ONDE Kennedy é uma excelente psicóloga de criminosos.
Kennedy se assusta quando recebe um novo desafio: Jordan Huxhold. O criminoso mais procurado do mundo.
⋆ start: june 30, 2024
⋆ original by: brienicole
⋆ adapted by: kyistaks
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ENTREI no trabalho, sorrindo para Nessa e indo até minha mesa. Nessa sempre chegava duas horas antes de mim para para trabalhar, já que eu só precisava estar aqui depois que os prisioneiros acordasse e tomassem café da manhã.
Sentei e peguei um arquivo que estava no canto. Eu tinha tinha uma sala para terapia e uma mesa em uma sala separada para manter todos os meus pertences e arquivo seguros.
Foi o maior arquivo que eu já recebi. Curiosa, abri e li o topo com as informações básicas do criminoso. Engasguei e deixei o arquivo de volta na mesa assim que li o nome, surpresa.
Talvez eu tenha lido errado. Mas quando abri novamente o mesmo nome apareceu: Jordan Huxhold.
- Vejo que leu sua nova tarefa - olhei para cima e vi meu chefe parado na frente da minha mesa.
- Hmm.. sim. Obrigada pelo novo trabalho. - agradeci
- Nessa falou bem de você e você teve mais vagas para terapia. E Jordan Huxhold precisa de muito tempo de terapia - disse Hall, meu chefe
- Bem, obrigada por confiar em mim. Prometo dar meu melhor - assegurei ele.
E acho que veremos se o seu melhor é suficiente. Este é um grande trabalho pra você, e eu vou substituí-la se for preciso - ele avisou, me fazendo engolir em seco.
- Boa sorte - ele assentiu antes de sair.
Soltei um suspiro, abrindo o arquivo novamente e lendo as coisas básicas. 21 anos, líder da gangue, corredor noturno, serial killer.. isso definitivamente seria um desafio e tanto, o maior que eu enfrentarei.
À medida que o dia passava e eu me encontrava com meus pacientes criminosos, todos aqueles que já encontrei antes, minha mente estava em Jordan Huxhold. Como ele era? Ele tentará me machucar? Ninguém ainda, mas ninguém com quem trabalhei cometeu assassinato também.
Olhei para cima ao ouvir um sinal, a porta da minha sala de terapia se abriu. Vi pela primeira vez Jaden segurando a porta aberta e depois empurrando um homem.
Olhei para o arquivo do meu próximo paciente e engoli em seco quando vi que era Jordan Huxhold.
Olhei para cima e vi Jordan sentado à minha frente, Jaden travando seus pés e manteve as algemas dos pés e das mãos.
- Vejo você em uma hora, Dr. Walsh, boa sorte com ele - disse Jaden antes de sair.
Respirei fundo e olhei para Jordan, que estava recostado na cadeira, olhando pra mim com uma expressão descontente no rosto. Ele tinha cachos loiros, estrutura óssea forte, lábios carnudos, olhos azuis... Eu me perguntei como seria quando ele estava com raiva.
- Então, Jordan Huxhold.. eu sou a Dr. Walsh, sua terapeuta. Presumo que eles já lhe deram um resumo do que acontece e do que não acontece aqui - comecei.
Jordan olhou para mim, como se estivesse me estudando. Desviei o olhar, me sentindo desconfortável.
- Então, geralmente no primeiro dia eu passo um tempo conhecendo meus pacientes, há algo que você queira falar? - perguntei, tentando fazê-lo falar. Mas ele continuou me olhando. - Nada mesmo?
- Eu sei como essas coisas acontecem. Você age bem, finge que se importa e tenta me fazer mudar. Mas isso não vai acontecer. Nunca aconteceu, nunca acontecerá - ele retrucou, enquanto de alguma forma mantinha uma voz calma.
Fiquei ali sentada, um pouco chocada, mas satisfeita por ele pelo menos ter falado. Olhei para baixo e levantei as sobrancelhas.
- Tudo bem... é bom saber. Mas quero que você saiba que não estou atuando. Sou legal e me importo, escolhi esse trabalho porque gosto de ajudar as pessoas, não apenas para ganhar um salário - olhei de volta para ele.
Ele ficou lá, olhando para mim mais uma vez. Desta vez, finalmente olhei nos olhos dele. Eu não podia negar que Jordan tinha boa aparência. Principalmente aqueles olhos azuis. Eles estavam escuros, mas eu também conseguia ver quando a luz refletia neles, quase como o céu.
Quando Jordan percebeu que não estava me intimidando, sentou-se novamente.
- Você não é como outros terapeutas que tive - disse ele.
- Isso é uma coisa boa? - eu levantei uma sobrancelha.
- Eu ainda não tenho certeza.
Soltei um suspiro trêmulo, feliz por estarmos conversando um pouco agora.
- Como eu sou diferente?
Jordan encolheu os ombros.
- Para começar, você é capaz de me olhar nos olhos sem que haja medo. Tenho certeza de que existe medo no fundo, mas você faz um bom trabalho em escondê-lo - respondeu ele.
Agora que pensei sobre isso, não tenho certeza se estava com medo. Nervosa, sim. Mas com medo?
- Quem disse que estou escondendo? Talvez você não me assuste - sugeri.
Jordan riu.
- Eu assusto todo mundo. Todas as raças, sexos, idades e qualquer outra coisa que você possa imaginar
- Bem, eu não - dei de ombros.
Jordan olhou para mim, inclinando-se para frente.
- Você não tem medo de um homem que matou milhares de pessoas? Que vive da miséria dos outros? Quem não se importa com quem machuca? - Ele ferveu de ódio.
Engoli em seco, honestamente, um pouco assustado agora, mas ainda balancei a cabeça.
- Nem um pouco - eu disse com uma respiração instável porém com um sorriso divertido no rosto
Jordan recostou-se, se divertindo também.
- Interessante... bem, deixe-me perguntar de outra forma. Você tem pesadelos? - ele perguntou.
Franzi as sobrancelhas.
- Às vezes... - eu parei, sem saber onde isso estava indo.
- Bem, isso é pior do que qualquer pesadelo que você já teve... é real agora - alertou.
Escrevi algumas notas sobre o comportamento de Jordan. Seu exame mostrou sinais de bipolaridade e narcisismo, e eu realmente pude sentir o narcisismo.
- Bem, Jordan. Eu sou o tipo de pessoa que transforma pesadelos em sonhos, e você não é diferente.
Ele ergueu as sobrancelhas.
- Você acha que pode me mudar? Você sabe quantas pessoas tentaram me mudar? Quase tantas quantas eu matei!
Inclinei-me para frente em meus braços.
- Bem, isso vai mudar! - disse com certeza - Não trabalho aqui há muito tempo, mas não tive nenhum paciente que não tivesse progredido. Você se acha especial? - Jordan olhou para mim. - Quero dizer, o seu caso em particular é muito... único... mas isso não significa que você esteja imune a mudanças.
- Pessoas como eu não mudam - ele cuspiu, bem a tempo de a campainha tocar e Anthony abrir a porta. Ele destrancou os tornozelos de Jordan e o conduziu para fora, me deixando esperando pelo próximo paciente. Este foi o início de um novo tipo de aventura.
