Por você eu posso me afogar

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— Eu não vou — Izuku começou a tirar a jaqueta tremendo, desistindo de sair de casa.

— O quê?! — Toshinori e Eri gritaram juntos não entendendo a decisão repentina.

— Mama, por quê? — Eri pulava freneticamente no mesmo lugar, Izuku ficando ansioso.

— O que está dizendo, filhote? Você já está pronto... — o alfa impediu que ele tirasse o restante das roupas novas do corpo.

— Eu não quero ir. E se eu ferrar tudo? Deus, eu nunca fui a um encontro! E se ele também não for e eu ficar plantado? E se ele não gostar de mim? E se os filhos dele não gostarem de mim? Pior, e se for uma pegadinha? — Começou a andar de um lado para o outro tão rápido que a dupla pensou que ele fosse furar o chão.

— Mama! — Eri gritou, fazendo a mãe parar no súbito. Toshinori dando risada.

— Primeiro que você não vai ferrar nada. Segundo que é normal se sentir ansioso na primeira vez, filhote, vai dar tudo certo. Ele com certeza vai, você só precisa ser você mesmo!

Izuku apertou o rosto, assustado com o que passava em sua cabeça. Ser ele mesmo? Como ele seria ele mesmo?

— O que tem de bom em ser eu? Ele vai fugir na primeira oportunidade quando me ver, eu tenho certeza... como fui tão burro em aceitar isso?

— Mama, essa palavra é feia — Eri disse tristonha, afagando com carinho a mão de Izuku.

— Eu estou com medo... — o ômega admitiu, sentando-se na cadeira e abraçando o próprio corpo com uma mão e a outra apertando a pequena mãozinha da filha.

E se desse tudo errado? Midoriya não sabia se conseguiria lidar. Claro que não botava fé no primeiro encontro por ser justamente o primeiro encontro, mas não evitava sentir medo. Estava tão nervoso que poderia vomitar o que não comeu.

Eri tocou sua testa carinhosamente ao não alcançar o topo da cabeça, despertando-o dos pensamentos agitados.

— Mama é muito bom, não precisa ter medo! Eu amo a mamãe, o vovô também! — Eri sorria largo, expressando a compaixão em seus olhos.

Izuku parou por um momento, sentindo as lágrimas beirarem nos olhos verdes pela emoção repentina, orgulhoso e tomando o poder daquelas palavras. Sua filha era realmente um presente, não sabia o que faria sem ela. Pegou-a no colo e a abraçou apertado em seus braços.

— Obrigado, minha bebê, eu também amo muito vocês — agradeceu emotivo, evitando chorar e encarando o pai com um sorriso leve no rosto.

— Você a ouviu — o alfa sorriu ao dizer, Izuku devolvendo o sorriso por se sentir feliz em ter os dois ao seu lado. Sentia-se tão acolhido, tão feliz. Amava o sentimento tranquilo que o possuía.

— Então, eu... acho que vou. — Eri pulou de alegria ao ser colocada no chão. Izuku respirando fundo, acalmando o coração ao colocar a mão no peito.

— Já deveria estar no caminho — Toshinori avisou, divertindo-se com a reação assustada de Izuku para colocar a jaqueta direito. — Eu vou chamar um Uber para você, vai chegar mais rápido.

— O-Obrigado! — Colocou a bolsinha no ombro e a puxou para o outro lado, atravessando sobre o peito. — Acha mesmo que vai dar certo? — perguntou nervoso, seu pai se levantando para abraçá-lo.

— Somente um tolo não perceberia a preciosidade que você é, filhote. — Izuku corou — Ele parece um bom alfa, mas me ligue se precisar de algo. Eu e Eri vamos aparecer prontos para botá-lo para correr.

O ômega riu. Era realmente sortudo em ter os dois em sua vida.

[♥♥♥]

— Papa, por que você vai em outro encontro? Você não é bom com pessoas — Mahoro disse, vidrada no tablet grande em suas mãos enquanto estava deitada na cama do pai, escorada em uma das almofadas grandes.

Over Me [BakuDeku (ABO)]Onde histórias criam vida. Descubra agora