Olá sugadoras de contos, cá estou eu em plena terça feira, aqui na cidade onde moro é feriado, acabei aproveitando que domingo não estava muito inspirada e terminei hoje. Sem capítulo vocês não ficam.Muito obrigada pelo apoio, o comentário de vocês é sempre muito importante e claro, motivador.
Vambora!!!
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Ato XIV
O meu espanto e a falta de uma resposta imediata deveria ser o suficiente para Kalel entender os sinais, e não continuar me observando em silêncio como se pudesse cavar um buraco no meu rosto. Ele estava sendo paciente e eu estava apavorada, tentando mastigar lentamente aquela informação.
Abri a boca várias vezes, sem ter ideia do que dizer. Aquilo só confirmava o quão estranho é tudo relacionado a esse vilarejo, e também que eu estava errada sobre Kalel, ele é um filho da puta sim.
Um som rompeu o silêncio entre nós, era meu celular recebendo uma chamada de um número desconhecido, na mesma hora gelei. Eu não duvidava que era o mesmo número que me enviou aquela mensagem sobre meu pai, em pouco tempo decorei aquele telefone.
— Você não vai atender? — Kalel percebeu que passei tempo demais encarando o celular, sem fazer menção de pegá-lo.
Eu não sabia o que fazer, existia um grande dilema na minha cabeça. Precisava de tempo para pensar, mas não havia tempo pra isso. E se eu atender e eles disserem que meu pai está morto? Eu não quero ouvir isso.
— Quem está falando? — Levei um segundo para compreender que Kalel estava com meu celular atendendo aquela ligação.
— Não! — Gritei, quando dei a volta na mesa e saltei em cima dele, que se levantou na mesma hora, mostrando nossa enorme diferença de altura. — Kalel me dá isso! Desliga agora!
Desesperada, agarrei sua camisa, ele franziu o cenho, confuso, em seguida finalizou a chamada, mas não me entregou de volta.
— Que sangria desatada é essa? Por que você está chorando?
— Isso não era problema seu! Você não deveria ter feito isso. Me devolve! — Pedi, e quando ele demorou a minha paciência também se foi — Kalel, devolve meu celular!
Exigi, só assim ele me entregou. Passei as costas da mão sem gentileza alguma no rosto, limpando as lágrimas que, infelizmente, não fui capaz de segurar.
— Eram os agiotas? Eles fizeram alguma coisa com o seu pai, por isso você ficou desse jeito? — Ódio era o que eu sentia por ele ser tão perspicaz. Eu não tinha dito nada. — Ninguém falou nada. Ao menos não quiseram se identificar.
Voltei a sentar na cadeira, minhas mãos e minhas pernas tremiam, temia não suportar ficar muito tempo em pé. Meu coração parecia que iria saltar pela boca a qualquer instante.
Eles não disseram nada? Talvez porque foi Kalel quem atendeu? E agora? Será que vão ligar de novo? O que vai acontecer? Eu ligo outra vez? Eu espero?
— Eloise? — A voz de Kalel soou como um estalo. Ele parecia preocupado? Eu não sei.
— É, você está certo. Eu recebi uma mensagem estranha hoje dizendo que meu pai estava com alguém, mas não sei quem. Meu pai não atende o telefone, e também não me liga. A única coisa que eu sei é que ele me fez prometer que nunca daria minha localização aos agiotas e deveria permanecer aqui nesse fim de mundo. O mesmo lugar onde a minha mãe me mandou embora. — Contei a ele. Simples assim.
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Nossos dias ensolarados
FanfictionHá três meses Eloise percebeu que algo precisava mudar em sua vida, ou continuaria afundando cada vez mais. Quando sua vida nos Estados Unidos não fazia mais sentido e sua carreira como pianista se tornou estressante demais para aguentar, a notícia...