𝐑𝐎𝐂𝐊 𝐓𝐇𝐀𝐓 𝐒𝐇𝐗𝐗 𝐃𝐎𝐖𝐍!, 𝘀𝗵𝗶𝗱𝗼𝘂 𝘅 𝘀𝗮𝗲.

Capítulo Oito.

Já era tarde da noite quando Oliver Aiku foi-se para sua própria casa após se contentar com um carinho breve e insuficiente por parte do tal melhor amigo, havia estranhado o quão fechado aquele estava para consigo, estava diferente do passado próximo onde conseguia fazê-lo agir como quisesse fazer. De toda forma, apenas seguiu para viver a vida noturna tão simples que o aguardava enquanto um jogador profissional da seleção japonesa de futebol.

Itoshi se encontrava ansioso. Sozinho em casa, seu ambiente favorito na maneira favorita, mas não sabia se realmente gostaria daquilo naquele momento.

Queria conforto, necessitava algum que não foi encontrado os braços fortes do Aiku, temia dormir completamente sozinho. Não havia ficado só desde o pesadelo recente, mesmo que Rin não fosse exatamente presente, ainda era de enorme ajuda para o irmão – e nem mesmo sabia disso.
Decidiu pegar o celular apenas para ver se Rin havia mandado alguma mensagem, tal qual havia feito nos últimos vinte minutos, mas continuava vendo a notificação flutuante daquele nome curioso, respirando fundo ao decidir abrir o aplicativo de mensagens para ler tudo o que se tratava.

Mesmo quando visualizado, ignorou e foi direto ao contato salvo como "Rin Irmão Mais Novo Riring", perguntando onde aquele estaria. Se sentia impaciente e preocupado, odiava ficar sem notícias do paradeiro do mais jovem, mesmo que fosse comum aquele ir dormir na casa dos Bachira. Meguru era ótimo em convencer Rin a qualquer coisa.

Quase contra sua vontade, o magenta suspirou, voltando para aquele chat em específico e lendo tudo uma outra vez. Era tão estranho ser cantado tão desesperadamente por alguém desconhecido, não confiava nem mesmo o mínimo no sujeito, o daria uma chance pelo esforço e pelo encanto que, Sae querendo admitir ou não, sabia que o outro tinha.

"Boa noite, rapaz.
Que tipo de local encontrou?
Caso seja um encontro noturno, tenho disponibilidade nesta sexta, sendo pela tarde ou manhã, ao domingo. Escolha."

Encarou a notificação de "mensagem enviada" por segundos, sentindo algo como uma raiva surgir em seu peito, uma sensação nada agradável ao ver as mensagens que pensava serem de falsa preocupação. O coração batia em um ritmo mais veloz à medida em que os segundos passavam, a mente conturbada e traumatizada não mantinha uma linha de pensamento que não fosse negativa, completamente enraivecido.

Porém, por que estaria irritado?

Grunhiu baixo, desligando a tela, então deixou o celular de lado outra vez, nesta para limpar a sala e a bagunça nada bagunçada, uma bagunça tão mínima que não tomariam nem quinze minutos. Seu peito carregava uma enorme frustração por zero motivos. Na verdade, havia um, um nada plausível; acreditava que tamanho esforço sem o menor cabimento por parte do loiro de mechas rosadas giravam em torno de um interesse em algo que o Itoshi possuía, e acreditava com veemência naquilo.

Sae não se envolvia com alguém novo desde o dia em que havia pisado os pés no Japão após retornar da Espanha, havia tido, no máximo, uma amizade com benefícios com Oliver, um pouco antes daquele parecer nada atraente para a mente cheia de visões distorcidas. Nunca admitiria o ciúme que sentiu ao ver a proximidade e os toques, além do tratamento estranho, entre Oliver Aiku e Teera Yu, aqueles os quais se consideravam melhores amigos do ruivo.

Ao pensar em Aiku, o celular foi rapidamente segurado entre os dedos, pensando no que havia acontecido pela tarde. Desde o início da tal amizade com o moreno de dois tons de cabelo, era difícil negar algo, ainda mais caso envolvesse sexo, e aos poucos isso permitiu que Itoshi percebesse que, nada surpreendentemente, o outro japonês apenas se mantinha por perto para se aproveitar de seu corpo tal qual um predador de aproveita de uma presa após a morte desta mesma. Sabia bem que a possível intenção daquele ao visitar a sua casa, era ganhar algo que viesse de seu corpo, ganhar algum toque que o fosse satisfazer.
Foi difícil para si manter-se quieto até o momento em que Aiku havia ido embora, o desconforto o deixou completamente nervoso, mas não queria ceder a qualquer coisa que fosse, não mais. Se sentia cansado de toda a vida que levava.