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Ana FláviaPov

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Ana Flávia
Pov

27/11/23 - segunda feira.  

Acordei por volta das 07h. Como meu carro já estava em casa, eu poderia ir trabalhar com ele, sem pressa para acordar cedo e pegar o metrô. Ontem foi meu dia oficial de chorona. Chorei de manhã, à tarde e à noite; não sei como não desidratei. Um problema meu é que sou chorona, choro literalmente por tudo.

Depois da conversa que tive com o Gustavo antes de dormir, demorei horrores para conseguir pegar no sono. Fiquei martelando na minha cabeça e me deixou ainda mais confusa. Quero estar com ele, mas estou com medo de ir além e acabar me machucando mais ainda depois. Sei que essas coisas não têm como prever, mas se nem começamos e já aconteceu tudo isso, imagina quando a gente começar algo de fato.

Tomei um banho, lavei o cabelo e ainda deu tempo de secá-lo. Coloquei uma calça jeans clara, a famosa calça de shopping, e um cropped verde escuro. Enquanto passava meu protetor labial, vi que minha pele estava horrível, algumas novas espinhas aparecendo nas bochechas, suspirei e passei um hidratante e um pouco de base para esconder, reparei pelo espelho na pulseira que ele me deu no aniversário. Sorri e a arrumei no braço. Respirei fundo, peguei minhas coisas, me despedi dos meus pais e saí de casa.

No caminho, fiquei o tempo todo pensando em como seria me encontrar com o Gustavo. Pelo menos na parte da manhã haverá um treinamento de renderização com a Bruna, o que me dá algumas horas de "folga". Quero vê-lo, quero muito, mas ao mesmo tempo meu estômago se embrulha; só de imaginar, minhas mãos começam a suar no volante. Que sensação horrível.

Estacionei em frente ao prédio e entrei no edifício. Tive sorte de o elevador estar vazio e subi direto para o nosso setor. Assim que o elevador parou no nosso andar, respirei fundo e entrei no escritório, torcendo para ele estar e ao mesmo tempo para não estar. E ele não estava. Relaxei os ombros, mas, no fundo, fiquei um pouco chateada.

Sorri e desejei bom dia para todos que já tinham chegado e me sentei ao lado da Boo, aguardando a Bruna começar. Alguns minutos depois, o elevador parou no nosso andar e pude jurar que ouvi a voz do Gustavo e da Giana, mas apenas ela apareceu. Giana sorriu carinhosamente para mim e se sentou ao meu lado, me deixando entre ela e a Boo.

⁃ Como você está? - Giana perguntou parecendo simpática, mas preocupada. Será que ele falou algo para ela?

⁃ Estou bem - encolhi os ombros e relaxei de novo.

⁃ Mesmo? - a olhei curiosa e semicerrei os olhos tentando fazer ela falar se sabia de algo e ela me imitou.

⁃ O que a senhorita sabe, hein?

⁃ Eu sei que vocês dois estão com os quatro pneus arriados e não estão sabendo dizer. - disse como se fosse simples, dando de ombros e a Boo riu baixo e concordou com a cabeça.

⁃ Isso é verdade, só vocês não percebem! - Boo completou.

⁃ Ele mal terminou um namoro barra noivado... e eu sou muito nova para ele também. - Suspirei e falei a primeira desculpa que passou pela minha cabeça e as duas riram alto, chamando atenção das outras pessoas.

Arquitetando o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora