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ME sentei em minha mesa, preenchendo papéis sobre meus pacientes

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ME sentei em minha mesa, preenchendo papéis sobre meus pacientes. Algumas anotações sobre seu progresso, condições que diagnostiquei ou estou pensando em diagnosticar, etc. É basicamente o que consistia em cada intervalo de almoço que tive.

Uma lancheira foi colocada na minha frente, me fazendo levantar os olhos do trabalho e ver Nessa. Dei um sorriso e fechei o arquivo em que estava trabalhando.

- Oi!

- Oi, como está indo? - Ela perguntou.

Eu dei de ombros, - O mesmo.

- O mesmo? Tem certeza de que está tudo igual? - Ela levantou uma sobrancelha.

Revirei os olhos para ela. - Algo me diz que você quer falar sobre Jordan Huxhold - eu disse, pegando meu sanduíche vegetariano e dando uma mordida nele.

- Bem... - Nessa parou, nós duas rimos. - Ele é a pessoa mais interessante que já tivemos aqui! Quero dizer, o pai dele era...

- Eu não quero ouvir nada sobre Jordan - eu a interrompi.

- Não é nada novo, está tudo nos arquivos dele.

- Eu sei, mas quero que Jordan me diga. É parte de como ganho a confiança de meus pacientes, deixo eles me dizer o que querem e não me aprofundo em seus arquivos, a menos que se trate de medidas desesperadas - eu disse.

Explicou a ela. Por mais curiosa que eu fique, sempre deixo meus pacientes me contarem sobre si mesmos, e não sobre algum arquivo.

Nessa encolheu os ombros.

- É o seu sistema. Mas você deve ter notado como ele é... interessante.

- Oh, ele é interessante, certo. - Eu respirei, dando outra mordida.

Houve um estrondo repentino vindo das celas, fazendo com que nós duas pulássemos e olhássemos para trás. Houve muitas batidas seguidas de alguns gritos, provavelmente de companheiros de cela discutindo. Não era raro, mas também não era tão barulhento ou caótico.

- Me deixar ir! - Uma voz familiar, mas abafada, gritou. Meus olhos se arregalaram enquanto Nessa falava. - Outra luta de celas, esta agressiva.

- Este aqui é Jordan. - Me levantei, voltando para as celas.

Normalmente eu não ficaria tão preocupado, mas como Jordan matou pessoas, senti que precisava ir ver como ele estava para ver os danos e, com sorte, parar com esse tipo de comportamento.

Acompanhei os gritos e batidas até ver dois policiais carregando Jordan que chutava e arremessava o corpo, batendo nas paredes na maior parte do tempo.

- Com licença! - Gritei o mais alto que pude, chamando a atenção de todos, inclusive de Jordan.

- Dr. Walsh, estamos no meio de algo agora - me disse um dos policiais, Jaden.

- Posso levar Jordan? Estou na hora do almoço agora e tenho uma vaga. Ficarei feliz em falar com ele - sugeri.

- Dr. Walsh, não tenho certeza se é uma boa ideia..

- Você não quer que ele seja uma pessoa melhor? Ele não pode mudar se você impedir isso - interrompi.

Jaden suspirou, acenando para o outro policial, Chase, e me seguindo até minha sala de terapia. Eles prenderam Jordan pelos tornozelos como de costume antes de irem embora.

- Você só tem 15 minutos - informou Vinnie. Eu apenas balancei a cabeça e esperei os dois saírem.

- Olá, Jordan.

- Olá, Kennedy - ele zombou.

- Dr. Walsh - corrigi severamente.

- Porque você fez isso? - Jordan perguntou, mudando de assunto.

- Não acredito que toda essa coisa de solitária funcione tão bem quanto falar - respondi. - E com Jaden, você provavelmente brigaria, então..

- Eu posso aguentar alguns golpes - Jordan zombou.

- Talvez agora... mas conhecendo você, você continuaria se metendo em problemas e alguns golpes podem se transformar em muitos. Você não aguenta muito, Jordan.

Jordan ficou sentado lá, olhando para baixo.

- O que você quer?

- O que aconteceu lá? - Jordan encolheu os ombros.

- Meu colega de cela estava me irritando, ameacei ele parar, e ele não parou, comecei a bater nele - resumiu.

- Por que bater nele foi sua primeira reação?

- Quer dizer, eu pedi para ele parar - disse Jordan

- Não, você o ameaçou. E de qualquer forma você ainda resultou em violência. Por quê? Você não conseguiu pensar em outras soluções?

- Eu não sei! Violência é tudo que eu já conheci! - Ele levantou a voz, ficando frustrado.

Suspirei, me acalmando para não irritá-lo.

- Em primeiro lugar, devemos trabalhar para realmente pedir às pessoas que parem, não ameaçá-las. E, em segundo lugar, precisamos trabalhar para evitar a violência em vez de causá-la - peguei uma caneta e um papel que sempre mantive na minha mesa.

Escrevi essas notas como um lembrete para o futuro.

- O que você quer dizer com nós? - Jordan perguntou.

Olhei para ele e parei de escrever.

- Bem, você não está fazendo isso sozinho, está? - Eu apontei, terminando de escrever.

- Você está realmente tentando? Você não está desistindo? - Ele questionou.

Eu balancei minha cabeça.

- Não - larguei minha caneta e olhei para ele. - Eu lhe disse que não faço isso só para ganhar um salário - lembrei ele.

Jordan ficou lá sentado, olhando para baixo quase em estado de choque. Ele não disse nada por alguns minutos e eu não tive tempo de dizer nada.

Houve um zumbido e a porta se abriu. Jaden estava lá para levar Jordan, tirando-o de lá.

Ele puxou Jordan até a porta. Os dois começaram a andar e eu apenas dei um pequeno sorriso e acenei para Jordan. Ele olhou para mim, sendo empurrado por Jaden depois. Talvez pessoas como Jaden não entendam isso, mas na verdade eu quero mudar Jordan. Eu senti que Jordan estava começando a ver isso também.

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Olaaa

Psycho - 𝕵𝖔𝖗𝖉𝖆𝖓 𝕳𝖚𝖝𝖍𝖔𝖑𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora