•𝐒𝐀𝐌𝐈𝐋𝐋𝐄 𝐒𝐊𝐘𝐋𝐄𝐑•
A última aula já havia terminado, eu estava dentro da sala quando escutei o sinal tocar, alertando que já era a hora do intervalo, levantei e caminhei rumo a saída da sala com a Leonor.
— Samille, você não se importa se eu for à biblioteca rapidinho, só vou devolver um livro e já volto.
— Fique tranquila Leo, vai lá. (Falei colocando uma mão em seu ombro e dando um sorriso).
Leonor retribuiu com um sorriso radiante e singelo.
Minutos depois ela não se encontrava mais no local, ela já havia ido em direção a biblioteca, saindo do meu campo de vista.
Eu escutei um barulho vindo do meu estômago, e como eu já estava indo em direção ao refeitório, resolvi pegar um lanche para comer.
Peguei uma bandeja, escolhi uma maçã, um sanduíche e um suco de laranja, e me assentei em uma banqueta junto a uma mesa do refeitório e fiquei esperando Leonor, já que ela disse que não iria demorar.
Estava saboreando o delicioso sanduíche que estava em minhas mãos, quando sentir uma mão retirar o sanduíche que eu estava segurando e coloca-lo de volta na bandeja.
— Como a senhorita se atreve a comer sem mim? ( Ele faz uma cara provocadora, como que além de colocar as mãos na minha comida, ainda pode ser tão atrevido?)
— Qual é a sua cara? — Quem é você? (Falei me afastando dele, eu estava me segurando para não jogar aquela bandeja na cara dele, ele pôs a mão no meu sanduíche? Ainda mais com a mão q ele poderia ter passado em qualquer lugar que seja).
— Deixe me apresentar, prazer, eu sou Halley Ferri, mas pode me chamar apenas de Hay. Como você pode ver... Sou bastante popular por aqui e eu acredito que você deve está muito surpresa com a minha presença.
— Ah claro, pelo fato de você ser o "representante" acha que eu vou me render aos seus pés? Não seja ridículo! ( Falei soltando um ar pelo nariz).
— Calma leoa... Sabia que você fica lindíssima até quando fica brava? Isso é estranhamente atraente.
— Mas eu não vim aqui para uma discussão, só queria perguntar se você vai para a festa que vai rolar no próximo sábado.
— Eu até estava pensando em faltar porque iria tratar com resolução de negócios, mas se você for... Eu vou por você...Ele tenta aproximar a sua mão até os seus cabelos,
— Não me toque, seu babaca!! Você acha que eu vou perder o meu tempo para ir em festas? — me poupe, tenho coisas melhores pra fazer.
— É sério que você vai dispensar essa chance?
Você é muito convencida...— Eu já falei que eu não vou, eu não gosto de festas, é agoniante, ainda mais se for para está em um ambiente com alguém tão sujo quanto você.
Halley ficou parado me olhando por uns instantes, confuso, até eu ter a impressão que estava vindo alguém atrás dele, e para melhorar ainda mais o meu dia, era a Antonelli, não foi ela quem pediu para eu não cruzar o seu próprio caminho?
Então o que ela está fazendo no meu caminho?
Sinto ela se aproximar tentando puxar a atenção de Halley para si, até a sua voz me irrita, como alguém aguenta conversar com essa baranga?
Enquanto ela conversava com ele eu apenas me retirei do local, não estava afim de olhar naquela cara rebocada.Enquanto estava me afastando dos dois, escuto Halley se despedir, mas só ignorei e continuei andando até encontrar outra mesa para me assentar e ficar bem longe deles.
Até eu sentir a falta de alguém que supostamente estava demorando a voltar.
— Cadê a Leonor? Ela já está a horas sem aparecer, será que eu devo ir até a biblioteca para saber se ela ainda está por lá? Ou será que ela deve ter se perdido ? — Não... Leonor não é mais uma criança, ela sabe se virar, já já ela vai está de volta.
