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Fernanda Müller

Três dias após nosso passeio no shopping, o tão esperado sábado finalmente chegou. Acordei um pouco mais tarde do que de costume, aproveitando a folga da rotina. Levantei, fiz minhas necessidades matinais e comecei a procurar Chico pela casa. Ele provavelmente tinha acordado mais cedo para estudar, jogar ou conversar com os amigos, como costumava fazer. À noite, ele geralmente tinha alguma gravação, mas quando não, passávamos o dia juntos, apenas aproveitando a companhia um do outro.

Caminhei pelo corredor do apartamento e o encontrei na cozinha, preparando um sanduíche.

— Bom dia, Chico — digo, abraçando sua cintura.

— Bom dia, amor — ele responde, beijando minha testa. — Já acordou?

— Sim, senti sua falta — digo enquanto começo a preparar meu café.

— Sentir minha falta? Até parece! Você se enrola toda no edredom e quase me joga da cama — ele diz com um sorriso travesso.

— Que exagero! — respondo, rindo.

— E ronca demais também — ele provoca, dando uma mordida no sanduíche.

— Para de mentir, Chico! — dou um tapinha leve nele, rindo.

Chico riu e puxou uma cadeira para eu me sentar ao lado dele.

— Você sabe que eu estou brincando, né? Adoro te ver dormindo, mesmo quando você rouba todo o cobertor — ele disse, piscando para mim.

— É, bom saber — respondi, sorrindo enquanto mexia no meu café.

O cheiro do sanduíche que Chico estava fazendo enchia a cozinha, e eu não pude deixar de dar uma olhada curiosa.

— Tá fazendo o que aí? Parece gostoso.

— Sanduíche de bacon e ovo. Quer um? — ele perguntou, já se levantando para preparar outro.

— Óbvio? Você sabe que não resisto ao seu sanduíche de bacon — respondi, rindo.

Enquanto ele preparava meu sanduíche, olhei pela janela da cozinha. O sol estava brilhando, e a vista do mar estava deslumbrante como sempre. Aquele seria um dia perfeito para o churrasco na casa do Casimiro.

— Hoje vai ser divertido, né? — comentei, tentando conter minha animação.

— Com certeza. Os caras estão morrendo de saudade de você — disse Chico, colocando o sanduíche no prato e entregando para mim.

— E eu deles! A última vez que a gente se viu foi cheia de risadas.

Sentamo-nos juntos à mesa, aproveitando a refeição e a companhia um do outro. Depois do café da manhã, nos preparamos para sair. Coloquei meu vestido rosa justo e uma jaqueta jeans, enquanto Chico trocava de roupa, colocando sua bermuda preta básica e a camisa do Flamengo.

Pego uma bolsa e coloco dentro o meu celular, um gloss, um carregador e uma escova. Verifico rapidamente se estou esquecendo algo, enquanto Chico pega as chaves do carro e seu cigarro.

— Vamos? — ele pergunta, com um sorriso no rosto.

— Sim — respondo, animada.

𝐎𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨𝐬 | 𝐂𝐡𝐢𝐜𝐨 𝐌𝐨𝐞𝐝𝐚𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora