"Na pequena vila de Évora, um casal apaixonado vivia um romance digno de contos de fada. Poe e Ranpo eram inseparáveis, e suas danças noturnas à luz da lua eram conhecidas por todos.
Certa noite, uma névoa densa cobriu a vila, trazendo um ar de mistério e inquietação. Ranpo, atraído pelo encanto da lua cheia, foi até o bosque onde ele e Poe costumavam dançar. Poe o seguiu em silêncio, seus olhos brilhando com uma intensidade incomum.
Quando Ranpo chegou à clareira, ficou surpreso ao encontrar Poe já esperando por ele, com um olhar que misturava paixão e algo mais sombrio. Poe se aproximou, segurando suas mãos com delicadeza, e começou a guiá-lo numa dança lenta e hipnotizante.
Os passos eram suaves, mas o toque de Poe se tornava cada vez mais firme. Em um movimento rápido e preciso, ele retirou uma adaga escondida e, num só golpe, perfurou o coração de Ranpo. Ele caiu em seus braços, o olhar de surpresa se apagando aos poucos.
Poe, com uma calma perturbadora, continuou a dançar, agora com o corpo inerte de seu amado. A música silenciosa da noite parecia acompanhá-los, enquanto ele girava e rodopiava pela clareira, como se a morte de Ranpo fosse apenas mais um passo na coreografia.
Os moradores da vila, atraídos pelos rumores da névoa misteriosa, chegaram ao bosque e testemunharam a cena macabra. Poe, ainda dançando com o corpo de Ranpo, parecia imerso em um transe, um sorriso sereno nos lábios.
Ninguém ousou interromper aquela dança sombria. E, assim, Poe dançou até o amanhecer, até que suas forças se esgotaram e ele caiu ao lado de Ranpo, seu amado para sempre. A vila de Évora nunca mais foi a mesma, assombrada pela lembrança daquela noite em que o amor e a morte se entrelaçaram em uma dança eterna." – Poe para ser Amado
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Histórias Perdidas🍂 [ Poe and Ranpo ]
Fiksi PenggemarContos perdidos de Edgar Allan Poe para seu amado Ranpo.