TREZE

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DÉCIMO TERCEIRO CAPÍTULO - PANDEMIA.

— Eu só acho que a Piper fica melhor com a Alex do que com o Larry

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— Eu só acho que a Piper fica melhor com a Alex do que com o Larry... - Enid murmura atraindo o olhar de Wednesday que estava na TV, onde passava o primeiro episódio da segunda temporada de orange is de new black.

— Mas não faria sentido. - a maior argumentou sentindo um medo repentino de apanhar da loira.

— Como não faz sentido? - vira o rosto para Wednesday que morde o lábio.

— É que, eu já te disse que essa série é baseada em uma história real, e independente do final da série, na vida real ela fica com o Larry. - responde olhando para o rosto de Enid que faz beicinho. — Não faz isso.

— Tá dizendo que elas não vão ficar juntas? - volta a olhar para a tv suspirando. — Quem em sã consciência ficaria com o Larry tendo Alex Vause?

— Eu com certeza não... - sussurra passando a mão por seu cabelo, estavam na sala de seu apartamento assistindo a série que haviam começado em seu primeiro encontro a algumas semanas, ou melhor, Enud estava assistindo, porque Wednesday só conseguia se concentrar no cheiro do cabelo da loira que estava com a cabeça encostada em seu ombro.

— Ela vai voltar para a outra prisão? - pergunta sentindo uma das mãos de Wednesday passeando por sua barriga, agora de vinte e sete semanas.

— Você quer spoiler? - olha para o rosto da loira que morde o lábio pensativa.

— Só se ela for voltar para Litchfield. - murmura se aconchegando mais contra Wednesday que sorri.

— Ela vai voltar para Litchfield. - responde olhando para a TV. — E a Alex também.

— Que bom...

— Eu tava pensando... - sussurra atraindo o olhar de Enid que assente. — Quando eu invadi a sua casa você tinha vinte semanas de gestação, e agora você tem vinte e sete.

— Sim. - observa o seu rosto mordendo o lábio. — Significa que em treze semanas vai sair uma pessoa de dentro de mim.

— E que tem sete semanas que a gente se conhece. - dá um selinho na loira que sorri. — E duas semanas que você aceitou ser minha namorada.

— É verdade. - umedece os lábios se afastando. — Muita coisa muda em sete semanas...

— É... - volta a observar seu rosto pensativo. — Você tá com uma cara de quem tá pensando "nossa, eu não devia ter deixado essa louca entrar na minha casa".

— Sabe que eu não tô pensando nisso boba. Você é a melhor coisa que aconteceu comigo nos últimos tempos. - franze a testa voltando a olhar para Wednesday. — É só muita coisa, muito rápido, parece que foram sete anos em sete semanas.

— Se são sete anos eu posso te pedir em casamento?

— Para de brincadeira e me deixa assistir moça. - volta a olhar para a tv ouvindo a risada de Wednesday. — Boba.

— É, eu sou muito boba.

(...)

— Pinóquio começou a caminhar, até que encontrou uma senhora vestida de azul, a quem pediu ajuda. O que ele não sabia era que a senhora era a fada azul. A fada disse que o ajudaria e perguntou-lhe quem eram os seus pais e onde vivia. Ao que Pinóquio respondeu: "Não tenho casa nem ninguém com quem morar". - Wednesday murmura lendo as palavras de seu celular enquanto passa a mão pela barriga de Enid que tentava usava fones de ouvido tentando lhe ignorar desde a hora em que haviam vindo para o quarto a meia hora.

— Você tá levando mesmo a sério essa coisa de ler pro bebê. - tira o fone de ouvido olhando para Wednesday que dá de ombros.

— Sua médica disse que é importante. - responde deixando o celular de lado. — Eu poderia cantar pra ela, mas aí ela sairia daí pra me dar um chute na cabeça.

— Eu canto pra ela. - balança a cabeça vendo-a erguer o olhar para seu rosto. — Mas eu não vou cantar na sua frente, nem vem.

— Qual é Nid... - agarra a mão da loira que nega. — Por favor, só uma musiquinha.

— Não. - fecha os olhos ouvindo seu celular tocar. — Atende pra mim.

— Só se você cantar pra mim. - responde pegando o celular de Enid que balança a cabeça se sentando.

— Enid. - puxa o celular mão da Wednesday se levantando com dificuldade. — Sim, é ela, mas no caso eu não uso mais o sobrenome de casada. - franze a testa olhando para a maior que levanta as colocando ao seu lado.

— Que foi? - se aproxima da loira que se vira olhando pela janela. — Enid...

— Não, eu entendo totalmente a posição dele, assim como eu também pretendo não mudar de ideia. - abre a janela deixando o ar frio de Nova York bater contra seu rosto. — É claro... Certo, eu vou contatar o minha advogada então, quanto a isso...

— Advogado? - cruza os braços observando-a voltar a se afastar passando a andar pelo quarto.

—Tá bom, eu retorno com uma resposta sim, obrigada.

— Vai me dizer o que tá acontecendo? - volta a se aproximar de Enid que se senta na cama olhando para o celular. — Nid?

— Minha filha é um objeto de manipulação. - responde dando de ombros. — Meu sogro... Ex sogro vai usar ela contra mim.

— Como assim? - passa a mão em sua coxa se ajoelhando.

— Ele pediu a guarda da minha filha, judicialmente. - larga o celular apertando pegando a mão de Wednesday em sua perna. — Quando você aposta que ele vai usar isso pra me convencer a fazer o procedimento pra ter outro bebê?

— Eu... - balança a cabeça mordendo o lábio. — É difícil acreditar que existe uma pessoa assim.

— É... - olha para suas mãos unidas mordendo o lábio. — O que eu faço?

— Bom... Você é a mãe. - se ergue para sentar na cama a puxando para seus braços. — Ele não pode tirar a sua filha, ela é sua.

— E se ele puder? - esconde o rosto no pescoço de Wednesday. — Pessoas com dinheiro tem muito poder.

— Ele não vai, eu prometo. - passa a mão pelas costas de Enid sem saber oque fazer. — Se precisar a gente enfia o Totó em um carro e vamos embora pra outro país.

— Que país? - pergunta contra o pescoço de Wednesday que dá de ombros.

— O país que você quiser. - responde se afastando para olhar em seus olhos. — Eu vou ser faxineira e você atendente de supermercado, e a sua irmã pode visitar a gente.

— É uma boa ideia. - passa a mão no rosto de Wednesday que assente. — Mas eu vou falar com a advogada antes de arrumar as malas.

— Fechado.

— Fechado

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Pandemia - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora