iris

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"Oh, I can't stop you putting roots in my dreamland. My house of stone, your ivy grows and now I'm covered in you!"

Há semanas eu não sei o que é a obsessão doentia por controle. Já não sei mais o que é precisar enfrentar um milhão de coisas sozinha. Sequer sei passar as noites sem dividir a cama. Compartilhar verdadeiramente a vida com alguém tem sido a melhor coisa que eu já experienciei. A maternidade já não pesa tanto. As responsabilidades já não são só minhas. Nem o meu próprio café eu preciso preparar. Me sinto como uma rainha. Sinto que rejuvenesci dez anos em seis meses. Olhando a cena a minha frente, já não tenho tanta certeza disso.

Meu filho parece mais alto, com certeza o meu colo já não é mais uma opção. Os primeiros sinais de puberdade chegam e com eles o desespero de começar tudo do zero em breve. Passo metade dos meus dias apavorada e a outra metade evitando pensar na diferença de idade entre o meu bebezinho e o meu bebezão.

"Filhote, eu e Travis precisamos ir a um lugar hoje e queríamos que você fosse conosco, o que acha?" - Convido-o.

"Sim, mãe. Vou com vocês." - Ele responde.

"Ótimo! Te pegamos na escola e vamos direto." - Travis diz e deixa um carinho na cabeça do menino antes de se levantar, levando consigo as louças que usamos no café da manhã e depositando todas elas na lava louças.

Oliver desceu do banco que o sustentava e deu a volta na ilha da cozinha, colocando a própria mochila nas costas e deixando um beijo na minha bochecha.

"Vou para a casa agora mas passo aqui a tarde, tudo bem, linda? Qualquer coisa me liga." - Travis se despediu de mim com um selinho casto.

"Fica tranquilo. Te amo." - Disse acariciando a sua barba e o homem tomou a minha mão entre seus dedos, levando-a a boca e deixando um último beijinho e os dois saíram de casa, rumando a escola.

Tudo o que eu fiz foi subir as escadas e voltar para a minha cama que naquele momento parecia o lugar mais convidativo do mundo.

Nossa rotina está estabelecida e Travis faz de tudo para que eu descanse o máximo possível, então todas as manhãs acordamos juntos para tomar café mas ele assume as responsabilidades para que eu possa dormir por mais pelo menos uma hora antes de precisar trabalhar. E foi exatamente o que aconteceu hoje. O meu namorado foi para a própria casa e nos encontraríamos em pouco tempo. Depois de algumas horas de trabalho, dei uma pausa no meio da tarde para que pudéssemos seguir conforme o combinado e às três e quinze eu entrava em seu carro, pronta para pegar Oliver.

"Oi, meu amor." - Cumprimento, puxando-o para um beijo rápido.

"Você está linda. Sempre linda." - Ele diz, me encarando com um sorriso lindo e os olhos verdes enrugadinhos.

"São seus olhos, bebê." - Brinco em resposta.

"Senti tanta saudade. Odiei cada minuto em que o Mahomes me manteve trancado naquele maldito escritório. Queria ter voltado antes pra você." - Ele diz, afundando a cabeça na curva do meu pescoço e deixando um cheirinho no lugar, me fazendo soltar uma risada. Sua mão posicionada na minha barriga acariciava a pele por cima do vestido envelope que eu vestia. - "Senti saudades suas também, meu bebêzinho." - Ele diz, depositando um beijo rápido em minha barriga antes de voltar a prender o cinto de segurança e dar partida no carro.

"Deu tudo certo?" - Pergunto, posicionando minha mão atrás de seu pescoço.

"Deu. O fechamento dos restaurantes foi bem bom esse trimestre. O Patrick me mostrou algumas ideias de projetos novos e estamos considerando algumas coisas mas nada concreto ainda." - Ele responde.

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