Suguru apertava a mão do marido com força, sentindo um misto de ansiedade e alegria percorrer por suas veias. Ele e seu marido estavam prestes a dar um passo importante em sua jornada juntos. estavam na sala de espera de um orfanato, aguardando o momento em que seriam apresentados à criança que poderia se tornar parte de sua família.
- Relaxa, Sugu. Vai dar tudo certo. - Satoru diz, dando um beijo no topo da cabeça do marido.
Satoru estava tão nervoso quanto ele, mas tentava acalmá-lo a todo custo.
Suguru sempre sonhou em ser pai. Ele imaginava a alegria de compartilhar momentos especiais com uma criança, educá-la, protegê-la e vê-la crescer com amor e segurança. A ideia de formar uma família era mais do que um sonho para ele; era uma necessidade profunda em seu coração.
Satoru, mesmo sem muita experiência prévia com crianças, estava animado e disposto a enfrentar todos os desafios que a paternidade traria. Ele tinha certeza de que, juntos, eles seriam capazes de proporcionar um ambiente amoroso e estável para uma criança que precisava de um lar.
E agora seria o momento perfeito.
- Eu estou com medo... - Suguru confessa em um sussurro.
Satoru envolveu os braços ao redor de seu marido, trazendo-o para mais perto de seu peito. A ternura e a preocupação estampavam-se em seu rosto enquanto acariciava as costas de Suguru em círculos tranquilizadores.
- Eu sei... - Ele sussurrou, apertando seu abraço em torno dele. - Eu sei que tá nervoso. Mas vai ficar tudo bem, beleza? Nós vamos conseguir.
Suguru suspira, sentindo seus olhos arderem.
- Sim, eu sei, mas... - Ele diz, fazendo uma pausa enquanto sente algumas lágrimas rolarem por sua bochecha. - E se eu não conseguir ser o pai perfeito para ele?
Satoru se virou para olhar para seu companheiro, enxugando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto com ternura. Ele apoiou a mão no queixo de Suguru, levantando seu rosto para que seus olhos se encontrassem.
- Escuta aqui... Não existe pai perfeito. - Ele disse com uma expressão séria, mas amorosa. - Ninguém é perfeito. Mas o que realmente importa é que nós estamos aqui, tentando fazer o melhor para essa criança. Estamos juntos nessa, sim?
Suguru curva os lábios para cima em um sorriso, assentindo e tentando relaxar um pouco.
E o momento finalmente chegou quando uma assistente social apareceu na sala de espera, sorrindo gentilmente. Ela os convidou a entrar em uma sala onde conheceriam a criança que poderia se tornar parte de sua família. Suguru sentiu um nó na garganta e, ao mesmo tempo, uma sensação de esperança.
Eles se levantam, caminhando com as mãos entrelaçadas até o local.
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À medida que Suguru e Satoru entravam na sala, seus olhares se encontraram com o de Megumi, a criança de quatro anos que poderia se tornar parte de sua família. Megumi era um menino com um olhar profundo e reservado, transmitindo uma mistura de curiosidade e cautela.
A assistente havia conversado com eles e disse que inicialmente a interação com Megumi era um desafio. Ele mantinha uma barreira protetora ao redor de si, resultado de experiências difíceis em sua vida. Sua infância foi marcada pela ausência de seu pai e pela incapacidade de sua mãe de cuidar adequadamente dele. O orfanato se tornou seu lar, um refúgio onde ele encontrava segurança e apoio.
Com o tempo, ele foi se soltando mais, mas ele não interagia com muitas pessoas, preferia ficar na sua.
O casal se aproximou devagar, abaixando-se até ficarem na altura de Megumi. Eles sorriram carinhosamente enquanto observavam o menino brincar com seu carrinho de brinquedo, imitando o som do motor com a boca. Era um momento simples, mas cheio de ternura e significado.

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𝗽𝗮𝗿𝗲𝗻𝘁𝘀; 𝗌𝖺𝗍𝗈𝗌𝗎𝗀𝗎.
Fanfictionsatoru e suguru embarcam em uma visita ao adorável garotinho que planejam adotar. encantados por sua doçura e carisma, eles descobrem que ele preenche o vazio em seus corações, tornando-se rapidamente a peça que faltava em sua família.