capítulo VI

11 1 1
                                    


- Pera deuses, deuses mesmo? - perguntei.

- Sim minha querida - respondeu - vós não sabes que eles existem?

- Não, eu não sabia - falei - e o que eu tenho a ver com isso.

- Você não viu? Filha de Apolo.

Eu comecei a estranhar, até um ser aprisionado em um abismo fala que eu sou filha de um deus da mitologia grega?!

- O.k. eu vou fingir que eu não ouvi nada, tá bom?

- Inocente!! - interrompeu-me - você não sabe de nada,

Eu só queria me jogar para aquele abismo e bater na cara de quem está falando, mas não deu tempo pois eu acordo com um grito vindo do lada de fora.

17:34

- o... o que está acontecendo? - perguntei, mas que ninguém respondeu.

Eu olhei para fora da janela e o que eu vi só foi um monte de destroços flutuando debaixo do novo oceano acima de Nova York. Eu bati na janela com a mão e gritei: socorro!!

- Me ajuda - murmurei desanimada com o rosto no vidro rachado.

Fiquei meia hora chorando de desespero mas Asha acorda e pergunta:

- Ah... O que aconteceu. Mary você está bem?

Eu enxugo as lágrimas e me viro à Asha.

- Eu, eu estou bem.

Então a janela começou a rachar e estávamos ficando sem ar pois eu estava ofegante.

- Agente não vai conseguir - murmurei.

- Não. Não diga isso - interrompeu apertando meu braço - agente vai conseguir.

- SOCORRO - gritei.

- eu vou ter de fazer isso - falou - afaste!

Ela esticou as mãos para frente e a água que estava entrando começou a flutuar e então o vidro quebrou mas a água não entrou e quando eu fui ver estávamos na superfície da água, flutuando e sendo levadas pela correnteza.

- Como você fez isso? - perguntei.

- Esses dias eu estava na praia e então ergui os braços e a água flutuou aí um menino me viu e me levou para o acampamento - respondeu.

- Qual o nome desse acampamento?

- Meio-sangue. Acampamento meio-sangue. Vamos subir em algum prédio e depois eu explico.

Nadamos sem parar até a entrada do Empire Stade, mas a porta estava submersa então tivemos de quebrar uma das janelas para entrar. O lugar era silencioso, cada paso criava um barulho que dominava toda a sala, a escada estava bloqueada e a única saída era o elevador, e a luz do nosso veículo estava piscando sem parar e quando entramos o elevador tremeu e desceu alguns centímetros, se não fosse Asha eu não entrava,

- Qual é o último andar dessa coisa? - perguntei sarcásticamente.

- não sei. ah olha, tem os botões - (sem brincadeira agente nunca tinha entrado em um elevador. é sério)

- aperta o último botão o 102.

Ela apertou o botão e então sentimos o elevador subir até o último andar.

- Tá, agora me explica, o que foi aquilo? - perguntei.

- É... Como eu explico - "respondeu" - tudo isso começou com um sonho, eu estava dentro de uma caverna em frente um abismo sem fim... Ou alguma coisa assim.

- Esse lugar é familiar eu também já tive um sonho assim! - falei.

- Mas eu não ouvi o que ele disse, eu... O ignorei.

A porta do elevador abre, e eu vejo milhares de pessoas andando de um lado para o outro, ou então na beira do prédio olhando toda aquela cena preocupadas.

- Aqui é seguro, por enquanto - assegurou.

- Ah aqui... Aqui estão vocês... - falou um menino de cabelo cacheado ruivo com uma bolsa nas costas ofegante - o sinal não poderia ser... Ser um pouco menos avassalador?

- Eu ano fiz isso não - respondeu.

- Como assim? Que sinal? Avassalador!? Quem é esse?- perguntei-lhe.

   - É... Esse é o Isaque.

   - Issac?

    - Não, Isaque.

   - Issac?

   - Não, é I, S, A, Q, U, E! Entendeu?

Eu já tinha entendido da primeira vez mas como sou uma boa amiga quis provocar ela só um pouquinho.

   - Esse é o menino que me levou para o acampamento - lembrou-me - mas não é só isso.

   - Como assim só isso? - perguntei - vocês estão bem?

   - Depois eu explico - falou.

   - Não, não, não, você vai falar agora!

O prédio começou a balançar e todos caíram com um grito estrondoso e desesperador e então o prédio começou a inclinar para e esquerda sem parar.

   - E agora? - perguntei - e essas pessoas?

   - Não dá tempo - respondeu Isaque.

   - Ah dá sim, Asha você não consegue fazer o que você fez antes?

   - fazer o que? Ah sim mas... como eu faço isso?

   - Como assim? você não sabe... controlar a água?

Ela entendeu, ergueu os braços e então toda a água que estava nas ruas estavam se juntando e segurando todo o prédio, e Isaque iniciou uma música que fez todas as rachaduras do Empire Stade desaparecerem.

   - desçam todos! - gritei - AGORA!

Todos desceram sem falar nada, mas os gritos não cessaram. Eu guiei todos para as escadas e para os elevadores, não dava para fazer tudo sozinha mas Asha estava tentando não nos matar, e Isaque só faltava desmaiar sem fôlego segurando os pedaços do prédio com sua música, então eu estava sozinha sendo empurrada por jovens e adultos querendo viver. Derrepente eu vi uma mulher olhando para mim parada sem fazer nada, além de me dar um desconforto enorme, eu dei um passo para trás e pisquei mas quando abri os olhos ela não estava mais lá.

   - Asha... Asha! - eu não conseguia lhe chamar já que ela está muito ocupada - Isaque!, me ajuda.

Ele parou de tocar a música, e o prédio balança inclinado denovo para a esquerda.

   - Ah não vai dar, desculpa.

A música volta a dominar a área, e então eu olho para onde o homem estava, não tinha ninguém além de Asha no ar com os braços erguidos, eu olho em volta e não vejo ele. Quando a última pessoa passa pela porta da escada, eu corro em volta para procurar o cara e ele não estava lá, eu pensei que ele já tinha descido. Mas quando me acalmo alguém me empurra pelas costas e eu "dou de cara no chão"

   - Mary! - Asha gritou.

Eu estava indefesa com alguma coisa nas minhas costas e sou atacada por uma, Hidra?

Ms. Jackson and the OlympiansOnde histórias criam vida. Descubra agora