ONZE

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        DÉCIMO PRIMEIRO CAPÍTULO - PANDEMIA.

— Esse é o melhor hambúrguer que eu já comi em toda a minha vida

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— Esse é o melhor hambúrguer que eu já comi em toda a minha vida. - murmura olhando para Wednesday que sorri. — Nos conhecemos a quase um mês e você não me disse que conhecia um lugar que vende o melhor hambúrguer do mundo.

— Meu amor, tenho certeza que você só tá falando isso porque é um desejo. - responde fazendo-a rir balançando a cabeça. — Qual a graça?

— Você me chamou de meu amor. - umedece os lábios olhando para seu hambúrguer. — Um mês atrás eu achava que ia viver a minha vida triste pra sempre e olha para mim agora.

— Se tem uma pessoa que merece ser feliz é você Enid Sinclair... - passa a mão por seu rosto afastando alguns fios de cabelo. — Sabe que esse mês... Talvez porque não podemos sair lá fora e viver, mas parece que eu te conheço a bem mais que um mês.

— Eu sinto o mesmo. - leva uma batata frita até a boca de Wednesday que agradece sorrindo. — Quando eu penso, na Enid que era casada... Parece que foi anos. Tipo... - encosta a cabeça no sofá suspirando. — Quarenta e cinco dias atrás eu tive uma discussão com o Ajax, porque ele tava pensando em mandar o bebê pro internato com três anos, quem faz isso?

— Você com certeza não. - responde observando-a morder o hambúrguer assentindo. — Você vive me dizendo que tem medo de ser uma mãe ruim, mas você já lutava pelo bebê desde sempre.

— Eu... - olha para o rosto de Wednesday que pega o suco na mesinha lhe entregando. — Eu sinto ela dentro de mim, sinto ela se mover e sei que ela depende de mim, até ela nascer... Eu não conheci a minha mãe, você sabe.

— Sei, a se te serve de consolo eu não tive uma boa mãe. - comenta enquanto a ruiva toma seu suco. — E olhando pra você, você não tem cara de mãe ruim.

— Eu nunca conheci a minha mãe, eu não sei oque ela sentiu quando tava grávida, ou quando ela me viu. - deixa o resto do hambúrguer sobre a mesinha voltando a se enrolar no lençol. — Ou se ela sentia alguma coisa quando eu tava na barriga dela e quando eu nasci ela simplesmente decidiu que eu não valia a pena.

— Você vale a pena. - volta a se aproximar passando o braço por seu ombro. — Olha pra mim, entrei na sua vida a força, acha que eu faria isso se você não valesse a pena?

— Não... - a abraça suspirando. — Obrigada...

— Por nada. - dá um beijo em sua bochecha se mantendo em silêncio. Se alguém perguntasse a elas quanto tempo ficaram ali, nenhuma das duas saberiam responder.

— Você parece um travesseiro fofinho.

— Ah, isso é um ótimo elogio... - resmunga fazendo Enid rir contra seu pescoço. — Você já pensou em um nome?

— Nome de que? - apoia a cabeça em seu ombro fechando os olhos.

— Sua filha... - passa a mão pela barriga da loira sorrindo ao sentir um chute. — Ela gosta de mim.

Pandemia - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora