Capítulo 7

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As garotas cantavam fervorosamente todas as canções, suas vozes misturando-se ao som da música ao vivo

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As garotas cantavam fervorosamente todas as canções, suas vozes misturando-se ao som da música ao vivo. Nadine, no entanto, sentia-se deslocada, incapaz de identificar qualquer uma das músicas. Apenas cantarolava coisas sem sentido, fragmentos de palavras, tentando capturar a essência das melodias e acompanhar o entusiasmo das amigas, mas sem sucesso em seguir o fluxo das letras.

Em meio às palmas e aos gritos de animação, Catarina conseguiu abrir caminho entre as pessoas até chegar até Nadine, que ficou surpresa ao vê-la tão próxima.

— Você não tá curtindo, né? – Catarina gritou no seu ouvido para se fazer ouvir sobre a música alta.

— Não, nem um pouco. – Nadine respondeu, rindo — Eu tô odiando, na verdade.

— Eu sabia, te vi de longe fingindo que conhece as letras. Você dubla mal.

— Poxa, estava dando o meu melhor. – Ironizou — Quer sair um pouco daqui?

— Claro. – Catarina respondeu, e as duas começaram a se afastar da multidão, caminhando em direção às mesas de comidas e bebidas. Quando já estavam distantes do pequeno tumulto, Catarina continuou: — Enfim, eu vi Madelaine Donner falar com você.

— Ah, esse é o nome dela? Nem isso ela disse. Fez mil perguntas sem sentido e disse que está morrendo.

— Não é verdade.

— Como assim não é verdade? – Nadine perguntou, franzindo a testa.

— Ela não tem coisa nenhuma. Todo mundo sabe, pelo menos quase todo mundo. Mas ela continua dizendo isso por aí.

— A troco de quê? Por que diabos ela faz isso?

— Ela fez isso na antiga escola também, falou pra todo mundo que estava com uma doença terminal e aí fizeram eventos solidários pra ela, vaquinhas para arrecadar dinheiro, como se ela precisasse, né. Mas no fim, todo mundo descobriu a verdade. E agora, ela tá aqui.

Nadine suspirou, chocada com a revelação.

— Acho que isso é mais chocante do que ela estar morrendo.

— Rumores de que a mãe dela é uma socialite narcisista que compete com a filha, e ela deu seu jeitinho de ganhar a atenção que precisava.

— Que horror. Então é verdade que todo mundo daqui tem um forte motivo pra estar aqui? Tipo, um motivo sórdido.

Catarina assentiu com a cabeça, revelando um lado sombrio daquele refúgio social aparentemente glamoroso.

— Tá vendo aquele garoto ali – Apontou para um rapaz que fumava e conversava animadamente com outro garoto. — O pai dele é um magnata riquíssimo, mas o filho é cleptomaníaco, o pai dele até tentou encobrir os delitos, mas acabou vazando tudo quando ele saiu algemado da casa de um policial depois de invadir com outros caras para roubar.

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