Ana Flávia, estudante de arquitetura e urbanismo, inicia um estágio no renomado escritório M&D em São Paulo, cujo proprietário é Marcos Mioto. Porém, ela logo descobre que sua experiência vai além do aprendizado profissional, envolvendo-se em situaç...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Gustavo Mioto Pov
11/12/23 - terça-feira
Coloquei meu celular para despertar às 7h, assim conseguiria tomar banho e tomar café com mais tranquilidade, já que Londrina tem bem menos trânsito que São Paulo.
Antes de descer para o café, mandei uma mensagem de bom dia para a Ana, tomei um banho e me vesti. O cabelo iria secar naturalmente. Desci para o café e me sentei no canto, perto da janela com vista para o lago Igapó. Sempre que venho, fico neste hotel.
Enquanto olhava minha agenda do dia, reparei por alguns segundos em uma mulher loira, mas a vi apenas de costas. Ela me lembrou a Karoline, mas o cabelo estava diferente. Deve ser coisa da minha cabeça; se ela estivesse aqui, já teria vindo falar comigo.
Terminei meu café e fui para o primeiro compromisso do dia: visitar a construtora responsável pelo andamento da obra. No aeroporto mesmo aluguei um carro para usar nos dias em que estarei por aqui. Coloquei meus óculos escuros, digitei o endereço no GPS e fui.
Na construtora, me reuni com o departamento de compras e o gerente de projeto, já que nosso escritório estava cuidando apenas da parte estrutural e o projeto não era nosso. Revisamos todo o cronograma da obra até o ponto em que as coisas começaram a se complicar, que foi em setembro. O preço do aço subiu mais do que o previsto, causando um aumento nos gastos. Para equilibrar os custos, tiveram que diminuir a equipe e a jornada de trabalho, o que acabou atrasando a obra.
Ofereci soluções estratégicas com outros fornecedores de São Paulo, onde, mesmo com o custo de transporte, compensaria mais do que comprando direto do Paraná. Além disso, sugeri aumentar um pouco mais a equipe, o que faria a obra voltar ao cronograma, mas antes tentaria negociações com empresas locais.
Os gestores me chamaram para almoçar e aceitei. Fomos ao Coco Bambu, e ao todo éramos seis pessoas: eu, três mulheres e mais dois homens, todos bem simpáticos. Durante o almoço, tive a impressão de ver novamente a mesma moça loira do hotel, mas deve ter sido apenas impressão minha, há muitas pessoas com o mesmo estilo de cabelo.
À tarde, eu iria conversar pessoalmente com uma das empresas responsáveis pelo fornecimento de aço para a obra, enquanto as outras duas reuniões ficariam para o dia seguinte. Após o almoço, voltei ao hotel até a hora da próxima reunião. Aproveitei e consegui conversar um pouco com a Ana, mas brevemente, pois ela estava ocupada e eu logo sairia também.
Assim como mais cedo, coloquei o endereço no GPS e fui. No entanto, não tive tanta sorte: o gestor com quem eu conversaria ficou preso em outra obra com outro engenheiro, o que adiou nossa conversa para amanhã cedo.
Fiquei chateado, pois isso pode atrasar minha volta para São Paulo, mas faz parte do trabalho, e já estou acostumado. Antes de voltar ao hotel, passei no shopping para ver alguma roupa e um presente para a Ana Flávia.
