Capítulo 3

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A família Cullen se encontrava em uma mistura de choque, preocupação e tentativas de compreensão ao saber do imprinting. Estavam sem saber o que fazer; Rosalie, sendo uma vampira, provavelmente seria vista como uma figura controversa dentro da alcatéia de lobisomens, o que poderia suscitar preocupações sobre a segurança da comunidade Quileute e, para os vampiros, uma certa preocupação pelo tratado.

— Bella me ligou... — Começou Edward a falar apreensivo, despertando a curiosidade de todos no ambiente. — Eles estão vindo.

Edward, em particular, era o mais preocupado com a situação. Queria afastar Rosalie do ambiente, mas ele não sabia como. Apesar de entender um pouco sobre o imprinting dos lobos, aquilo tudo poderia ocasionar em uma futura guerra, coisa que ele não permitiria a família passasse. O que era uma grande ironia.

Carlisle se aproximou de Rosalie, que estava submersa em pensamentos, olhando a paisagem da floresta através daquela parede envidraçada da casa. Ele sabia que a sua filha valorizava muito a sua independência emocional, então a ideia de ter uma ligação tão profunda com alguém, poderia ser difícil para ela aceitar.

— Quero que fique em casa apenas Edward, Esme e Rosalie, o resto é preferível que tome a atitude de ir caçar. — Sugeriu, ele jamais forçaria os filhos a fazerem algo que não querem. Apesar da maioria não concordar, ninguém se pronunciou. — Nossos convidados podem não sentir-se à vontade com tantos vampiros, então recomendo que fiquem longe por algumas horas. — Assim que terminou de falar, escutaram ao longe, o som do carro da Bella.

Todos saíram rapidamente da casa, restando apenas Carlisle, Rosalie, Esme e Edward.

— Como vamos fazer isso? — Perguntou Edward.

— Vamos ver como está a situação, mas quem tem que resolver é a Rosalie. — Afirmou Carlisle.

Ao contrário da reação dos Nativos, Os Cullen também reconheciam que o imprinting é um fenômeno sagrado e incontrolável, pois segundo o que Jacob disse a Bella, dentro da mitologia dos lobisomens não há como evitar ou manipular seus efeitos. Então, a única coisa que poderiam fazer, é apoiar a vítima do imprinting, que é a Rosalie, e tentar entender a situação sob uma perspectiva mais ampla de destino e conexões espirituais, mesmo que isso desafie suas próprias crenças.

Alguns minutos depois, eles escutaram o barulho da camionete estacionando em frente a casa. Rosalie sentiu-se nervosa porque, para ser bem sincera, ela não estava gostando nada daquilo tudo. E, mesmo com sua grande conversa com Carlisle horas atrás, não se sentia segura e ainda não gostava dos metamorfos.

— Rosalie, poderia recebê-la? — Pediu. Rosalie suspirou assentindo, aquela ação a fez lembrar de quando era humana, sempre suspirava a cada cinco minutos. — Esme, querida...

Calisle não precisou falar mais nada para que ela entendesse e, em um pedido silencioso, mandou seu filho mais velho ir ajudá-la. Edward bufou, mas foi.

A alguns metros dali, Jacob pegava a sua irmã para levar para dentro. A situação era precária, e mesmo com o frio de Forks, o suor escorria por todo o corpo de Ana, sua pele suave estava arranhada e em algumas partes tinha cortes superficiais. A cura estava lenta por ficar dias sem comer e delirando continuamente, a deixou muito fraca.

— Jacob, eu vou ficar aqui fora esperando. — Avisou Leah.

Ele direcionou seu olhar da irmã para ela.

— Eu desço para ficar com você, acho que eles cuidarão bem dela. — Murmurejou Jacob. A mais nova o fitou receosa, mas não deu tempo de falar algo porque a porta daquela enorme casa havia sido aberta.

Hearing Damage - Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora