...Mas não vou morrer na praia

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— Está tudo bem, Katsuma não tem feromônios o suficiente para marcar um ômega adulto — o médico disse paciente, encarando aquela cena cômica de Bakugo Mitsuki tocando o coração para suspirar aliviada.

— Eu disse que estava tudo bem... — Izuku reafirmou tímido, o bebê adormecido em seu braço parecendo muito confortável.

Izuku sentindo uma urgência instintiva em ficar perto da criança e acalentá-lo como seu.

— Mas tínhamos que ter certeza! Por Deus, eu tirei os olhos deles por um minuto. Eu realmente peço desculpas, querido. A culpa foi completamente minha — pediu tocando gentilmente no joelho do ômega que sorriu amarelo mais uma vez.

— Está realmente tudo bem — Izuku disse pela milésima vez e encarou o lado, afagando gentilmente os cabelos claros da criança no colo. O ômega corando por, no momento da emoção, imaginar ter visto Katsuki correndo em sua direção e não Mitsuki.

Foi como se tivesse se perdido por um momento.

Quando Katsuma o mordeu, seu corpo vibrou em rejeição, o que causou certo choque e a sensação não o permitiu se mover. Sua visão ficou turva e apertou o bebê antes que caísse de joelhos pela falta de força. Mitsuki se aproximou afoita e tentou tirar Katsuma de seus braços, mas ele se recusou e em poucos segundos Izuku conseguiu retomar a consciência plena.

Quase como quem tivesse acordado de um desmaio.

Era uma sensação nauseante e logo sentiu vontade de vomitar, porém se conteve em respeito a mulher que o ajudava a se sentar. Seu corpo já estava "bem", seu ômega havia rejeitado a mordida e Izuku sentia isso. Havia sido uma recaída momentânea, mas Mitsuki o obrigou a subir para ver um dos médicos que confiava para ver se realmente estava tudo bem.

— Bom, então... foi um prazer, senhora Mitsuki — Izuku se despediu não se afastando e apertando os lábios quando ela fechou a porta do consultório atrás de si. O bebê estava achegado em seu colo e Eri agarrada em sua perna; Mahoro a observando curiosa o tempo todo atrás da vó e sem dizer uma palavra.

— Mas meu filho chegará logo, logo! Eu o avisei que aconteceu um imprevisto — Mitsuki disse e arrastou o ômega para o sofá da ala de espera do andar da pediatria, obrigando-o a se sentar.

— N-Não é necessário, foi só um acidente, e eu realmente preciso ir... — Izuku insistiu querendo que ela entendesse.

Estava com medo de Shigaraki chegar e não o achar esperando na entrada. Talvez ele subisse até o leito que ficou hospedado, e não queria também que ele pensasse que havia fugido de novo.

Não saberia o que ele faria no auge do ódio.

— Será rápido, eu prometo! — A alfa juntou as mãos na do ômega que sentiu um arrepio com o feromônios de expectativa dela. Eram pesados e tinha cheiro de perfume caro.

Izuku se sentia familiarizado com aquele cheiro, como quem lembrasse alguém e, por mais que estivesse curioso para saber o sobrenome da mais velha, ela não havia dito. E o ômega reprimia o ímpeto de perguntar, já que não era da sua conta.

Ela se parecia muito com Katsuki, e o nome da criança... Izuku não sabia se queria atestar o que estava pensando. O filho dela não poderia ser Katsuki, certo? Era impossível, certo? Então... quais eram as chances de encontrá-lo ali depois de tudo que havia acontecido nas poucas 24 horas de sua vida?

O destino não poderia ser tão bom depois de tudo que havia ocorrido...

— Não precisa, é sério... eu... — o ômega tentou de novo, angustiado e querendo logo sair dali.

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⏰ Última atualização: Jul 05 ⏰

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Over Me [BakuDeku (ABO)]Onde histórias criam vida. Descubra agora