DOIS

582 72 14
                                    


         SEGUNDO CAPÍTULO - PANDEMIA.

—Aqui sua comida Totó, quando sua dona acordar vou perguntar seu nome de verdade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

—Aqui sua comida Totó, quando sua dona acordar vou perguntar seu nome de verdade. -Wednesday resmunga se sentando no chão enquanto observa o cachorro comer com pressa. —Vai devagar aí, amigo. -Cruza os braços ouvindo-o rosnar. —Tá bom, se engasga aí.

—O que tá fazendo na minha casa?

—Bom dia Enid. -Sorri vendo a loira entrar na cozinha cruzando os braços. —Eu trouxe bolo de chocolate, é o meu preferido, fiz antes de ontem mas ainda tá gostoso.

— Hum... -Se aproxima da mesa mordendo o lábio. —Eu devia trancar a porta.

—Não é como se outra pessoa além de mim pudesse entrar aqui, ninguém mais mora nesse andar. -Se leva observando a loira que olhava para o bolo no prato com uma carreta. —Além disso, você precisa me conhecer para me amar.

—Você tá mesmo flertando com uma mulher casada? -Pega o prato com o bolo o guardando na geladeira.

—Não é porque você é casada que eu não vou reparar no tanto que você é bonita. -Responde vendo Enid balançar a cabeça. —Não vai comer o bolo?

—Se eu como durante a manhã eu passo mal. -Responde prendendo seus cabelos em um coque. —E durante a noite também, benéficos exclusivos de ter uma criança crescendo dentro de mim.

—Imagino que seja... -Morde o lábio pensando nas palavras certas enquanto a loira se senta passando a mão por sua barriga. —Desconfortável.

— É, cinco meses de tratamento para que ele não me deixe comer ou dormir. -Apoia os cotovelos na mesa suspirando. —Além disso, no meio da minha gravidez surge uma pandemia mundial e meu marido vai parar no hospital.

—Sinto muito. -Morde o lábio se sentando a sua frente. —Então, é um menino?

— É, Ajax, como o pai dele. -Volta a passar a mão em sua barriga pensativa. —Por que veio aqui ontem?

—Seu cachorro não me deixava dormir. -Aponta para o golden retriever que se põe ao lado de Enid. —Mas é engraçado, depois que eu vim aqui ele parou de latir, acho que tava procurando alguém para te ajudar.

—Eu não preciso de ajuda... -Passa a mão na cabeça do cachorro que encosta a cabeça em sua perna se sentando.

—Que pena, é difícil se livrar de alguém como eu... -Pega o celular de seu bolso suspirando. —Quando seu marido voltar você se livra de mim, a menos que me convide para ser madrinha do seu filho.

—Meu filho já tem madrinha, é a namorada do Tyler, melhor amigo do Alex, não era minha primeira escolha, mas enfim... -Balança a cabeça bocejando. —Eu preferia que fosse a minha irmã.

—Eu achei a receita de uma sopa que parece não dar muito enjôo. -Vira o celular para Enid que arquea a sombrancelha. —Acho que a namorada do amigo do seu marido não faz sopa para você, faz?

Pandemia - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora