meu detetive babaca (Pausado)

capitulo dezesseis

Aprendi uma importante lição que eu não irei esquecer pelos próximos meses, e todas as vezes que esbarra com o Tyler no meio do corredor. O detetive babaca é com certeza um homem de palavras. Antes do meu alarme na cabeceira da cama tocar, fui acordada com um muro de músculos bem definidos pular em cima da minha adorável caminha. O peso do seu corpo me fez pular pra fora da cama, como se um bicho venenoso tivesse ali me fazendo companhia.

Me lembro de ter gritado com Tyler durante um bom tempo, xingado como nunca. E Tyler ouviu tudo quentinho no canto com um sorriso endiabrado no rosto.  Só depois de muito tempo ele fez um comentário muito sujo de como as minhas pernas ficarem extremamente atraente sobre o tecido leve de uma camisa que Felipe tinha esquecido aqui em casa.
E eu como uma idiota sai correndo porta a fora como uma desesperada. Com o rosto queimando de vergonha.

Depois de quase uma hora trancada no banheiro, sai com um roupão caído nos ombros e uma toalha menor para secar o cabelo úmido pelo banho longo que tomei, quase nunca tenho tempo para aproveitar esse tipo de regalias, então cuidei dos meus preciosos cachos.

No corredor tudo parecia no lugar, tanto que eu estava desconfiado pelo silêncio no lugar. Com os pés descalços caminhei pelo logo corredor do segundo andar, estranhando ainda mais a calma que fazia. Será que Tyler tinha ficado encabulado pela pouca vergonha de mais cedo e resolveu ir embora?

Meus pés tocaram o último degrau da escada gelada, meus olhos correram pela sala, vendo tudo no lugar, estou quase subindo o primeiro degrau quando ouvi um barulho vindo da cozinha.
Mais é claro que Tyler Campbell não desistiria tão fácil, um cara como ele não chegou onde está deixando tudo de lado só por causa de uma coisinha besta.
Ella El Duarte como você é uma tola.
Caminho na direção da cozinha, quase caindo com a bunda no chão pelos pés molhados, me seguro no sofá e olho para lado.

Onde encontro Tyler debruçado sobre o balcão com que eu acredito ser docinhos em forma de flores.

—Esta se divertindo?

A pergunta o pega desprevenido, ele olhou rapidamente para cima, tipo aquele olhar entre as sobrancelhas e voltou a olhar para o que estava fazendo, absolto no que estava fazendo Tyler apenas acenou ainda de cabeça baixa. Homem teimoso.

Rio baixo, incomoda pela agilidade que ele demostrava ter na cozinha. Ao contrário do que eu faço quando estou na cozinha, Tyler é organizado, um detalhe que eu tinha notado desde da primeira vez que ele resolver me ajudar na cozinha.
Havia uma pilha de louça bem organizadas na pia, além de não haver nada, nenhum vestígio de comida sobre o balcão.

Supresa me encosta no balcão, olhando Tyler elaborar um prato de um forma que eu duvido que bons decoradores de pratos poderiam fazer. Quando me dei por mim, eu estava inclinada e apoiada pelos cotovelos no balcão, nas pontas dos pés pra ver o que ele estava fazendo.

Suas mãos se movendo rápido entre  pedacinhos do que se parecia uma maçã em forma de flores e finas camadas de banana. Eu realmente não sei como alguém pode ser tão perfeccionista assim, até com aquilo que vai começar, vai saber o que que se passa pela cabeça desse povo.
— impressionada amor?

Ergo o olhar em sua direção com as sobrancelhas arqueadas.

—Como a sua habilidade de ser tão perfeccionista? Claro, porque não.

Ele ri com a cabeça baixa terminando o que parecia ser uma borboleta com asas de banana e kiwi.

—Oh que…infantil. -- deboche com a cara fechada.
—Quem sabe assim você comer tudo, caladinha?— Retruca levando o prato em direção a mesa com um sorriso maroto na cara.

Esse homem acabou de me chamar de criança.

Mas não digo nada, nesse momento eu prefiro ficar em silêncio e ver aonde isso tudo vai dá, só espero que não seja uma marca de hospital. Odeio hospitais, odeio o cheiro de hospital, odeio pensar que aquele lugar já determinou sobre a vida de milhares de pessoas e algumas dessas não estão. Mas com certeza ele vai para lá se me chama de criança de novo.