O Destino. Um fio traçado antes mesmo do nascimento.
Mesmo que você não acredite ele continuará lá, marcado em você.
Assim como a lenda Japonesa do Akai ito afirmando que duas pessoas são ligadas por um fio vermelho, existe a lenda Grega.
Nessa lend...
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Aconteceram tantas coisas em um intervalo tão curto de tempo, que acho que meu cérebro não conseguiu absorver todas as informações.
Pela manhã acordei metodicamente no mesmo horário. Me arrumei pra escola no mesmo horário. Ouvi as mesmas brigas, como sempre.
Na escola, Jungkook se atrasou tanto que pensei que ficaria se nota e reprovação na matéria.
Quando ele chegou correndo todo descabelado tive o prazer de dar umas boas bofetadas nele. Entregamos o trabalho pra professora mas assim que nos sentamos Jungkook me perguntou se estava me sentindo melhor.
Tinha né esquecido que dei o maior vexame na casa dele desmaiando porque fui descuidada.
Mil vezes burra.
Apenas disse que estava melhor e fingi que lembrar da minha quase queda de outra escada por fome adicionada ao fato de ter preocupado vários desconhecidos não me envergonha.
Vida que passa né?
A escola até foi boa, foi normal, mas boa. Gosto de rotinas.
Mas quando cheguei em casa... sorrio anasalado. Ah, quando cheguei em casa. Meus pais estavam muito sorridentes.
Isso com certeza não estava na minha rotina.
Agora estou sentada em uma mesa de cafeteria. Os dois adultos a minha frente mais estranhos que o de costume.
O ambiente cheio de pessoas, muitos barulhos, muitos cheiros. Estou prestes a ter um colapso!
- Porquê estamos aqui? - bebo um gole da minha água sem realmente querer saber a resposta.
Meu pai suspira e me olha incisivo.
- Você já tem dezenove anos.
- Eu sei... - beberico mais uma vez.
- Estamos aqui pra planejar seu casamento.
Visualizo a água que sai voando da minha boca. A cena seria catastrófica, se não fosse eu virando a cabeça de última hora teria acertado em cheio a cara deles.
- Tenha modos! - minha mãe me olha ameaçadoramente.
- Vocês só podem estar de brincadeira... - gargalho.
Eles continuam me olhando sério.
- Por favor me digam que é brincadeira.
- Você não acha que já está na hora de achar seu Companheiro? - minha mãe pergunta.
- Sabem que não quero me casar. - estou me arrependendo de não ter deixado a água acertar eles.
- Você só tem até os vinte e dois anos pra achar seu Companheiro! - meu pai bate a mão na mesa.
Blá, blá, blá. Lá vem eles com esse papo de destino de novo.
Quem se importa com essa lenda boba de que se não encontrar seu Companheiro até completar os vinte e dois anos perde a chance de o achar nessa vida?
