Novo Normal(AU)

16

Os dias foram passando e o apego de Lauren por suas cuidadoras ficava cada vez maior, e com o apego veio a confiança, então era possível em diversos momentos ver sua pequena versão em sua mais pura essência.

Mas o fato de a pequena versão de Lauren estar em evidência fez com que a pequena versão de Camila se mostrasse um tanto ciumenta e possessiva com relação as suas mamães, ou seja, ela mal saia do seu pequeno espaço, o casal precisava está sempre atento na divisão de atenção, para não ter crises de choro durante o dia.

—Estou quase que com 100% de certeza que Lauren quer ser amamentada, qualquer crise ou chateação ela choraminga e esfrega o rostinho nos meus seios como um filhotinho manhoso. Dinah comentou se deitando ao lado de Normani.

—Vamos ter uma conversando com a grande Lauren e caso ela concorde, falamos com a pequena Laur e ofertamos, se estiver tudo bem pra você. Falou enquanto se virava para ficar de frente para a esposa.

Dinah torceu os lábios. —Estou bem com isso, quero dizer, temos nosso título e esse tipo de coisa meio que faz parte do pacote.

—Meio que sim. Normani assentiu. —Mas você não precisa fazer isso caso não queira.

—Eu sei disso amor. Dinah sorriu. —Será que ela vai realmente querer ser amamentada com leite e tudo ou apenas vai usar como conforto?

—Isso o tempo nos dirá, caso ela queira de fato...sabe, mamar, você tem algum problema com isso?

—Não, eu acho que seria uma experiência interessante. Mordeu o lábio inferior. —Parece que eu tô tomando seu direito de escolha...

—Como assim?

—Falando sobre amamentar Lauren como se a única mãe possível fosse eu. Suspirou.

—Sinto que essa conexão entre vocês veio mais forte, mas com o tempo as duas podem fazer, eu não me importo que você dê esse conforto a nossa pequena, acho um gesto lindo! Sorriu sincera.

A maçaneta do quarto se movimentando chamou a atenção do casal que estranhou, tinha uns 30 minutos que haviam conseguido fazer suas crianças dormirem.

—Você trancou a porta? Dinah franziu o cenho.

—Não me culpe, culpe meu período fértil. Normani deu de ombros.

Dinah riu e revirou os olhos. —Acho que as mamães não vão ter um momentinho especial.

—Aah os bons frutos da maternidade! Normani ria enquanto seguia para a porta, destrancou com um sorriso que logo se desfez ao ver o rosto pálido de Lauren no corredor. —Pequena...

—Nã...não dá pa...res...pila!

Normani a colocou para dentro do quarto, e Dinah se levantou indo ao encontro das duas.

Lauren sentia seu peito pesado, e era como se tivesse uma pedra presa em sua garganta, seus olhos ardiam em lágrimas, seu coração estava batendo de um jeito estranho e quando tentava respirar doia, e o ar parecia não vir o suficiente.

Ela escutou o casal falando algo, talvez fosse com ela ou talvez não. Talvez estivessem falando do quanto se arrependiam por ter colocado uma garota quebrada em suas vidas. Porque não, ela não era boa, e nem agradável e estar perto dela não era bom. As pessoas ficavam tristes porque alguém como ela não deveria estar...

Tum...tum...tum...tum... um tum tum em um ritmo bom estava em seus ouvidos, e eles pareciam mais altos que os seus pensamentos feios que a faziam querer sumir.

Fechou os olhos. Respirar ainda era difícil.

Tum
Tum
Tum

—[...]cheira a florzinha...hmmmm! Sopra a velinha...fuuuuu! Aquilo se repetiu por tempo suficiente para que ela passasse a fazer o que as mais velhas pediam.