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Gustavo MiotoPov27/10/2023 - sexta-feira

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Gustavo Mioto
Pov
27/10/2023 - sexta-feira

O fim do expediente estava próximo e hoje íamos no PUP que fica em frente ao edifício. Como esperado, a Karol estava emburrada comigo desde cedo por conta disso. Até veio aqui à tarde para conversarmos, mas não posso ceder sempre para agradá-la. As coisas não funcionam assim. Não exijo dela nem 20% do que ela exige de mim, e ainda preciso suportar ela reclamando quase o dia inteiro ou sendo 100% ignorado, o que às vezes é até melhor.

Passei o restante da tarde ajudando a Ana com o projeto da faculdade. Foi divertido e me lembrou dos tempos em que eu ficava noites em claro antes da entrega.

Acho que poupei ela de alguns dias de trabalho.

Sem contar que ela é extremamente simpática. Sabe aquela pessoa que você olha e vê que ela é exatamento o que mostra ser? Além de engraçada e bonita, muito bonita... não posso negar ou esconder esse fato.

Ela se afastou para atender o telefone, então aproveitei para ir para meu escritório, desligar o computador e arrumar o restante das coisas. Esse final de semana eu teria trabalho para levar para casa.

Acionei o elevador, e assim que ele chegou, Giana correu até mim.

- Eeeee seu Gustavo Pieroni Mioto... - Giana brincou assim que entramos no elevador - O que foi agora? - ergui as sobrancelhas e dando uma risada incontrolável.
- O que foi agora? Você tem a cara lisa de me perguntar isso! - fez uma cara de indignada, colocando as mãos na cintura.

O elevador parou, e saímos. Eu não conseguia parar de rir silenciosamente, o que deu abertura para Giana me provocar.

- Eu juro que não tenho ideia do que você está falando.
- Eu vi vocês dois - apontou para mim e depois para o chão, se referindo a Ana que estava no andar de baixo. - de risadinhas, se olhando... Você nem disfarça!
- Eu realmente juro que não sei do que você está falando - respondi ainda rindo, entrando no meu escritório.
- Ah, Gustavo! Para com isso! Somos amigos, Cara! - entrou atrás de mim e fechou a porta, se sentando no sofá, cruzando os braços.
- O que você quer eu diga? - perguntei serio, tentando não rir.
- Meu Deus, cara! Admite logo que tu tem uma quedinha pela Ana Flávia -  Gesticulou com as mãos, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Da onde você tirou isso? - perguntei agora rindo, sem graça. - eu tenho namorada que a propósito é sua prima - levantei as sobrancelhas e a encarei.
- Que até hoje não sei porque você namora alguém como ela! Desculpa, Deus, ela é da família mas porra, Gu... ela é insuportável! - colocou as mãos na testa, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás - e ainda fala que vocês vão casar!
- Isso ela fica espalhando isso para todo mundo e dão corda para o que ela fala... - resmunguei rindo indignado com o rumo que essa conversa estava tomando.
- E você pensa em pedir ela em casamento de fato? Por favor fala que não... - juntou as mãos, em sinal de súplica. Pensei por algum tempo antes de responder e ela ficou o tempo todo me olhando, com cara de arteira - nem precisa responder! Sua cara diz tudo.
- Eu gosto da sua prima, mas sabe... não sei se quero viver uma vida inteira com alguém me controlando a cada segundo de tudo, desde se eu como um pão ou uma maça no café da manhã - desabafei, terminando de arrumar minhas coisas. - Ela ta puta da vida porque vou no PUP, por exemplo. - dei de ombros, fechando a minha mochila.
- A Ana também está com problemas com o namorado... - fez uma cara maliciosa. Ri mais uma vez mas a ignorei.

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