Capítulo 2°

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Não pode ser. EU NÃO ACEITO. ME RECUSO. Não posso voltar pra essa fase da minha vida.

- QUE BAGUNÇA É ESSA? - a voz do meu pai invade o andar de baixo. - Você fez o que a manhã inteira?!

- São sete da manhã. Eu acordei. - minha mãe responde pingando deboche.

As brigas.

- Não, não, não... - ando de um lado pro outro.

Olho pra cama tendo uma última ideia como recurso. Me jogo nela e fecho os olhos com força.

- É um sonho. - puxo o cobertor.

- E AQUELA MENINA? JÁ FOI ESTUDAR? - sei por instinto, que ele está vindo pra cá.

Meu corpo inteiro se treme. Corro pro banheiro escovando os dentes. Pego o uniforme escolar que fica guardado metódicamente do lado direito do guarda roupa.

Meu corpo está praticamente agindo por impulso e memória muscular.

Sinto uma nostalgia ao me vestir com o uniforme escolar.

Visto a blusa e a saia de qualquer jeito pegando os sapatos nas mãos. Olho pra porta ouvindo os passos se aproximando.

Abro a janela de uma vez vendo os três metros que me separam do chão. Uma queda me colocou nesse pesadelo. Talvez outra me tire dele.

Me jogo pela janela agarrando o galho fino da árvore no mesmo momento que minha porta é escancarada.

Desço escorregando espetando as mãos com diversas farpas. Caio o último metro de cara no chão.

Começo a correr pra bem longe colocando os tênis desengonçadamente enquanto corro.

Porque tanta preocupação mesmo estando em um sonho maluco como esse? Parece tão real. O medo que eu senti com certeza foi real.

Arrumo os cabelos com os dedos, devem estar parecendo um ninho de passarinhos. Coloco a blusa pra dentro da saia percebendo que esqueci a gravata.

Meu celular e minha mochila também ficaram no quarto.

- Porque sou tão azarada até dentro dos meus sonhos?!

Lamento sozinha chegando na minha antiga escola. Ela era tão bonita. Tantas árvores e alunos sonhadores.

Não sei se me encaixava no padrão de "aluna sonhadora", mas com certeza eu tinha objetivos.

Nunca faltava uma aula, mas isso era mais usado como uma desculpa minha pra não ficar em casa.

Era mil vezes preferível passar o dia inteiro me acabando de estudar do que em casa ouvindo brigas desnecessária que só fazem mal à minha saúde.

Subo a mini ladeira até chegar aos portões não entendendo o porquê de tantos alunos estarem correndo. Arregalo os olhos vendo o inspetor começar a fechar os portões.

𝐒𝐈𝐍𝐆𝐔𝐋𝐀𝐑𝐈𝐓𝐘 - 특이Onde histórias criam vida. Descubra agora