Não havia necessidade de falar de uns poucos seguidores do Salão da Montanha Branca; mesmo se Lou Kexin tivesse vindo pessoalmente, ela não conseguiria fazer Yu Shengyan ir.
Fu Wanqing tinha confiança de que ela não deixaria seu lado, assim como tinha confiança de que Gui Li não seria derrotado. No beco à frente, alguns lutadores jianghu haviam caído no chão, agarrando suas feridas e gritando de dor. O vento uivante soprava na faixa estreita, e então Gui Li era como uma rajada de vento, desaparecendo diante dos olhos de todos.
Quando Fu Wanqing retraiu o olhar, por acaso ela se encontrou com os olhos insípidos de Yu Shengyan. Ela olhou, encantada, para aquela mão branca e esguia que estava se aproximando dela, e só quando um arrepio veio da ponta de seus dedos é que ela voltou daquele estado nebuloso. A outra a guiou por ela, e ela curvou os lábios em um sorriso.
Ao passar por aqueles três de branco que eram como estátuas de pedra, uma rajada de pontos afiados saiu da mão esquerda de Fu Wanqing.
Uma vez fora da pequena viela, uma rua principal brilhante e larga estava diante de seus olhos. O vento de outono estava desolado, arrastando árvores de guarda-sol que forravam a estrada até mergulharem nas calhas. Yu Shengyan não tinha idéia para onde Fu Wanqing queria ir, simplesmente conduzindo-a sem rumo com o fluxo da multidão em ascensão.
O rico aroma do vinho vinha de uma pequena taberna de frente para a rua. Fu Wanqing deu uma olhada em seu forno ardente e em chamas, e de repente parou em seus rastos. "Eu quero beber", disse ela.
"Certo", Yu Shengyan acenou com a cabeça.
Dentro desta pequena taberna, não havia outros trabalhadores além de um lojista que acenava com a cabeça e um criado que, ao mesmo tempo, atiçava o fogo e entregava vinho. Havia poucas pessoas espalhadas por dentro, não mais que cerca de seis. As mesas e banquetas pareciam não ter sido limpas há muito tempo, pois estavam todas salpicadas com manchas de óleo e vinho. Gritos de clamor estavam na rua, enquanto na taberna, um grande homem com roupas curtas empunhando um sabre estava em um banco, ofegando fortemente e gritando por mais vinho.
A brisa de outono era fria, mas o licor forte que entrava na garganta estava queimando.
Fu Wanqing estreitou os olhos. "Aqueles três do Salão Branco não vão voltar", disse ela lentamente.
Yu Shengyan acenou tranquilamente, o vinho diante dela emitindo vapor.
"Entre os quatro Salões do Credo Água de Jadeite, os seguidores do Salão Branco têm mais habilidade, e o Salão Preto vem em segundo lugar. Lou Kexin enviou os do Salão Branco, então parece que ela realmente quer você de volta. Estou bastante curiosa; a Protetora de Direita se pôs em movimento, mas por que a Protetora de Esquerda ainda não está em nenhum lugar para ser vista?"
"Eu não sei", respondeu Yu Shengyan, balançando a cabeça. Ela realmente não sabia; mesmo na qualidade de Chefe do Credo, ela nunca se preocupou com o que acontecia nele. Independentemente de alguém subordinado a ela ter feito coisas boas ou más, isso não tinha nada a ver com ela. Indulgenciar ou restringir seus subalternos era um direito que as duas Protetoras tinham que considerar entre si.
"Oh?". Fu Wanqing sorriu, curvando sua cabeça para olhar para a taça de vinho. "O vinho não é bom?"
Seu semblante, corrompido pelo cheiro do álcool, era semelhante a uma linda flor de pêssego. Seus olhos estavam focados em Yu Shengyan, a mão acariciando a borda de sua xícara. Aquele olhar concentrado em seus olhos, aqueles movimentos suaves e lentos - eles eram como penas fazendo cócegas no coração de Yu Shengyan. Ela estava distraída, até que o vinho quente lhe escaldou a garganta.
Com um estrondo, a taça caiu sobre o tampo da mesa, o vinho derramando em sua totalidade sobre suas roupas brancas.
"Seus pensamentos estão em outro lugar." Fu Wanqing limpou as manchas de vinho nos lábios de Yu Shengyan, contemplando sua roupa ligeiramente umedecida. Ela suspirou com total pesar. "Eu queria assistir a um show aqui, mas suas roupas estão sujas, então vamos voltar."
