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O começo de tudo .
...
Eu estava radiante.
Eu estou tão feliz.
Hoje iria anunciar minha gravidez ao meu alfa.
Tem uma vida crescendo em mim. Meu eu de anos atrás nunca iria acreditar se eu dissesse que estou grávido.
Estou aqui no quarto ansioso pela chegada de meu marido. Ja arrumei a caixinha que vou entregar para ele hoje, um sapatinho bege numa caixinha pequena e o teste de gravidez.
O sonho do meu alfa é ser pai, ele vai ficar tão felix quando souber disso. Seremos uma família feliz, para sempre.
Saio de meus pensamentos ao escutar a campainha tocar, meu coração falta sair da boca, céus.
Vou até a sala, indo em direção a porta e abrindo, vendo meu amor ali, ele parece cansado e sua feição tensa.
- Bem vindo, meu bem. - Falo, sorrindo grande.
- Oi, minha vida. - Ele beija meus lábios carinhosamente, me fazendo ronronar.
- Nós precisamos conversar. - Ele fala, neutro.
- Tudo bem, preciso te contar algo também. - Pego sua mão entrelaçando em meus dedos, puxando ele até nosso quarto.
Me sentei em nossa cama ao seu lado e esperei ele começar a falar, para eu dar a notícia depois.
Ele tirou um papel de sua pasta e me entregou, eu sorri grande, era os documentos de nossa viagem!
Ao abrir o papel meu sorriso foi sumindo aos poucos e lágrimas se acumularam em meus olhos numa grande velocidade.
Divórcio.
Ele queria divorcio.
Meu coração se quebrou em varios pedacinhos e eu senti meu lobo uivar dentro de mim.
Minhas mãos tremem, meu choro se torna intenso e a falta de ar começa a tomar conta de mim, crise de pânico logo agora?
Me sento no chão do quarto, me encolhendo ali e soluço alto.
- Me perdoe, me perdoe. - Ele corre até mim e se senta no chão, me abraçando.
- Porque? Porque! - Grito me afastando de seus braços, minha voz trêmula e meu corpo fraco.
- Meu amor, por favor. - Os olhos do alfa se enchem de lágrimas e ele tenta vir até mim.
Choro mais alto sentindo meu coração doer, meu lobo estava triste e decepcionado.
- Shh, vai passar. - O alfa balança meu corpo calmamente e meu choro vai passando aos poucos e minha respiração volta ao normal.
Saio de seu aperto e vou até o guarda roupa, pegando a caixinha e lhe entregando.
Ele me olha confuso e se senta na cama, abrindo-a com cuidado.
Ao abrir ele fica parado me olhando e se levanta, parecendo tonto.
- É s-sério? - Ele pergunta, sua voz trêmula.
Apenas assinto e pego o documento de divórcio, indo até a escrivaninha e pegando uma caneta, assinando meu nome.
Acabou.
- Irei chamar um caminhão de mudanças para pegar alguns móveis que paguei e minha coisas. - Entrego o papel para ele, mas ele não move nenhum músculo.
- Eu não estou fazendo isso por querer, amor.. - Ele fala, baixinho.
Olho para ele uma última vez e me distâncio daquele cômodo, deixando-o estático.
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