37. Tentativas

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Haviam se passado alguns dias desde que Sina retornará para casa. Para sua família. Seria mentira dizer que estava sendo fácil, pois não estava. Na maioria das vezes a platinada ficava dentro do quarto, mais precisamente de baixo das cobertas. Se isolando do mundo e de todos. Noah estava sendo extremamente paciente. Fazia questão de demonstrar que estava dando a ela o tempo de que precisava, ao ponto de aceitar dormir no sofá sem nem contestar. Ambos não conversavam muito. E quando conversavam, normalmente era para falar sobre as crianças.

Ella pareceu se acostumar com a perda de memória da mãe. Ela simplesmente fingia que estava tudo igual. Talvez fosse a única entre os adultos que não tratava Sina como uma incapaz de saber até mesmo o que comeu ontem.

Sina havia retornado ao médico alguns dias após voltar para casa. Às notícias eram boas e ruins. A boa, era que aparentemente mais nenhuma nova memória  sua havia sido perdida, e a parte ruim é que às chances dela voltar a se relembrar de seis anos de sua vida eram quase nulas. Aquele dia, foi Noah quem se isolou. Ele havia se trancado no escritório o dia todo, até mesmo recusou brincar com às crianças. E Sina em partes o entendia, mas não conseguia dizer nada para demonstrar isso. Afinal, ele estava sofrendo tanto quanto ela.

Naquela manhã, Sina havia acordado mais tarde do que o esperado, quer dizer, alguém a havia acordado. Com batidas repetidas sobre a porta, a alemã abriu os olhos em um sobressalto, sendo surpreendida logo em seguida pela porta do quarto que havia sido aberta bruscamente.

Noah.

O moreno passou apressado por ela, fazendo-a se amaldiçoar mentalmente por ter esquecido de trancar a porta na noite anterior.

— Mas que porra Noah! — ela resmungou, levando a mão ao peito.

— Me desculpe, mas estou procurando às chaves do carro. — falou, vasculhando a escrivaninha no canto do quarto.

O moreno vestia um terno bastante formal.

Sina piscou os olhos confusa.

— Aonde vai?

— Para a empresa. — disse, deixando alguns papéis sobre a bancada.

Sina pareceu ainda mais confusa.

— Achei que não estava indo trabalhar.

— Me afastei quando você voltou do hospital. Mas agora, estão precisando de mim. — informou.

— E às crianças? — ela perguntou em alerta.

Ainda de costas, Noah respondeu:

— Ficarão em casa.

— O quê? — os olhos de Sina se arregalaram. A mesma colocou-se de apressadamente. — Como assim ficarão em casa?

— Não consegui chamar a babá. E Julie está ocupada hoje. — Noah finalmente virou-se para encara-la.

Foi inevitável não deixar os olhos caírem sobre o corpo de sua esposa a frente, principalmente quando Sina se vestia com trajes que não cobria tanto como o esperado. Ela pareceu confusa com a forma como ele a encarou, ainda mais quando se deu conta que usava apenas uma camiseta grande e calcinha.

Suas bochechas ficaram coradas.

— Ah, droga. — Noah resmungou baixo, virando-se de costas rapidamente. — Acho melhor você se vestir.

— Já estou vestida.

— Então, se...se vista mais. — ele inspirou fundo diante de um gaguejo.

Urrea tentou ignora-la, quando voltou em sua missão de encontrar às chaves do carro.

Sina ainda parecia impactada com a informação de segundos antes, não dando tanta atenção para o constrangimento do marido.

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⏰ Última atualização: Sep 10 ⏰

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𝐒𝐄𝐗𝐘 𝐂𝐀𝐒𝐔𝐀𝐋 (𝐒𝐄𝐆𝐔𝐍𝐃𝐀 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀)Onde histórias criam vida. Descubra agora