(Falei em meus pensamentos).•••
Eu já havia terminado de comer, devolvi a bandeja para as funcionárias do refeitório e resolvi fazer um passeio pelo corredor que ficava próximo a sala da monitoria.
Estava vagando sem destino, só para me distrair.
Peguei o meu celular e o meu fone, coloquei uma música e deixei a vibe entrar, fui para um lugar mais reservado só para me livrar do mutirão de gente que estava na faculdade.
Enquanto caminhava, sem ao menos perceber, esbarrei em um garoto, fazendo com que o meu corpo se chocasse ao dele, ele me olhou me repreendendo com os olhos fazendo me alertar para que eu pudesse ficar mais atenta.
— Aí garota, se liga por onde anda. (Ele fala me afastando do seu corpo).
Eu o olhei confusa e sem entender, o que esse cara estava falando? (Falei nos meus pensamentos).
— Ei, você se faz de surda ou o que? ( Ele fala apontando o seu dedo no meu rosto e me empurrando com uma de suas mãos).
Ele me analisou com um olhar de negação e logo percebeu que eu estava com fones nos ouvidos, a sua feição demonstrava impaciência.
Eu estava tão distraída que nem eu mesma pude perceber a minha atitude, não tinha reparado no tamanho da minha lerdeza.
— Aí, foi mal... eu fiquei tão distraída que nem me toquei que estava de fone.
(Falei retirando o aparelho dos ouvidos).— Olha aqui... Vê se você toma mais cuidado para não acabar esmagando alguém ao menos que você se tome de conta.
Quando ele terminou de ditar as palavras, ele anda na minha direção me empurrando com o ombro com destino a sair do local onde estava.
— Ai imbecil, eu disse que estava distraída, não precisava querer me levar junto, você tem problema ou o que? ( Falei alterando a tonalidade da voz)
Ele estava caminhando lentamente, até ouvir as minhas palavras e virar o seu rosto, os seus olhos claros radiante se passou a ser um olhar frio e furioso.
— Do que você me chamou?
— Ai cara, será que pra falar com você eu terei que soletrar ou prefere que eu desenhe?
—Espero que você tenha mais cuidado com as suas palavras... ( Ele vem caminhando até a mim deixando os nossos corpos em pouca distância).
Os seus passos eram intensos, fazendo com que eu caminhasse para trás e me colocasse contra a parede.
Por incrível que pareça eu não sentia medo algum, pelo contrário, eu queria saber até onde essa história iria dar.
Em questão de segundos ele já estava na minha frente, e uma de suas mãos estava a cima da minha cabeça imprensada na parede e os seus olhos foram de encontro aos meus.Seu olhar de pura fascinação e ameaça me fazia ficar cada vez mais curiosa.
Eu não poderia esmurá-lo naquele momento, precisava manter o meu controle, precisava manter minha postura firme.
-Vai ficar me olhando o tempo todo ou o que? (Falei cruzando os braços).
Você não tem noção mesmo né? (Ele fala dando um sorriso sarcástico com a sua voz rouca) —Você deveria tomar muito cuidado com quem você está se metendo.
— Deveria levar essa sua atitude como uma ameaça? — Porque se fosse, eu estaria morrendo de medo e pedindo por misericórdia para você não me atacar.
( Falei arqueando uma de minhas sobrancelhas).Entenda essa minha atitude como bem quiser... ( Ele fala levantando o meio maxilar)
— Eu espero que você não se atreva a me esbarrar novamente, porque da próxima, eu não responderei por mim.Ele termina a frase fitando o seu olhar em mim e sai do corredor onde estávamos, me deixando sozinha.

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𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐍𝐂̧𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑
Lãng mạnSamille Skyler, uma jovem ingênua que não acreditava mais no amor, enganada pelas mentiras de seu pai e os segredos de sua mãe, ela acredita que não existem pessoas confiáveis em um mundo tão pequeno, passou a levar o tão temido amor como um sentime...