e determinação. Enquanto falava, ela parecia estar à beira de um colapso emocional, lutando para conter as lembranças que a assombravam.

-Willow, você não pode voltar sozinha -insistiu Bernardo, tentando alcançá-la para detê-la. Com passos rápidos, ela escapou de seus irmãos e correu em direção ao elevador que tinha na frente da praça de alimentação.

O sol já estava se pondo quando Willow saiu do shopping, tingindo o céu com tons de laranja e vermelho. O calor do sol, que normalmente seria reconfortante, agora parecia insignificante diante da tempestade emocional que a consumia.

Ela não conseguia parar de pensar que a vida toda, a única coisa que conseguiu sentir foi dor e sofrimento, que foi obrigada a fazer coisas que ela não queria, obrigada a matar pessoas que eram inocentes, pessoas morreram para a salvar e isso a machucava profundamente, ela se sentia culpada, se sentia culpada porque nunca conseguiu impedir o abuso e o estupro que ela viveu durante anos, mas no que ela mas se culpa é por não ter conseguido impedir Arthur de machucá-la ao longo dos anos e isso é uma ferida aberta que Willow carrega consigo.

Alguns meses depois de conseguir escapar de Arthur e dos próprios pais, Willow foi sequestrada pela resistência e foi aí que o seu pior pesadelo começou, onde os abusos que ela sofria pareciam ser melhor do que ficar naquele lugar, onde era treinada todos os dias para ser usada como arma, mas a própria nunca soube oque os seus poderes eram capazes de fazer, os poderes dela poderiam fazer uma ruína mas acima de tudo poderia ser um império.

Ela era mais do que podia imaginar. Uma peça crucial, a chave para desvendar tudo o que estava oculto. No entanto, ela ainda não tinha ideia do que era capaz.

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