Rosalie sempre fora conhecida por sua beleza glacial e sua aura de impenetrável perfeição. Apesar de não ter as habilidades graciosas dos seus irmão Edward e Alice, sua habilidade desenvolveu-se pelo ar de sua beleza natural. Qualquer pessoa ficaria encantada ao olha-lá pela primeira vez, seja homem ou mulher.
— Por quanto tempo vai ficar encarando meus lindos olhos, estranha? — Ana perguntou em murmúrios, piscando os olhos preguiçosamente.
Rosalia a olhou, certamente se fosse humana, estaria vermelha como um tomate.
— Não se ache tanto. — Revirou os olhou e Ana a fitava divertida. A loba estava começando a gostar de irritar a vampira. — Como você está?
Ana suspirou.
— Agora eu estou bem. — Disse, tentando achar forças para sentar. Rosalie percebendo, tratou de ajudá-la. — obrigada por deixar eu me aproximar de você, sei o quanto isso é difícil. — A loba agradeceu, lembrando dos atritos que a loira tinha com os lobos e, principalmente, com Jacob.
A vampira assentiu, até cortar a ligação e começar a sentir o odor emanando de Ana.
— Você pode terminar de me agradecer tomando um banho. — Rosalie falou, fazendo uma careta e a loba a olhou indignada. — Não sei o que é pior, o de cachorro molhado ou esse.
Ana se emburrou e tentou levantar da cama, mas não conseguiu ficar de pé.
— Eu vou te ajudar a tomar banho, tudo bem para você? — A loba a olhou, se sentindo envergonhada. Ninguém tinha cuidado dela e, não sabia se iria ficar a vontade.
— Tudo bem. — Respondeu Ana por fim, vendo que não tinha forças para protestar. Depois de olha-lá por mais alguns segundos, a vampira entrou no banheiro, que era um espaço dominado por tons neutros e suaves deixando o banheiro moderno.
Rosalie, encontrava-se diante de um dilema que testaria sua própria humanidade. Ela, a vampira vaidosa e perfeita, deveria mesmo agora se envolver em uma tarefa tão mundana quanto dar um banho em uma lobisomem?
Entretanto, ao olhar para Ana que estava sentada na cama, vulnerável e com um semblante exausto, Rosalie sentiu algo mais forte que qualquer orgulho: a necessidade de cuidar daquela que agora fazia parte de sua existência de uma maneira indescritível.
Respirando fundo, Rosalie começou a preparar um banho morno. A água fluía suavemente, o vapor enchendo o banheiro em uma nuvem reconfortante. Ela aproximou-se de Ana com uma delicadeza que poucos poderiam imaginar que uma vampira pudesse ter.
A loba, agora consciente de sua condição, tentou resistir, a vergonha e o embaraço ardendo em seus olhos.
— Eu... eu posso fazer isso sozinha. — murmurou, com sua voz saindo fraca.
— Shh! — sussurrou Rosalie, sua voz firme mas gentil. — Deixe-me cuidar de você. Por favor!
Ana direcionou seu olhar para a vampira. A loba sabia que estava deplorável e fraca, então se deixou guiar e, embora inicialmente envergonhada, começou a relaxar e seus olhos encontraram os de Rosalie em um silencioso agradecimento.
A vampira sentiu seu coração, outrora frio como gelo, derreter um pouco mais a cada gesto. Despiu Ana com cuidado, sentindo a vergonha e a vulnerabilidade da jovem metamorfa. Porém, mais do que isso, sentia a confiança e a dependência que a loba depositava nela naquele momento. E com movimentos cuidadosos, Rosalie ajudou a garota à sua frente a entrar na banheira. A água morna pareceu trazer um alívio imediato, relaxando os músculos tensos e febris.
A loba inicialmente tensa e envergonhada, começou a relaxar sob o toque gentil de Rosalie.
— Não é estranho? — Ana perguntou distraída, aproveitando as carícias que recebia em seu cabelo.
— O que? — A vampira indagou confusa.
— Você está me dando banho, mas não perguntou o meu nome, e nem eu o seu. — A loba riu um pouco.
A vampira sentiu-se envergonhada, tirando rapidamente o condicionador do cabelo da loba para não incomodar seus belos olhos.
— Desculpe-me, não sou de ser mal educada dessa forma. Sou Rosalie. — Apresentou-se, um tanto constrangida.
— O meu é Ana. é um prazer conhecê-la formalmente. — A loba sorriu. — Seu nome é lindo, me lembra um jardim de rosas com vários girassóis. — Tagarelou.
— Por que girassóis? — A vampira perguntou, estava curiosa.
Rosalie, enquanto enxaguou a última espuma de sabão e, esperou pacientemente Ana terminar de bocejar.
— Além do seu nome; seus olhos e cabelos são amarelos, como âmbar e girassóis. — Murmurejou, a loba sentia-se com sono.
Rosalie sorriu sem graça.
— Obrigada? — Agradeceu com dúvidas. — Agora, você consegue terminar sozinha? — Rosalie não queria abusar da intimidade que não tinha.
A loba sentiu suas bochechas ficarem avermelhadas por adivinhar sobre o que a vampira referia-se.
— P-posso, sem problemas! — Disse nervosamente, soltando uma risadinha sem graça. Rosalie assentiu.
— Chame quando terminar, vou separar alguma roupa confortável. — E assim, a vampira saiu.
Percebendo que já estava a um tempinho ali, resolveu chamar por Rosalie, que entrou no banheiro em um piscar de olhos levando consigo uma muda de roupas. A vampira envolveu a loba em uma toalha macia, secando-a com cuidado para não a machucar com sua força de vampiro, e ajudando a se vestir logo depois.
— Eu vou pegar algo para você comer, minha mãe estava feliz por usar a cozinha pela segunda vez. — Falou Rosalie, retirando a roupa de cama e deixando Ana deitar logo depois.
— Eu sinto muito, nunca quis dar esse trabalho todo. — A vampira sabia muito bem disso, Ana não tinha escolha e Rosalie muito menos... Outra vez.
— Tudo bem. — Sorriu. A loba a olhou bobamente. — Enquanto eu ajudo a minha mãe com algo para você comer, por que não dorme um pouco? — Sugeriu.
— Você vai estar aqui quando eu acordar? — Perguntou Ana, seus olhos estavam quase fechados.
— Se é o que quer, sim. — Rosalie disse por fim. — Agora durma.
E então, Ana dormiu, deixando seu ressoar tranquilo e seu coração batendo sem pressa. E, enquanto a metamorfa adormecia em sua cama, Rosalie soube que esse era apenas o começo de uma jornada juntas e, lembrando-se da conversa que teve com Carlisle, estava disposta a tentar pelo menos uma amizade estranha com aquela loba
OBSERVAÇÕES FINAIS:
E então, como estamos?
Se preparem para a ladeira abaixo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hearing Damage - Rosalie Hale
Hayran KurguApesar de ser a segunda mulher a transformar em metamorfo, Ana Black, não aceitava seu destino como protetora das terras da tribo Quileutes. Entretanto, tudo muda quando acontece o famoso imprinting com a última pessoa com quem deveria acontecer, Ro...