escola

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Um ano se passou desde que Satoru e Suguru conseguiram adotar Nobara e denunciaram Sora, a mulher responsável pelo cuidado das meninas. A vida daquela pequena família havia mudado drasticamente desde então.

Megumi e Nobara foram matriculados na mesma escola que Yuuji frequentava, atendendo ao pedido deles para permanecerem juntos. Os primeiros dias na escola foram desafiadores para os irmãos. O novo ambiente, as pessoas desconhecidas, tudo isso tornou a adaptação um pouco complicada.

Nobara, apesar de sua natureza extrovertida, ainda carregava resquícios das dificuldades passadas no orfanato, o que a impedia de fazer amizades rapidamente. Enquanto isso, Megumi, sendo mais reservado e quieto, preferia manter-se na sua própria bolha.

Com o tempo, porém, eles conseguiram superar as barreiras iniciais e começaram a se enturmar, fazendo novas amizades que ajudaram na sua integração na escola.

Falando em escola, o clima tenso na sala do diretor da era palpável naquele momento. Suguru, com sua postura séria e inquieta, e a mulher ao seu lado, também visivelmente perturbada, aguardavam ansiosamente para entender o que estava acontecendo.

Suguru havia interrompido seu trabalho e se dirigido à escola às pressas assim que recebeu a ligação solicitando sua presença. Sua mente estava repleta de preocupações e irritação, refletidas em seus gestos e expressão.

Um suspiro de alívio escapa de seus lábios quando a porta se abre e um funcionário entra acompanhado por duas crianças: Nobara e um menino da classe dela. A situação se torna ainda mais angustiante quando ele percebe o inchaço na bochecha do garotinho, um tom avermelhado indicando uma lesão recente, enquanto ele segura um saco de gelo no local dolorido, emitindo gemidos baixos de dor.

Nobara, com uma expressão emburrada e evitando o olhar de seu pai, aumenta a preocupação de Suguru. O que teria acontecido para levar a essa situação?

Um pigarreio ecoa pela sala, e a atenção de todos se volta ao diretor.

— Precisamos discutir o comportamento de Nobara, senhor Gojo. A situação foi um tanto delicada. — ele diz, olhando diretamente para Suguru, que estava agora ainda mais tenso e preocupado com o que estava por vir.

Suguru não conseguia esconder a mistura de emoções que borbulhava dentro de si: preocupação com a filha, a frustração pela situação e a responsabilidade de lidar com as consequências.

O diretor continuou, explicando em detalhes o incidente:

— Nobara acabou agredindo o garotinho após perder a paciência quando ele estava zombando de seu irmão Megumi. Parece que ela se deixou levar pelo calor do momento e acabou reagindo de forma inadequada.

Suguru sentiu um aperto no peito ao ouvir aquelas palavras. Ele conhecia a personalidade forte e protetora de Nobara, mas isso não justificava a violência. Ele respirou fundo, tentando manter a calma diante da situação complicada que se apresentava. 

Olhando para sua filha, que agora abaixava a cabeça, arrependida, ele sabia que era hora de agir com firmeza, mas também com compreensão. Aquele momento seria crucial para ensinar a Nobara sobre as consequências de seus atos e sobre o valor do controle emocional.

— O quê? O meu filho jamais faria uma coisa dessas! — A mulher ao lado de Suguru, que agora ele descobriu ser a mãe do garotinho, exclama em um tom indignado.

Suguru se virou para ela com um olhar duro, mas se forçou a controlar sua impaciência. Ele sabia que precisava manter a calma nesta situação tensa.

𝗽𝗮𝗿𝗲𝗻𝘁𝘀; 𝗌𝖺𝗍𝗈𝗌𝗎𝗀𝗎.Onde histórias criam vida. Descubra agora