capítulo VIII

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- Agora está tudo explicado - falei - então esse paraíso é o acampamento?

- Acabaram os seus cinco minutos, adicione mais um dracma para continuar a ligação - anunciou uma voz do além.

- Ah não - reclamou Asha procurando um dracma no bolso - alguém têm? Isaque? Mary.

Não deu tempo, a névoa estava desaparecendo mas deu se ouvir Quíron dizendo:

- Tome cuidado Mayan, estamos lhe esperando.

A névoa desaparece e nós ficamos parado por uns vinte minutos, até Isaque erguer a cabeça.

- Vamos, nós temos que ir para o acampamento.

Saímos do bêco escuro indo a beira da estrada, eu ergui o meu braço direito e um táxi estaciona bem na nossa frente (sorte que não era o motorista que tínhamos pego duas vezes seguidas), entramos no carro e ele começou a andar.

- Onde vamos passar outra louca? - perguntei.

- O quê?! - perguntou Asha - não! Nós vamos para o acampamento.

Levou meia hora para nada, nós paramos em frente à uma colina com um pinheiro e tipo um pano no galho mais baixo da árvore, só isso e nada mais.

- É, vamos concordar que tá todo mundo doido, né? - reclamei.

- Obrigada moço - Asha agradeceu de um jeito que eu até estranhei - está aqui!

Ela deu um bolo de dinheiro com cem dólares em cada nota, o motorista não falou nada só pegou.

- Esse é o tal acampamento? - perguntei.

Isaque puxa Asha para o lado e fala baixo para eu não ouvir, eu fico parada por um bom tempo.

- Calma vai dar certo, falta pouco - continuou - é só atravessar a colina!

Eu respirei fundo, dei um passo, minha respiração ficou ofegante, dei o segundo passo e... O local era mais lindo do que a tal mensagem de Iris o céu era limpo, as flores tão coloridas quanto um arco-íris, a grama com um verde tão vivo, e do outro lado do acampamento, um campo de morangos vivos. O lugar era tão lindo, que um coração de pedra amolece. Uma lágrima escorre pelo meu rosto, mas já que ninguém pode me ver assim, eu enxuguei as lágrimas, ergui a cabeça e andei lentamente para apreciar a vista.

- Legal não é? - perguntou-me Asha - eu chorei da primeira vez que vi – não olhei diretamente a ela para não mostrar que estou chorando – acelere pois Quíron está lhe esperando!

Eu corri e a vista era mais linda cada vez que eu chegava mais perto, consegui ver canoas navegando pelo lago, e no litoral do lago, alguns chalés ou museus e cavalos alados ou voadores.

Quando cheguei na casa grande, dois homens estavam jogando Uno e um deles resmungava.

   — Eu estou dizendo, você está roubando!
  — Reclamou Quíron ou o Sr. Brunner sentado em sua famosa cadeira de rodas, com duas cartas na mão — dessa vez eu vou ganhar.

   — Igual as últimas sete vezes? — disse um homem com uma camisa de tigre, uma bermuda azul e um par de chinelos roxos, ele estava com o cabelo bagunçado e quatro cartas na mão.

   — Uno! — gritou jogando a carta na mesa — agora sim eu vou ganhar!

   — Ganhei — reclamou

   — De novo não! — Sr. Brunner encostou e relaxou a coluna — ah, então você é a Maryan Needs Kadnes, bem vinda.






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⏰ Última atualização: Oct 22 ⏰

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