Eu estava em um sono profundo e gostoso quando senti algo pesado sobre minhas costas. Aos poucos, abri os olhos e me deparei com Park, deitado de lado, com o braço repousando sobre mim. Deus, que monumento de homem! A geladeira Electrolux chora no banho ou seria um frigobar?
Nah, essas costas largas e esses braços fortes...
Ali estava ele, uma pequena montanha de músculos, coberta do quadril para baixo por um lençol. Continuo sendo o mesmo fanboy que, quando o viu pela primeira vez, teve um sangramento nasal. Porque Park Jimin tem que ser tão irresistível?
Tentei me esquivar e sair lentamente debaixo do braço dele. Eu estava de bruços, o que tornava a tarefa difícil, mas não impossível. Para piorar minha situação, meu celular começou a tocar dentro da minha bolsa. É claro que me apavorei, e isso acabou acordando Park.
— Não vai atender o celular, Jeongguk? — Perguntou ele, com a voz rouca, os olhos semiabertos e aquele maldito sorriso bonito e presunçoso dançando em seus lábios tentadores.
Caralho, não tenho um minuto de paz ao lado desse homem. Eu vou te arrastar para cima.
Não!? Deus, sou muito jovem para morrer. Não me leva.
— Hum rum — murmurei, sentindo o calor subir ao meu rosto, provavelmente vermelho como um tomate. Inevitavelmente, quando ele se virou de barriga para cima, eu me joguei para fora da cama, me levantando rapidamente e indo até minha bolsa. No meio do percurso, tropecei e ouvi o riso baixo do loiro atrás de mim. Levantei-me novamente e saí correndo até a porta que dava acesso à sacada para atender a ligação.
— Alô? Appa? Sim, tudo bem e o senhor como está?
Do outro lado da linha, a voz grossa e cética do meu progenitor soava forte, impondo sua presença mesmo à distância. Eu sempre mantenho a postura rígida e os ouvidos atentos ao que ele fala, mas não consigo evitar tremer feito uma vara verde. Tento manter a pose de “macho hetero top”.
— Estou me preparando para essa prova, tenho estudado bastante — disse com a voz grossa e confiante, caminhando em direção ao muro de vidro da sacada do hotel. A visão da cobertura era linda e assustadora ao mesmo tempo. Distraído com a conversa no celular e olhando para todos os lados, notei que não éramos os únicos a utilizar a cobertura; havia outras pessoas nas sacadas ao lado. — Assim que…
— Melhor cancelar todos os seus planos para hoje, Jeongguk.
Minha senhora dos gays em apuros! Ouço meu pai berrar no alto-falante do celular perguntando com quem eu estava mas eu estava estático, boquiaberto com o olhar preso em Park, nu, há poucos metros de mim acendendo um maldito cigarro e me olhando de forma felina.
Não. Eu não tenho psicológico para isso, ele não tem esse direito.
A visão de Park nu, com aquele cigarro entre os lábios, quase me fez perder o foco da conversa com meu pai. Engoli em seco, tentando ignorar o calor que subia pelo meu corpo desviando o olhar daquele… abdômen sarado.
— Sim, appa. É um amigo da faculdade que está aqui comigo, ele sugeriu que estudaremos juntos e eu aceitei — respondi, tentando soar confiante, mas minha voz tremia levemente.
Meu pai reafirmou que não deveria decepcioná-lo antes de desligar abruptamente. Suspirei, fechando os olhos por um momento para recompor minha postura. Quando os abri, Park ainda estava lá, com um sorriso malicioso em seus lábios fodidamente atraentes.
— Problemas familiares? — Ele perguntou, soprando uma nuvem de fumaça para o lado.
— Algo assim — respondi, tentando evitar o contato visual. — Meu pai é bastante... exigente.
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Boy Cam-Jikook
Fanfiction[Em andamento] Adentramos no mundo sedutor e provocante de um jovem camboy, cuja vida gira em torno de contar histórias eróticas online. Com o pessidónio "PJ" ele é conhecido apenas como o mestre em despertar fantasias e desejos mais profundos. Bem...