O Destino. Um fio traçado antes mesmo do nascimento.
Mesmo que você não acredite ele continuará lá, marcado em você.
Assim como a lenda Japonesa do Akai ito afirmando que duas pessoas são ligadas por um fio vermelho, existe a lenda Grega.
Nessa lend...
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Meu pé bate incessantemente no chão. Pedi um prato de comida que já esfriou a muito tempo, me lembro que caí da escada indo buscar comida então prefiro não arriscar desmaiar por fome mais uma vez.
Chega de desmaios.
Na verdade quase não consegui comer, o soro deve ter contribuído pro sumisso repentino da fome. Resultando em um prato remexido e quase incomido.
Olho as horas no celular. Jungkook era pra ter chegado a vinte minutos.
O sininho da porta zuadando somado a atendente jogando um charme fora do comum ao cliente que entrou, me faz ter certeza que o dito cujo acaba de chegar.
Ele se senta na cadeira da minha frente com os dentes de coelho a mostra.
- Está atrasado. - olho irritada. - Odeio pessoas que se atrasam.
É estranho falar com ele tão intimamente, pra ele foram anos de amizade. Pra mim foram só dias.
- Eu sei muito bem disso. - murmura. - Ainda me lembro das tapas que levei quando me atrasei no dia do nosso trabalho.
Porque ele fala coisas que eu não lembro? Se eu realmente voltei no tempo deveria receber minhas novas memórias agora, certo?
Como um upload.
- Está falando da época da escola de novo? Esqueça isso. Preciso falar de uma coisa muito importante.
- Sinseramente Jihye, eu estou exausto. Passei a noite resolvendo os papéis de Taehyung-ssi, mal tive tempo pra absorver meu luto. Os outros membros estão piores que eu.
Apenas escuto vendo ele passar a mão pelo rosto. Seus braços sem camisa mostrando a pele branca e sem nenhuma mancha.
- Eu sei. Mas tenho uma coisa muito importante pra te falar. - indico que ele se aproxime.
Kookie se apoia na mesa e inclina completamente o corpo até mim.
- Eu acabei de voltar no tempo. - sussurro.
Ele me olha. E me olha. E me olha mais um pouco.
Depois explode em uma gargalhada. Agora não tem uma pessoa nesse restaurante que não esteja olhando estranho pra nós.
- Shiu! - faço gestos pra ver se ele se toca e para de chamar atenção.
Ele nem se importa mas aos poucos vai se acalmando, ainda vermelho me olha limpando as lágrimas.
- A pancada foi forte mesmo.
- Eu vou te bater. - ameaço.
Ele finge que fechou a boca com um ziper.
- Você não cresceu nada nesse tempo.
- Claro que cresci. - força o braço pra mostrar o músculo mesmo sabendo que não estou falando disso.
