If I showed you my flaws
If I coulnd't be strong
Tell me, honestly
Would you still love me the same?Locked Away | R. City, Adam Levine
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Era uma manhã tranquila e calma em Piltover. O vento fresco e gelado entrando pela janela aberta do apartamento de Seraphine.
Sentada à mesa do quarto, mexendo no violão elétrico — que acabara de sofrer pelas garras de Bao —, Seraphine tentava o concertar. E, tentar, era a palavra certa. Ela não era como seu pai, que conseguia criar e inventar qualquer coisa; seja lá qual fosse a dificuldade. Certo, fora um descuido seu, ela não deveria ter deixado o violão em cima da cama. E nem Bao dentro do quarto. Mas remoer o que fizera não concertaria seu violão.
Ela soltou um longo suspiro, cansada. Passou uma semana inteira indo de lá para cá fazendo shows em Zaun e Piltover. Não parou quieta e, quando parou, finalmente achando que iria descansar, Bao lhe aprontara essa. E ela não podia se dar ao luxo de deixar o concerto para depois, apesar do sono.
Seraphine estava sobrevivendo na base do puro café; devia ter umas cinco xícaras pela sua mesa, e mais três na cabeceira.Buscando a nona xícara, estendeu a mão para o lado sem nem tirar os olhos do parafuso solto do violão. Quando pegou a caneca, levou a boca e teve a infeliz notícia de que sua fonte de sobrevivência tinha acabado. Praguejou mentalmente e bufou alto. E, quase como se lesse seus pensamentos, Bao miou ao lado, próximo ao seu pé.
— Espero que isso seja um pedido de desculpas, Bao. — disse a menina.
Ele apenas a encarou com aqueles brilhantes olhinhos azuis. Ela não conseguia brigar com ele.
— Seu gato encrenqueiro. — continuou ela, sorrindo.
Levantou-se da cadeira e sentiu as costas arderem. Quanto tempo tinha passado sentada naquela mesma posição? Deviam ter sido horas. Se espreguiçou e rumou até a cozinha; antes, se certificando de que estava tudo bem, e de que Bao não iria atacar seu pobre violão. Deixou a porta do quarto aberta e saiu.
Chegando à cozinha, ela fez o mesmo ritual que fizera todas as manhãs. Água para ferver; xícara para pegar; café para fazer e, por fim, despejar o líquido na garrafa térmica, garantindo seu estoque para, pelo menos, mais algumas horas pela manhã.
Quando deu o primeiro gole na bebida, sentiu que teve as forças restauradas. E, mesmo que andasse tomando mais café do que água — tendo consciência de que aquilo não era saudável — era o que a mantinha acordada e disposta durante um dia inteiro.
Seraphine estava prestes a encher novamente a xícara quando, de repente, ouviu-se um tilintar. Achou que fosse ela mesma se descuidando, mas não fora. Ficou quieta por um breve momento, buscando a fonte do som. Com o cenho franzido e uma noção de espaço-tempo prejudicada graças ao sono — e a cafeína —, ela olhou de uma lado para o outro.
Pensou em chamar por Bao. Mas sua memória lhe recordou de que ele estava no mesmo lugar que seu violão. Ah, não, pensou.
— Bao, por favor, que não tenha sido você! — exclamou entre dentes, correndo de volta.
Estava prestes a virar a esquina para entrar no quarto quando, para seu medo, Bao soltou um miado baixo. Com muito receio, respirou fundo e se preparou para o pior. O que Bao tinha feito? Destruído mais ainda seu violão? Pulado para cima da mesa para arrancar todas as cordas do pobre instrumento?
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Written down for u - oneshots
RomanceDiversas histórias de romance com os personagens do universo de League of Legends. ➳ Lightcannon ➳ Ezko ➳ Zeriphine ➳ Ezkayn ➳ Timebomb