Written down for u - oneshots

Em todos os lugares (1/2)

First, I'll say
I apologize for calling
But I saw your face
In a magazine today
Wasn't you
to late
[...]
Never ending song | Conan Gray

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Fosse nas vidraças das lojas; em outdoors os quais eram espalhados pela cidade; fosse, até mesmo, em revistas, ela estava lá. Com aquele sorriso bobo irritante; o cabelo perfeitamente penteado graças aos cabeleireiros em massa; a maquiagem perfeita em consequência dos esforços dos maquiadores. Não importava quanto tempo passasse, Seraphine sempre estaria em todos os lugares. Inclusive no rádio, obviamente.
E Zeri não suportava mais.

A única coisa que ela queria era esquecer tudo o que aconteceu. Ela se sufocava naquelas lembranças idiotas que um dia as duas já tiveram. No entanto, a cada dia que passava, a cada semana que acabava, Zeri podia jurar que mais Seraphine ficava famosa, e mais ela aparecia em banners, ou em jornais anunciando um próximo single. E isso a chateava bastante.

Por que ela sempre retornava a aparecer? Não podia simplesmente sumir por um breve momento que fosse? Não, lógico que não. Afinal de contas, Zeri sabia onde estava se metendo quando conheceu a cantora pela primeira vez.

— Ora, vamos!

— Não. — ela retorquiu pela décima vez em cinco minutos.

— Zeri, você não pode se enfurnar aqui, e esperar que, milagrosamente, ela suma da face da terra. — rebateu Jinx. — Vamos, você precisa sair.

— Para quê? Para continuar a aguentar olhares de esguelha para mim? Para suportar aqueles paparazzis batendo fotos?

— Bom... — Jinx mexeu nas unhas, fez beicinho e então ergueu os olhos. — Você sabia que isso aconteceria.

Zeri revirou os olhos e cruzou os braços.

— Mas, olhe — adiantou-se Jinx em dizer. —, podemos ir para um lugar pouco movimentado. O que você acha?

As duas amigas se encararam; uma sorria, outra queria sumir.

— Está bem. — disse Zeri, vendo a comemoração silenciosa de Jinx. — Mas espero que o seu pouco movimentado seja o mesmo do meu.

— E quando não foi?

Zeri preferiu não responder. Sabia que a amiga começaria a dar mais dez tipos de explicações para se justificar. Como já estavam prontas, ambas seguiram para fora de casa, vendo os outros dois amigos dando bobeira no carro parado.

— ... Não, com certeza não. — disse um deles.

— Com certeza, sim. Aposto que os Tornados avançarão para a próxima etapa. — respondeu o outro.

— Licença, rapazes. — dessa vez foi a vez de Jinx se manifestar. — Será que podem abrir o carro, ao invés de discutir sobre futebol?

O capô do carro estava abaixado, deixando à mostra a cabeleira loira recém cortada e os dreads pretos presos em um rabo de cavalo. Ezreal, obviamente, com seus óculos escuros no rosto, na pontinha do nariz.
Seu olhar recaiu em Zeri e ele deixou um sorriso escapar.

— Decidiu sair de casa? — disse.

— Talvez pegar um pouco de ar não me faça mal. — retrucou a garota, pulando a porta e se sentando no banco de trás, Jinx logo atrás. — Pelo menos, eu acho.

— Jinx pareceu fazer um bom trabalho convencendo você, então. — disse Ekko, virando o rosto e apoiando o braço no assento.

— Eu sempre faço ótimos trabalhos. Enfim, quem mais estamos esperando? — ela perguntou.