𝗽𝗮𝗿𝗲𝗻𝘁𝘀; 𝗌𝖺𝗍𝗈𝗌𝗎𝗀𝗎.

novo lar e medo

Satoru encara os documentos em suas mãos, ainda um pouco em choque à medida que a realidade finalmente se instala. A emoção tomou conta dele, misturada com uma sensação de responsabilidade e expectativa.

— É real. — Ele sussurra, como se para si mesmo, e se volta para olhar para Suguru. — O Megumi é nosso filho agora.

As papeladas de adoção não demoraram muito tempo, pois a dona do orfanato reconheceu a importância de agilizar o processo para o bem-estar de Megumi e sua nova família. Consciente da conexão especial que havia sido estabelecida entre o casal e a criança, ela fez questão de dar prioridade à conclusão dos documentos.

Com diligência e eficiência, a equipe do orfanato trabalhou em estreita colaboração com Suguru e Satoru para preencher os formulários necessários, obter as devidas autorizações e realizar todas as verificações de antecedentes. Compreenderam que cada dia sem a oficialização da adoção era um dia a menos para Megumi desfrutar de um lar amoroso e estável.

A dona do orfanato, ciente da dedicação e do vínculo que se formara entre Megumi e o casal, fez questão de acompanhar pessoalmente todo o processo. Ela viu em Suguru e Satoru a determinação genuína de fornecer a Megumi um ambiente amoroso e seguro para que ele pudesse prosperar. Sua prioridade era garantir que tudo transcorresse sem contratempos, sabendo que cada momento era valioso na vida dessa criança.

Por meio de comunicação clara, cooperação mútua e esforços concentrados, as papeladas de adoção foram concluídas em um curto período de tempo. A dona do orfanato entregou a Suguru e Satoru os documentos finais, com um sorriso emocionado e palavras de encorajamento.

Ao segurarem esses documentos nas mãos, Suguru e Satoru sentiram uma onda de emoção e gratidão. A oficialização da adoção significava que Megumi agora era oficialmente parte de sua família, com todos os direitos e responsabilidades que isso acarretava. Era uma confirmação tangível de seu compromisso como pais adotivos e a promessa de um futuro brilhante para Megumi.

Suguru acena com a cabeça, sem conseguir articular as palavras que precisava dizer. Por um momento, ele permanece em silêncio, antes de finalmente encontrar a voz.

— Nosso filho… — Ele repete, com um sorriso terno.

Ele envolve Satoru em um abraço apertado, tentando expressar a mistura de emoções que percorria seu corpo.

— Estamos finalmente começando nossa família. — Ele completa.

Satoru retribuiu o abraço com a mesma intensidade, enterrando o rosto no pescoço de Suguru. Ele respirou fundo, com os olhos fechados, o cheiro familiar e reconfortante do esposo ajudando-o a acalmar os nervos.

— É surreal. — ele sussurra, a voz suave e vulnerável. — Nós somos pais agora. Vamos criar um filho juntos.

— Eu mal posso acreditar. — Suguru diz com os olhos marejados, apertando o homem de cabelos brancos ainda mais em seus braços. — Obrigado por isso, meu amor. Obrigado por aceitar passar pelos obstáculos da paternidade e realizar o meu sonho junto comigo.

Satoru fecha os olhos novamente, sentindo as palavras do esposo ecoando em seu coração. Ele se afasta um pouco do abraço, o suficiente para olhar diretamente nos olhos de Suguru.

— Eu faria qualquer coisa por você, querido. — ele responde, acariciando a bochecha do moreno com a ponta dos dedos. — E nossos sonhos são os mesmos. Podemos enfrentar qualquer desafio juntos.

Suguru sorri radiante ao ouvir aquelas palavras doces serem proferidas pelo marido, capturando seus lábios em um beijo apaixonado.

Satoru responde ao beijo com a mesma paixão, as mãos passando pelas costas de Suguru até a cintura. Ele o puxa mais próximo, aprofundando o beijo e expressando toda a ternura que sentia pelo esposo. Era um momento de completa intimidade e vulnerabilidade entre eles, enquanto se entregavam à emoção do momento.