Halley vai até o seu carro e abre a porta do passageiro dando passagem para que eu possa entrar, ele dá meia volta e entra, em seguida, ele dá a partida.
Falei a localidade para que ele pudesse acompanhar pelo GPS.
A minha casa ficava 45 km da faculdade, então seria 30 minutos percorrido até lá.
Desde a hora que entramos no carro não dirigimos uma palavra se quer, até ele finalmente tomar a iniciativa para quebrar o silêncio que ali habitava.
— Então... O que fez você se mudar para Flórida?
— Porque você quer saber? (Falei enquanto mexia no celular).
— Eu só te fiz uma pergunta, você teria o bom senso de responder sem me dar patada? (Ele olha de canto para mim).
— Porque eu estava a procura de uma bolsa de estudos, só isso... (Minhas palavras saiam de forma seca e sem nenhuma emoção).
— Você não sabe inventar uma mentira melhor que essa? (Ele fala irônico).
— Não é mentira, até porque você não sabe nada da minha vida, então feche a sua boca pra falar o que não sabe.
— A Leoa está muito brava hoje, será que eu terei que fazer algo pra te acalmar? (Ele para o carro e me encara).
— Me acalmar? Só de olhar pra você me causa repulsa (Desviei o meu olhar para a janela do carro).
— Samille... Não tente fugir de mim, até porque eu gosto de você, ultimamente eu não consigo tirar você da minha cabeça... E eu farei o que for possível para que você sinta o mesmo também.
Halley toca em meu rosto me aproximando para mais perto dele e tenta me dar um beijo a força.
— Não! Halley, tira as suas mãos de mim m-me solta!!! (Falei em meio a dificuldade).
— Me larga!!!Empurrei ele com toda a força que me restava, depositei-lhe um tapa em seu rosto fazendo ele jogar a cabeça para o lado por causa do impacto.
Tentei abrir a porta do carro, mas ela estava trancada.
— Abra a porta do carro agora! ( Forcei a maçaneta para tentar abrir, mas como não obtive sucesso, eu comecei a gritar, pedindo por socorro).
— Você acha mesmo que alguém vai vim te socorrer? ( Ele fala acariciando o seu rosto pelo tapa que levou).
— Eu vou chamar a polícia!
— Ah é, então chama! Eles não irão acreditar em você ( Halley volta a dar a partida do carro).
— Para onde você está me levando? (Disse eufórica)
— Para o matagal, fala sério... Para onde você acha que eu estaria te levando? ( Ele passa as mãos em seus — Você não queria chamar a polícia? Então vá em frente.
Ele me encarou de uma forma séria, e o seu olhar era completamente parecido com o do meu pai quando da última vez que eu o vi.
O seu olhar me causava arrepios, eu estava com medo? Logo eu? Não, eu não posso sentir medo, eu tenho que ser forte.
Ao resto do caminho eu não quis trocar uma palavra com ele, não queria olhar em seu rosto.
Estava clamando para que chegasse o grandioso momento em que eu chegasse na minha casa, sair daquele carro, da sua companhia e pudesse sentir a leveza novamente.
•••
Finalmente chegamos em minha casa, eu permaneci o resto do caminho calada, eu tinha nojo do seu toque, do seu cheiro, desde o primeiro dia em que o vi, eu não fui com a sua cara, ele não passa de um maníaco hipócrita, eu já estava decidida que hoje seria o último dia que Halley teria tocado um dedo em mim.
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𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐍𝐂̧𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑
RomanceSamille Skyler, uma jovem ingênua que não acreditava mais no amor, enganada pelas mentiras de seu pai e os segredos de sua mãe, ela acredita que não existem pessoas confiáveis em um mundo tão pequeno, passou a levar o tão temido amor como um sentime...