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Fernanda Müller

Acordo no dia seguinte como de costume. Levanto-me antes de Chico e sigo diretamente para o banheiro. Tomo um banho demorado, deixando a água quente relaxar meus músculos, e depois penteio meu cabelo. Saio do banheiro enrolada em uma toalha macia e já decido o look do dia. Opto por uma calça legging preta, um moletom branco para combater o friozinho da manhã, e meu tênis branco confiável.

Chico ainda dorme profundamente, então eu o acordo suavemente para me despedir, já que estou bem atrasada.

— Bom dia, amor. — Passo a mão suavemente em sua cabeça.

— Bom dia... — ele responde, ainda meio atordoado. — Já vai?

— Sim. Acordei tarde hoje. Nem tomei café da manhã.

— Poxa... que horas são? — Ele se senta na cama, bocejando.

— Seis e meia. — Verifico no relógio digital ao lado da cama.

— Porra... — Ele boceja novamente. — Se cuida, tá? — Ele me abraça.

— Claro! Beijo. — Me despeço dele.

Chico ainda sonolento me abraça por mais alguns instantes antes de eu me preparar para sair. Após um último beijo rápido, pego minha bolsa e saio apressada pela porta. O Uber já está esperando do lado de fora do prédio, e enquanto o carro me leva pela cidade, eu me preparo mentalmente para o dia agitado na faculdade.

No caminho, meu celular vibra com uma mensagem de Chico:

Chico: "Fê, quando você sair da faculdade, vem pro studio. A gravação vai terminar tarde, não quero te deixar só."

Respondo rapidamente:

Eu: "Claro! Estarei lá."

Chico: "Perfeito. amor. Vou estar com os meninos. Vai ser legal você nos acompanhar."

Eu: "Tá certo! Te vejo mais tarde. ❤️"

Com um sorriso no rosto, imagino a noite animada que teremos juntos. Chegando à faculdade, tento me concentrar nos estudos, ansiosa para me juntar a Chico e os meninos no estúdio mais tarde.

(...)

Depois de um dia insuportável na faculdade, finalmente as aulas acabam, e peço um Uber para ir ao estúdio. O caminho é tranquilo, o motorista é muito simpático e educado, e no rádio tocam músicas calmas, perfeito para relaxar após um dia estressante.

Chego ao estúdio e entro na recepção. Uma moça loira me olha com uma expressão séria.

— Boa tarde, o que deseja? — ela pergunta de forma seca, sem tirar os olhos do computador.

— Boa tarde. Estou procurando pelo Chico e pelos outros meninos. Eles estão gravando hoje, certo? — pergunto com um sorriso educado.

Ela me encara por alguns segundos antes de responder, com um tom cortante:

— E por que você acha que pode entrar? Ninguém pode entrar sem autorização.

Sinto um misto de surpresa e frustração, lutando para manter a compostura.

— Eu sou a namorada do Chico. Ele está esperando por mim.

Ela revira os olhos, claramente cética.

— Todo mundo diz isso. Não vou deixar você entrar sem autorização.

Fico indignada com sua atitude e, sem paciência, envio uma mensagem para Chico:

𝐎𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨𝐬 | 𝐂𝐡𝐢𝐜𝐨 𝐌𝐨𝐞𝐝𝐚𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora