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"A aurora rompe a escuridão da noite, trazendo consigo o brilho e a promessa de salvação."
Eu respirei fundo enquanto o monstro me olhava por alguns segundos. Depois abri novamente um sorriso, muito provavelmente por causa do nervosismo. Comecei a correr na direção do ser. Segui me movendo, saltando de um lado para o outro, para desviar dos projéteis ou rebatendo eles. Quando já estava próximo a ele, o ser se virou com rapidez e usou essa velocidade para usar seu rabo como porrete. Me joguei por baixo do golpe, deslizando quase que deitado no chão por todo ataque. Durante o golpe, o rabo do ser destruiu os prédios ao redor, e assim que sai do outro lado precisei me jogar para o lado para desviar de um destroço. Com auxílio de meus cotovelos me ergui e comecei a correr ao redor do monstro. Seus olhos carmesins olhavam para mim com certa raiva, e criando mais uma vez seu braço e socou o chão, levantando os destroços dos edifícios caídos. Aproveitei a deixa e saltei sobre os destroços, como se estivesse subindo uma escada, até chegar próximo do crânio. Fincando a foice em seu corpo e me puxando, consegui o impulso para chegar próximo a sua cabeça, e assim desferir um golpe devastador em um de seus olhos. Mergulhei em queda livre, até enganchar minha lâmina nos vãos de seu corpo, que fui rasgando até parar por completo. O gigante urrou como uma fera e começou a se debater, como um carrapato me mantive preso a seu corpo, enquanto golpeava. Porém, ele realizou um movimento "chicote" que me jogou para longe. Voei por poucos metros até colidir com uma janela e uma mesa velha "amortecer".
Ainda no chão, tentei recuperar do choque, mas antes que eu pudesse o fazer, notei que o monstro estava avançando destruindo tudo até mim. Deslizei rapidamente sobre as mesas, assim derrubando os antigos computadores e seus periféricos. O ser monstruoso vinha atrás de mim. Mais uma vez, ele gerou um enorme braço que me acertou em cheio. Usei o violão para diminuir o impacto, ainda assim senti meus órgãos balançando. Fui arremessado para fora do prédio, junto com tudo no caminho. Em queda livre, consegui agarrar em um fio de um dos postes. Diminuindo assim a velocidade e me permitindo pousar no chão. Voltei a correr pelas ruas, enquanto o ser deslizava para fora da construção. Os buracos das ruas dificultavam minha evasão, assim como os veículos esquecidos e engolidos pela poeira. Eles serviam como obstáculos para mim e simples barreiras para meu perseguido. Então, uma ideia veio em minha cabeça, assim que notei que o monstro rastejava como uma cobra. Corri para trás de um dos carros abandonados na rua, o empurrei com um pé na direção da "cabeça" do monstro. Ele até tentou desviar, mas o tiro carregado da pistola negra fez o automóvel explodir e feri-lo.
O monstro começou a se debater, e em seus espasmos, arremessou um dos vários carros abandonados em minha direção. Com uma cambalhota para o lado, desviei. Porém, não fui capaz de desviar de sua investida logo em seguida. Fui arremessado para dentro de um prédio, onde fui destruindo tudo até uma tubulação parar meu avanço. Sangue caia pelo lado esquerdo de meu rosto, assim como dores de antigas feridas surgiam. Um forte cheiro de gás se espalhava pelo local e quando olhei para o lado, vi a fumaça saindo da tubulação que colidi. Quando olhei para frente, a serpente metálica estava dando mais uma investida. Ele avançou com uma abocanhada feroz, que desviei rolando para o lado. Ainda caído no chão, vi que o cano de onde o gás vazava estava ainda mais quebrado. Com um plano quase suicida em mente, corri com tudo e saltei pelo buraco feito pelo monstro. Ainda no ar, saquei a pistola branca e com uma mira certeira, atirei contra o cano. Uma forte explosão se criou e se espalhou em uma cadeia de caos. Até me jogando mais distante ainda. Agora afastado para longe da parede ou de algo que eu possa reduzir minha queda, aceitei e me preparei para o forte impacto. Enquanto eu caia, vi o edifício explodir do andar que atirei, até o topo... Andar por andar, em um caos sublime. Destroços caiam ao meu redor, as labaredas se espalhavam pelo ar e aquela parte inteira da construção ruía.
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Exiled: The Sound Of Memory
Ficção CientíficaEm um futuro milênios à frente, onde uma explosão de origem misteriosa devastou grande parte da humanidade e deu luz à um novo mundo, um andarilho encontra uma mulher com a voz capaz de acalmar os corações das maquinas do Novo Mundo. Prometendo prot...