TRÊS

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TERCEIRO CAPÍTULO - PANDEMIA.

—ENID? -Bate na porta ao ver que a mesma estava trancada

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—ENID? -Bate na porta ao ver que a mesma estava trancada. —Eu sei que eu sou um pouco abusada mas não precisava me trancar do lado de fora, eu fiz o jantar que eu te falei, abre a porta. -Toca a campainha suspirando antes de se afastar franzindo a testa. —E se ela tiver passando mal? -Passa a mão por seus cabelos antes de se virar sentando contra a porta. —EU VOU FICAR AQUI ATÉ VOCÊ ABRIR. -Encosta a cabeça na parede fechando os olhos, nesse momento Wednesday achava que estava ficando louca, onde já se viu acampar na frente da casa de uma mulher que acabou de ficar viúva... Por qual motivo aquela mulher tinha mexido tanto com a sua cabeça?

—O que tá fazendo aí? -Escuta a voz de Enid após alguns minutos em silêncio.

—Tá explicado porque você não atendeu a porta. -Murmura vendo-a se aproximar após sair do elevador. —Achei que você não saísse de casa por causa do vírus lá fora.

—Eu precisava fazer uma coisa. -Se põe ao lado de Wednesday tirando sua marcará enquanto procura a chave em sua bolsa. —Eu estenderia a mão para te ajudar a se levantar, mas como eu estava lá fora preciso tomar um banho de álcool.

—Podia ter falado comigo, eu resolvia isso para você. -Se levanta seguindo a loira que mantém distância.

—Acredite, oque eu fui fazer você não poderia fazer por mim. -Deixa seu sapato perto da porta junto com o seu sobretudo. —Eu tinha que fazer um ultrassom do bebê, tem uns três dias que não tava se mexendo e aí eu fiquei preocupada.

—Ah. -Wednesday passa a mão em sua nuca. —Se tivesse me chamado eu teria ido com você.

—Eu imaginei que diria isso, mas eu não quis incomodar.

—Não incomoda, então... -Morde o lábio vendo a barriga da loira, que estava bem destacada pelo vestido preto. —Ele tá bem?

—Meio que ele é ela. -Responde cruzando os braços.

—Como assim?

—Aparentemente, erraram no ultimo ultrassom, disseram que não é muito comum, mas é claro que isso aconteceria comigo. -Dá de ombros indo em direção ao seu quarto. —Pelo menos o Ajax morreu antes de saber que o herdeiro da família dele na verdade é uma menina.

—Como assim? -Pergunta atraindo o olhar de Enid enquanto a segue.

—Eu vou tomar um banho e aí conversamos.

—A empresa da família do Ajax trabalha com fabricação de processadores de gráficos, fornecendo as CPUs mais rápidas disponíveis para PCs, dispositivos móveis, consoles de jogos, estações de trabalho, etc

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—A empresa da família do Ajax trabalha com fabricação de processadores de gráficos, fornecendo as CPUs mais rápidas disponíveis para PCs, dispositivos móveis, consoles de jogos, estações de trabalho, etc.

—Aham... -Apoia o cotovelo na mesa tentando se concentrar no que Enid falava, já que não entendia nada do assunto. —Tecnologia, entendi.

—Fui fundada pelo bisavô do Ajax, é um negócio de família, ele assumiu a três anos quando meu sogro ficou doente. -Murmura olhando para a comida em seu prato. —Era pro filho ser o chefe da empresa daqui a uns vinte anos, mas como é uma menina...

—E qual é a diferença de ser menina? -Inclina a cabeça para o lado em confusão. —A falta de um pênis impede ela se ser empresária?

—De acordo com a família do Ajax sim. -Responde após terminar sua comida. —Brigamos muito em relação a isso, antes dos últimos acontecimentos e tal.

—Brigavam é? -Olha para sua mão mordendo o lábio. —Sinto muito.

—Eu meio que não queria ter filhos, mas acabou que o Ajax me pegou pelo cansaço e deu nisso. -Olha para sua barriga pensativa. —Uma semana antes da pandemia estourar e bom, agora deu nisso.

—Bom... Eu brigo muito com o meu pai também, brigas são uma coisa de família. -Murmura após alguns instantes em silêncio.

—É, acho que você sabe mais sobre mim do que eu sobre você agora. -Cruza os braços apoiando as costas na cadeira.

—Bom... -Olha para Enid tentando conter um sorriso bobo. —O que quer saber sobre mim?

—O que você quer que eu saiba? -Se arruma na cadeira fazendo careta.

—Eu tenho trinta anos. -Apoia o cotovelo na mesa pensando. —Sou fotógrafa, pro desprezo do meu pai, ele queria que eu fosse médica, como ele e meu irmão, que por acaso estão minha mãe está em um SPA, se mantendo longe do vírus enquanto o marido e o filho dela estão no meio de tudo.

—Nossa, é... -Se inclina afastando mais o prato. —Sinto muito.

—Tá tudo bem, eu sou acostumada e... -Olha para o lado franzindo a testa. —Cadê o totó?

—No meu quarto. -Responde vendo-a assentir.

—Enfim, eu não gosto de cachorros, eles são barulhentos e soltam pelos. -Murmura fazendo-a arquear a sombrancelha. —Mas eu gosto do seu cachorro, ele é muito útil e tem o nome do meu irmão então...

—Ele tem o nome do seu irmão mas você o chama de totó.

—E eu vou ter muito prazer de chamar o meu irmão pelo mesmo nome de um cachorro quando ele souber. -Se levanta pegando os pratos. —Eu tive alguns peixes, mas ou eu esquecia de dar comida ou dava demais e eles explodiam.

—Ajax me deu o Waller no dia do nosso casamento, mas o cachorro era mais dele do que meu. Ele que escolheu o nome e cuidava. -Passa a mão em seus cabelos se levantando.

—Foi seu primeiro namorado? -Pergunta enquanto lava os pratos. —O James?

—Primeiro namorado, primeiro beijo, primeiro tudo. -Cruza os braços a observando. —Acho que seria meu primeiro divórcio se não tivesse morrido, na verdade eu preferia o divórcio a morte dele.

—É, acho que eu preferia competir com uma pessoa viva também. -Sussurra para si mesma.

—Eu só conheci ele quase dois anos depois que eu tava trabalhando lá. -Enid murmura andando pela cozinha. —Aí namoramos por um tempo, escondidos, e depois namoramos por um tempo com todo mundo sabendo, e depois teve o casamento e depois do casamento teve um monte de coisas, altos e baixos eu acho, muitas coisas. Mas nos últimos dois anos toda a coisa de engravidar e o bebê e tal, estragou tudo, além disso...

—Enid? -Se vira deixando a louça de lado. —Quer conversar na minha casa?

—Na sua casa? -Balança a cabeça confusa.

—É, eu tenho sorvete, e se não quiser dormir aqui sozinha, eu tenho um quarto de hóspedes.

—Sorvete parece bom.

Estou bem gripada, muita sorte eu estar postando hoje

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Estou bem gripada, muita sorte eu estar postando hoje.

A loja da minha mãe irá inaugurar e eu vou passar um tempinho fora 😔

Beijokas da mah!
Até o próximo capítulo!

Pandemia - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora