DÉCIMO QUARTO CAPÍTULO - PANDEMIA.
— O que ela disse? - pergunta vendo Enid jogar o celular sobre a cama passando as mãos por seus cabelos.
— Ela disse que de acordo com os artigos 1.637 e 1.638 do Código Civil indicam as hipóteses em que o pai ou a mãe só podem perder a guarda dos filhos se comprovada a falta, a omissão ou o abuso em relação aos filhos. - se senta ao lado de Wednesday que coloca a mão em sua barriga enquanto lhe abraça, a maior havia adquirido a mania de ficar fazendo carinho em sua barriga nas últimas semanas, o que deixava a bebê em sua barriga bastante agitada. — Em casos de violência ou ameaças físicas e verbais contra a criança.
— Bom... Você nunca machucaria ou faria qualquer coisa contra no... Sua filha. - murmura sentindo Enid encostar a cabeça em seu ombro. — Ninguém vai tirar ela de você Enid.
— Você promete? - se afasta olhando para os olhos de Wednesday que assente.
— Se eu tiver que ir em um tribunal em plena a pandemia falar o quão boa mãe você é... Eu vou... - responde passando a mão livre pelo rosto de Enid que tenta sorrir.
— Eu ainda não sou mãe... - murmura colocando a mão sobre a de Wednesday em sua barriga.
— Sua filha ainda nem nasceu e você já está lutando por ela, desde o começo , você é mãe sim. dá um selinho na loira que assente — Eu vou estar aqui por você, sempre.
— Você tem noção que tá se envolvendo com uma mulher com o psicólogo ferrado que em breve vai ter uma criança nós braços?
— Tenho. Eu sei que você machucada e queria muito tirar essa dor de dentro de você com cada fibra do meu ser. - umedece os lábios lhe observando. — Em tão pouco tempo você me fez sentir coisas que ninguém nunca fez antes, em semanas você conquistou o meu coração de uma forma que... Eu namorei uma garota por quatro anos e nunca senti oque eu sinto por você Enid, e eu tô pouco me importando pra tudo isso, eu quero você, o seu psicológico ferrado e a sua bebê que vai chorar a noite toda. Eu quero você, e muito.
— Bom... Se serve de consolo. - balança a cabeça fazendo a maior rir. — Eu fui casada por anos e também nunca senti isso que eu tô sentindo.
— Eu fico muito honrada. - morde o lábio inferior se contendo para não lhe beijar. — Sobre a sua filha...
— Eu vou fazer o possível pra ela não te acordar de noite. -interrompe a mais velha que arquea a sombrancelha. — Além disso quando a pandemia acabar a gente vai morar com a Elena e...
— Ah mas você não vai se livrar de mim assim tão fácil. - resmunga cruzando os braços. — Veio morar comigo e agora pra onde você for eu vou junto.
— Boba.
— Eu não tô brincando. - murmura pegando sua mão. — Eu não vou te deixar sair da minha vida.
— Eu não vou sair da sua vida só... - morde o lábio olhando para seu celular que começou a tocar. — Não vamos falar disso agora.
— Vai atender?
— Não. - suspira voltando a lhe abraçar. — Ele só quer me irritar.
— É o seu sogro? - pergunta passando a mão pelas costas de Enid que assente contra seu pescoço.
— Ex sogro.
— Tá bom. - se afasta levantando. — Vamos, eu vou fazer o jantar.
— Se você vai fazer o jantar por que eu preciso ir junto? - cruza os braços olhando para Wednesday que sorri.
— Porque você não vai ficar sozinha nesse quarto pensando em besteira.
(...)
— Se você pudesse escolher uma comida só pra levar para uma ilha... - Wednesday murmura espalhando um pouco de molho em cima massa da lasanha. — Qual você escolheria?
— Por que eu levaria uma comida pra ilha? - pergunta apoiando o cotovelo na mesa.
— Corrigindo, se você tivesse presa em uma ilha, e só pudesse escolher um tipo de comida pra ter lá. - olha para Enid que franze a testa. — Qual você escolheria?
— Mesmo achando muito estranho existir uma ilha que só tenha um tipo de comida, eu escolho lasanha. - responde olhando para a travessa onde Wednesday estava montando o prato. — Porém, se você me perguntar amanha talvez a resposta seja pizza.
— Não, não pode mudar, numa ilha você só vai comer lasanha pro resto da vida e ponto. - ri vendo a loira revirar os olhos. — Eu levaria macarrão com queijo.
— Macarrão com queijo é uma boa também. - comenta apoiando as costas na cadeira enquanto cruza os braços.
— E que pessoa você levaria? - pergunta mordendo o lábio.
— Você. - dá de ombros observando-a sorrir franzindo o nariz. — Quem mais cozinharia lasanha que vai ser a única coisa que eu vou poder comer?
— Engraçadinha você... - resmunga ao terminar de montar a lasanha a levando até o forno que já estava quente. — Então você só tá comigo por que eu cozinho?
— É claro, por que mais séria? - brinca vendo-a se aproximar balançando a cabeça. — Além disso, sua preciso de uma babá que não seja muito cara, então.
— Eu quase consigo acreditar em você. - se senta ao lado de Enid que arquea a sombrancelha. — Se seus olhos não dissessem outra coisa.
— E o que eles dissem? - pergunta sentindo uma das mãos de Wednesday em sua bochecha.
— Que você gosta de mim. - responde olhando para os olhos de Enid.
— Meus olhos de falaram isso?
— Sim, é difícil de ver porque os seus olhos são tão lindos e intimidades, e tão maravilhosamente lindos. - beija a ponta de seu nariz rapidamente. — Mas eu consegui ver, você gosta de mim demais.
— Convencida. - resmunga desviando o olhar. — Mas é verdade.
— Claro que é, e eu sinto o mesmo. - faz carinho por seu rosto sorrindo. — Eu posso te beijar?
— Acho que sim... - responde com um sorriso travesso brincando em seu rosto.
— Acha que sim? - Wednesday morde seu lábio inferior ansiosamente inclinando seu rosto até o da loira e a beijou tentando transmitir tudo que sentia por ela. Alguns segundos ou minutos se passam até o momento em que Enid se afasta respirando pesadamente e sua estava está posicionada na nuca da maior, como ela havia ido parar lá ela não sabia.
— Depois do jantar... - murmura ofegante. — Eu quero tentar fazer uma coisa.
— Que coisa?
— Depois do jantar. - balança a cabeça antes de voltar a beijar Wednesday que fecha os olhos confusa retribuindo o beijo.
Desapareci e voltei, né!
Se quiserem mais capítulo, curtam e comentem para eu saber 😉
Bjokas da mah, até o próximo capítulo!
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Pandemia - Wenclair
RomanceWednesday e Enid moram no mesmo prédio. Wednesday nunca havia reparado o quão linda a loira era até que o cachorro de Enid passou latindo toda a madrugada, durante a pandemia.